GÓIS: ANACOM apresentou “retrato negativo” nas comunicações móveis e fixas no concelho

Rui Sampaio (à esquerda na foto) e João Cadete de Matos, presidente da ANACOM, assistem à explicação e exemplificação da utilização de parabólica que permite ter acesso a todos os serviços de comunicação através da utilização de satélites não-geostacionários (que orbitam o nosso planeta)

O diagnóstico apresentado na última sexta-feira, dia 13, revela que as três operadoras nacionais da rede móvel – MEO, VODAFONE E NOS – não conseguem ter uma cobertura a 100% no território goiense. Os dados apresentados mostram muitas “zonas brancas” – onde nenhuma das operadoras consegue fornecer sinal aos clientes.

Ainda antes dos resultados serem apresentados, o presidente do Município manifestou a sua preocupação em relação às dificuldades de acesso às redes móveis das três operadoras, salientando que tal facto (…) «é um obstáculo ao investimento», seja por parte dos empresários como (…) «é um entrave à fixação de pessoas», reportando a dificuldade – no pico da pandemia – em que a diáspora goiense, sentiu e fez saber do seu descontentamento pela ineficiente ou falta de sinal nas redes móveis.

Por isso a aposta de Rui Sampaio passa pela instalação de (mais) quatro torres de antenas. «Temos, neste momento em fase de licenciamento mais quatro torres» nas localidades de Cortes, Varzina, Colmeal e Cadafaz», o que significa que, por parte do executivo camarário (…) «há sinais de mudança».

O autarca salientou que com a sinalização problemas, o estudo por parte da Autoridade Nacional das Comunicações, passa a ser (…) «uma ferramenta para pressionar as operadoras», recordando que (…) «são muitos os constrangimentos nesta área e que se refletem no desenvolvimento» do concelho.

No decorrer da apresentação do estudo de “qualidade de serviço das redes móveis” – no caso concreto da MEO, NOS e Vodafone – a ANACOM concluiu que o concelho de Góis é o que apresenta “a pior rede móvel no país” num universo de 50 concelhos onde a mesma avaliação já foi efectuada.

O estudo recorde-se – assim como a situação das redes fixas (fibra óptica) de alta velocidade e as suas perspectivas de desenvolvimento – foi apresentado por Fábio Silva e Patrícia Gonçalves, que deram a saber que Góis tem um total de 2.150 alojamentos familiares com áreas brancas (locais onde não chega o sinal das operadoras em questão).

João Cadete de Matos, presidente da ANACOM, tendo em conta a realidade do país, adiantou que (…) «será lançado um concurso público internacional para fazer uma cobertura total em três anos».

Segundo o mesmo, no primeiro ano, o objectivo é ter 50 por cento das áreas brancas cobertas, no ano seguinte, 80 por cento e, no terceiro ano, 100 por cento, ou seja, (…) «todas as casas em Portugal estarem cobertas por fibra ótica», explicando que o investimento será ser feito através de fundos europeus.

No final da apresentação do “diagnóstico”, Rui Sampaio fez notar que o diagnóstico da ANACOM (…) «é um contributo para desenvolvimento» do concelho, uma vez que – a partir de agora – existem (…) «que tem prazos, que tem obrigações, que tem metas para serem alcançadas num limite temporal curto, sendo que, no primeiro ano, obriga logo a uma percentagem elevada do que é a melhoria do acesso à rede móvel e fixa».