GÓIS: APIN investe mais de 400 mil euros no concelho

No passado dia 26 de Outubro, no salão nobre dos Paços do Concelho, realizou-se a sessão pública de apresentação do investimento na área da “Eficiência Hídrica”, no valor de cerca de 440 mil euros, feito pela APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior no concelho de Góis e integrado no “Plano Estratégico de Controlo de Perdas do Sistema de Abastecimento de Água”, uma operação transversal a todo o Sistema APIN de aproximadamente 5 milhões de euros e cofinanciada pelo POSEUR.

A APIN apresentou também investimentos de reabilitação e de manutenção concluídos no concelho de Góis, nomeadamente a reabilitação integral da Estação Elevatória de Águas Residuais de Vila Nova do Ceira (construção civil, serralharias e instalações eletromecânicas), reabilitação do edifício do reservatório de Povorais (construção civil e serralharias) e reabilitação de um troço da conduta adutora ao reservatório de Conhais, sistema de Ponte de Sótão.

O presidente da Câmara Municipal, Rui Sampaio, depois de se referir ao conjunto de investimentos “que a APIN efectuou no concelho de Góis, não só a nível de equipamentos, mas também de estações elevatórias, reservatórios, condutas adutoras num montante considerável e tem a ver com aquilo que se pretende com a eficiência e com alguns problemas de perdas de água que são necessários resolver”, não deixou de salientar também que “há necessidade de investimento em termos de saneamento no nosso concelho e que estão devidamente sinalizadas pelo Município”, mas que “não foi possível serem enquadradas nesta primeira candidatura no âmbito do POSEUR, mas de futuro certamente serão enquadradas noutras candidaturas, porque há necessidades prementes que temos nalgumas aldeias e que, em devido tempo, essas obras serão efectuadas”.

O presidente da APIN, João Miguel Henriques, depois de referir “é necessário fazerem-se investimentos no sentido de melhorar aquilo a que nós designamos como a eficiência hídrica” e que, “no concelho de Góis, há um conjunto de investimentos importantes que já estão em curso” e porque “a água é um bem essencial que começa a escassear”, pelo que “é preciso captá-la, tratá-la e fazê-la chegar a casa de todas as pessoas”, deu a conhecer que APIN fez “uma candidatura, que foi aprovada, e que prevê um investimento de cerca de cinco milhões de euros em todo o território por ela abrangido” e cujo objectivo é “monitorizar, antecipar e controlar as perdas que temos em todo o sistema, no sentido de evitar essas perdas e, quando existem rupturas no sistema, poder mais rapidamente actuar, reduzindo as perdas existentes”.

“No Município de Góis o que está previsto é um investimento de 438 mil euros, dividido por várias acções” e o que se pretende é criar “um sistema de gestão inteligente, mais eficiente, mais rápido e com poupanças muito significativas em termos do que é, não só a parte financeira, mas também sob o ponto de vista ambiental”, disse o presidente da APIN, adiantando ainda que “há um conjunto de outros investimentos que estão também já em curso, ou para se iniciar, nomeadamente a reabilitação integral da Estação Elevatória de Águas Residuais de Vila Nova do Ceira, uma obra de construção civil, serralharias e instalações eletromecânicas, que tem um valor de investimento na ordem dos 18 mil euros”, incluindo-se também nestes investimentos “a reabilitação do edifício do reservatório de Povorais, uma obra também de construção civil e serralharia com um valor estimado de cinco mil euros, e a reabilitação de um troço de conduta adutora ao reservatório de Conhais, no sistema de Ponte de Sótão, com um investimento previsto na ordem dos 15 mil euros”.

Mas João Miguel Henriques não deixou de dar a conhecer também que “há um conjunto de outros investimentos que estão no âmbito do Plano de Investimentos da APIN para os próximos tempos e estamos já a trabalhar no sentido de inclui-los no próximo Quadro Comunitário, que deverá iniciar-se no próximo ano de 2023” e que “há um projecto que já está concluído, revisto e pronto a ser candidatado, que prevê um investimento na ordem de um milhão e 200 mil euros, essencialmente na gestão das águas residuais, portanto, no saneamento, na zona de Ponte de Sótão, que será, certamente, um dos primeiros investimentos que iremos incluir no próximo Quadro Comunitário”.

“Tem sido possível, através da criação deste sistema intermunicipal, fazer um conjunto de investimentos muito significativos”, disse o presidente da APIN, acrescentando que “estes são exemplos de Góis que representam apenas uma pequena parte do que está previsto em todo o nosso território” e que “temos vindo a fazer a apresentação de um conjunto bastante substancial de investimentos que a APIN está a fazer em todo o território dos concelhos que são abrangidos por esta entidade intermunicipal, que está encarregue da gestão dos serviços de resíduos sólidos urbanos, águas residuais e também de abastecimento de água à população”.

“A APIN identificou, juntamente com os Municípios, um conjunto de investimentos prementes nestas áreas, muitos deles que já estão, neste momento, a realizarem-se, alguns ainda estarão para iniciar”, referiu o seu presidente, sem contudo deixar de considerar que “há algumas dificuldades ao nível do mercado, face à quantidade de obras que temos vindo a lançar e face aquilo que são as subidas exponenciais de preços das empreitadas”, mas deixando a garantia que “a APIN vai continuar a investir, no sentido de conseguir realizar em todos estes Municípios todos esses investimentos que visam melhorar a qualidade do serviço que prestamos às nossas populações”.

Depois da sessão, se seguiu-se uma visita à Estação Elevatória de Águas Residuais de Vila Nova do Ceira, um equipamento que foi reabilitado, onde o presidente da Câmara Municipal não deixou de salientar “há necessidade de investimento, em termos de saneamento, no nosso concelho”, em intervenções que “serão enquadradas noutras candidaturas”, informando que “foram feitos investimentos no concelho na ordem dos 40 mil euros, na Estacão Elevatória de Vila Nova do Ceira, no reservatório de Povorais e na conduta adutora de Cunhais” e para as realizar recorreram “a empresários locais, com a colaboração dos trabalhadores da APIN”, o que também contribui “para a sustentabilidade das economias locais de cada concelho”.