Recentemente, na Casa da Cultura, esteve patente uma exposição da Santa Casa da Misericórdia para dar a conhecer às pessoas as actividades desenvolvidas no seio da instituição, bem como as valências à disposição e com a qual e como foi afirmado, “queremos dizer às pessoas, às famílias que temos todas as condições, nos vários serviços, para acolher e fazer o acompanhamento necessários aos seus familiares”.
“A Santa Casa é isto… não pode faltar nada ao utente” e além da magnífica ERPI – Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, em Vila Nova do Ceira, com todos os cuidados que presta, acompanhamento médico (com enfermeiras e médico), fisioterapia, nutricionista, a Santa Casa da Misericórdia tem também nas suas valências o Serviço de Apoio Domiciliário, com destaque para o Centro de Dia no qual “disponibilizamos refeições nas nossas instalações, apoio no acesso a bens e serviços, tratamento de roupas, fisioterapia nas nossas instalações, acompanhamento social e psicológico especializado, acompanhamento da equipa de enfermagem (prevenção da doença), participação em actividades sócio-culturais, higiene habitacional”.
“Temos uma panóplia de serviços que ainda não são do conhecimento de toda a gente”, como foi referido pela directora técnica (e vice-provedora) Ana Paula Gonçalves, enquanto o provedor, José Serra, referiu que “esta exposição teve como propósito dar a conhecer às pessoas os serviços que a Misericórdia tem à disposição dos utentes e das famílias. Queremos fazer Serviço de Apoio ao Domicílio e serviço de Cento de Dia para as pessoas, porque em 20 utentes que podemos ter em Centro de Dia nesta altura temos quatro, em Serviço de Apoio Domiciliário podemos fazer 30 e temos 22”, pelo que enquanto em outras instituições estão em lista de espera, “aqui em Góis isso não acontecesse”.
E por isso e ainda segundo o provedor, “o que queremos dizer aos familiares das pessoas que precisam de ajuda é que recorram aos nossos serviços. (…) Infelizmente as coisas não estão fáceis, há pessoas que não se apercebem das dificuldades que os familiares têm em casa, mas é nossa missão suprir essas dificuldades”, recordando as distinções concedidas à Misericórdia “pelos serviços prestados, que vamos melhorando” e agradecendo ao presidente da Câmara “pela sua presença” e ao Munício “por nos ceder este espaço”.
“Isto não é mais do que abrir as portas à comunidade”, disse a directora técnica, acrescentando ainda que “o tipo de serviço que se faz aqui é de qualidade e excelência e que acho que não chega ainda ao conhecimento de todos”, sem contudo deixar de referir que “todo este nosso trabalho tem um rosto” e, mesmo apesar das dificuldades, “isto em termos de sustentabilidade está muito complicado e nós temos de nos reinventar diariamente para perceber onde é que podemos chegar para conseguirmos algum tipo de receita extra, (…) apostamos cada vez mais em promover um bem-estar total às pessoas. Tudo isto nos distingue, tudo isto nos faz sentir como instituição nobre e secular que somos. Já temos idade para sermos respeitados e eu espero sinceramente que as pessoas olhem de uma maneira diferente para quem diariamente trabalha no cuidado das pessoas. É uma missão muito nobre aquilo que nós fazemos”.
Plano de actividades e orçamento previsional para 2024
E essa missão continua e está bem expressa no plano de actividades e orçamento previsional para 2024, aprovado por unanimidade pelos irmãos presentes na assembleia geral realizada em 30 de Novembro passado, com o provedor José Serra a referir que “mesmo apesar da plena consciência da conjuntura socio-económica que naturalmente se repercutiu no funcionamento geral de toda esta grande instituição, sendo certo que a Santa Casa da Misericórdia de Góis zelou e zelará sempre pela qualidade dos serviços que presta aos seus utentes e à comunidade em geral”.
Mas para isso, o plano de actividades apresentado à assembleia geral “é coerente com a postura que a mesa administrativa tem vindo a assumir, sobretudo no rigor e na preocupação em não vir a dinamizar actividades que possam por em causa a sustentabilidade e o equilíbrio económico-financeiro da instituição”, como referiu José Serra, acrescentado que “as actividades propostas se centram sobretudo na manutenção dos seus equipamentos, das respostas sociais que dinamiza e, sobretudo, ao garantir os postos de trabalho que esta Santa Casa tem à sua responsabilidade”.
“Há a preocupação de manter as contas certas”, considerou a presidente da assembleia geral, Maria de Lurdes Castanheira, “não será um ano de investimentos, mas de manutenção e consolidação de projectos, da qualidade de serviços prestados nas diferentes valências e uma administração que pugna por manter o equilíbrio das contas merece a nossa plena confiança”.
E por isso a presidente da assembleia geral propôs um voto de reconhecimento e de muita gratidão (aprovado por unanimidade) “pelo empenho e esforço da mesa administrativa e de toda a equipa que todos os dias ajudam a construir esta instituição”.