GÓIS: Câmara admite comprar água fora do concelho

A presidente da autarquia, Lurdes Castanheira, disse à agência Lusa que a captação local é efectuada no Ceira, afluente do Mondego, onde durante a tarde “já se verificava alguma alteração” da cor e da qualidade da água, na sequência da chuva que caiu na região nas últimas horas e que arrastou terras e cinzas dos incêndios das encostas.

“Admitimos recorrer novamente à empresa Águas do Centro Litoral”, adiantou a autarca de Góis, ao recordar que, em Novembro, a Câmara, “pela primeira vez na história do concelho”, teve de comprar água àquela empresa do grupo Águas de Portugal, com sede em Coimbra, após a chuva ter provocado um problema idêntico.

Lurdes Castanheira afirmou que “a água do rio começou a ficar turva”, durante a tarde, o que, à semelhança do mês passado, poderá ter repercussões na qualidade da água distribuída, sobretudo nas freguesias de Góis e Vila Nova de Ceira.

Devido aos “efeitos negativos” dos incêndios nas encostas do Ceira e à tempestade Ana, “verificaram-se alterações na água que afectam a sua qualidade”, segundo um aviso da Câmara Municipal à população.

A autarquia pede “a melhor compreensão” e informa os consumidores que “está a envidar esforços no sentido de com a maior brevidade” normalizar o abastecimento de água.