GÓIS: Eleições nos Bombeiros Voluntários (muito concorridas) dão vitória à lista liderada por Júlio Moura

No passado dia 18 de Dezembro, no salão nobre do quartel-sede, realizou-se a assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Góis que, de entre outros assuntos da ordem de trabalhos, tratava da votação para a eleição dos órgãos sociais para o triénio2023/2025.

E terá sido das assembleias gerais mais concorridas de sempre na vida da Associação, com duas listas concorrentes aos órgãos sociais, a lista A liderada na direcção por Júlio António da Silva Moura, eleita por 96 votos, enquanto a lista B liderada por Rui Manuel Alves Ramos, obteve 38 votos, havendo ainda 4 votos brancos.

Aos eleitos, o presidente da assembleia geral, José António Pereira de Carvalho, deixou “votos de felicidades, se tiveram sucesso esta casa também tem sucesso”, enquanto o presidente da direcção cessante, Renato Souza, deixou também os “parabéns à lista vencedora”, manifestando ainda a sua disponibilidade “para todos os esclarecimentos necessários” aos novos responsáveis da Associação, deixando os cumprimentos à lista B “que teve a coragem de estar connosco” e os agradecimentos à direcção e aos corpos sociais que consigo trabalharam, ao Corpo Activo, à Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, instituições e associações “que colaboraram connosco”, Compartes e Bombeiros do Luxemburgo “parceiros importantíssimos”, Góis Moto Clube, associados “que sempre estiveram presentes”, terminando “por deixar claro que errámos, mas nunca deixamos de ter coragem de fazer”.

“Parabéns à lista vencedora, iremos fazer questão de estar, estaremos cá para ajudar e juntar como hoje tanta gente nesta casa”, foram também palavras do líder da lista vencida, Rui Ramos, num gesto bem revelador do civismo com que decorreu a assembleia geral e particularmente o acto eleitoral, “sem atritos” e exaltado pelo presidente da assembleia geral cessante e a demonstrar que, apesar dos problemas, acima de tudo “estiveram bem presentes os interesses da vida da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Góis”.

“Apelo que haja unidade nesta casa”, disse ainda José António Pereira Carvalho, recordando ainda que, durante muitos anos, a serviu primeiro como comandante do Corpo Activo e depois como presidente da assembleia geral, deixando agradecimentos “especialmente aos bombeiros, continuo a ser bombeiro até morrer”, agradeceu à direcção cessante “tão criticada e de uma maneira ilógica”, ao conselho fiscal, e votos de felicidades aos novos dirigentes e particularmente à direcção, “não vão ter uma tarefa fácil, mas nada é impossível com esforço, boa vontades públicas e particulares” para continuar assim a honrar a memória de todos aqueles que fundaram e ao longo dos anos dedicadamente serviram os Bombeiros.

E nestes, não deixou de ser sentidamente recordado “o ex-dirigente desta casa, o médico goiense, dr. Manuel Enéscio de Almeida Gama” e ainda Cid Orlando Paraíso Alvarinhas, tendo assim sido aprovados, por unanimidade, pela assembleia votos de pesar que iam ser transmitidos às suas famílias, tendo depois sido dada a conhecer a “proposta de plano de actividades e orçamento da direcção – ano 2023”, documento estatutariamente previsto “mas que não pode ser fechado” e que, como disse o presidente da direcção cessante, “terá de ser rectificado pela próxima direcção”, deixando ainda à sua consideração “três pontos de relevo”, como “nomeação do comandante, revisão da proposta de orçamento para 2023, definir as prioridades administrativas e económicas para a Associação”.

Renato Souza não deixou de se referir também aos “condicionalismos deixados pelos diversos atrasos das entidades a quem prestam os serviços criando efeitos nefastos na subsistência da própria Associação” que, para continuar a cumprir cabalmente a sua missão e como foi reconhecido, terá de continuar a contar com o apoio e colaboração de todos, das autarquias, dos amigos, dos goienses.

Mas há outras necessidades a nível operacional, como deu a conhecer a comandante em substituição, Patrícia Carvalho, e que “são para já veículos de socorro”, porque os que existem “estão bastante obsoletos”, e também novos bombeiros “temos uma única inscrição para estagiário”, considerando mesmo que “o voluntariado não abona a nosso favor”, outra preocupação também deixada por Renato Souza, referindo a necessidade, entre outras, de “reativar o apoio à Escolinha e Escola de Bombeiros, incentivando o surgimento de novos infantes, cadetes e estagiários; reforço das iniciativas para o desenvolvimento do voluntariado junto dos actuais elementos do Corpo Activo e da população em geral, em sintonia com o comando e as entidades oficiais locais; manter a proximidade entre órgãos sociais e pessoal do Corpo Activo, com a realização de reuniões periódicas e com realização da Festa do Bombeiro e de Natal”.

E perante todas as necessidades, todos os problemas que afectam a Associação e o seu Corpo Activo, ao ser eleito o novo presidente da direcção, Júlio Moura, deixou como promessa, “trabalho, dedicação e honestidade”.

Lista vencedora

Assembleia geral – Jaime Miguel Fernandes Garcia, presidente; Ricardo José Duarte Ventura, vice-presidente; Nuno Miguel Almeida Alves Baeta, secretário; e António Alberto Figueiredo Machado, suplente

Direcção – Júlio António da Silva Moura, presidente; Joaquim Manuel Fonseca Mateus, vice-presidente; Isaura Maria Mendes Abreu, secretária; Rui Manuel Oliveira Rosa, tesoureiro; Carla Isabel Domingos Duarte, vogal; e José Nunes Alves de Almeida e Flórido Correia Valente de Matos, suplentes

Conselho fiscal – João Manuel Rosa Simões, presidente; Américo Casimiro Moniz, vice-presidente; Cátia Andreia Ferreira Adão, secretária relator; e José da Costa Carneiro, suplente