No passado dia 30 de Novembro, na Capela da Igreja da Misericórdia, reuniu em sessão ordinária a assembleia geral da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Góis para, de entre outros assuntos, discutir (e aprovar por unanimidade) o plano de actividades e orçamento previsional para o ano de 2022.
“A mesa administrativa tem feito uma gestão criteriosa e responsável”, como salientou a contabilista da instituição, Carina Roseiro, ao dar a conhecer o orçamento e as contas, a merecerem, no seu parecer, a aprovação do conselho fiscal, propondo ainda um voto de louvor ao provedor e à mesa administrativa, que não deixaram de ser parabenizada também pelo sucesso da conclusão do processo relativo ao pagamento das dívidas de vencimentos aos trabalhadores, “uma pesada herança”, como considerou a vice-presidente da assembleia geral, Andreia Vidal (que presidiu aos trabalhos) e que já se arrastava há alguns anos.
E foi essa a grande notícia (pela qual foram deixadas mais felicitações) que, no início dos trabalhos, foi trazida pelo provedor José Serra, manifestando a sua satisfação, congratulando-se até pela antecipação prevista deste pagamento, “hoje foi o último dia em que pagámos o que tínhamos em atraso aos nossos colaboradores”, num total de 155 mil euros desde Março de 2013 até agora, “é obra… numa instituição como a nossa”, sem deixar de ser reconhecido também pela assembleia a preocupação da mesa administrativa com os seus colaboradores não só dando-lhes as melhores condições para desenvolverem o seu trabalho, a consequente formação interna, mas ainda com o seu bem-estar, porque só assim poderá ser cumprido em plenitude o propósito deixado pela instituição, “vamos continuar a aumentar o bem-estar dos nossos utentes”.
Manutenção e conservação, com “carácter de urgência”, das instalações do Equipamento de Vila Nova do Ceira/Lar de Idosos
Bem-estar que, como está bem presente no plano de actividades e orçamento para 2022 e como foi referido pelo provedor, aposta em continuar a “pugnar pela melhoria dos serviços prestados aos utentes”, mas para isso não deixa de ser necessário também a manutenção e conservação, com “carácter de urgência”, das instalações do Equipamento de Vila Nova do Ceira/Lar de Idosos, que tem uma previsão de investimento no valor de 50 mil euros, para o qual foi feita uma candidatura ao PARES no valor de 30 mil euros, “não sabemos se vai ou não vai ser aprovada”, estando também “a decorrer o pedido de licenciamento/adaptação com o aumento de capacidade de ERPI de 49 para 52 utentes”, além da manutenção de outras actividades que permitam a ocupação saudável dos seus tempos livres, assegurando ainda o funcionamento do Centro de Reabilitação e Bem-Estar Dr. José Cabeças e o “fornecimento de refeições a todas as crianças que frequentam o ensino pré-escolar e 1.º ciclo de Vila Nova do Ceira”.
Ainda segundo o plano de actividades e conforme reforçou José Serra, outra das preocupações da mesa administrava é a Casa de Caridade Rosa Maria, “vamos ver o que é que podemos fazer naquele edifício, (…) pelo menos não o vamos deixar cair”, e para isso e como deu a conhecer, há uma “previsão de realização de investimento para o projecto/estudo, no valor de 25 mil euros”, não sendo esquecidas também a recuperação dos altar e púlpito da Capela do Mártir“, o Orçamento Participativo poderia ter sido uma oportunidade para essa recuperação”, sendo ainda referidas a necessidade da conservação “das instalações cedidas, em comodato, do edifício da Casa do Povo”, bem como a requalificação dos imóveis pertença da instituição.
Para tudo isto e muito mais, não deixa de ser necessário e segundo o plano de actividades, “efectuar candidaturas de apoio/pedido de concessão de subsídios no âmbito da Acção Social”, ao mesmo tempo que foram efectuadas também junto do Município” e manter as colaborações “com todas na entidades concelhias (autarquias, IPSS,s, associações entre outras)” porque, e com foi reconhecido, “a concretização deste plano passa, em grande parte, pelo esforço e pela vontade de todos os que trabalham nesta instituição”.
“Em Janeiro, os serviços administrativos vão passar para Vila Nova
do Ceira”
José Serra não deixou de dar a conhecer também alguns dos actos de gestão da mesa administrativa, nomeadamente e de entre outros, “em Janeiro, os serviços administrativos vão passar para Vila Nova do Ceira, estão criadas as condições para estarmos mais perto dos nossos utentes e colaboradores” cujo trabalho voltou a enaltecer e a reconhecer, também no que se refere à boa prática desenvolvida no âmbito da pandemia, bem como “é muito aquilo que toda a equipa da Santa Casa da Misericórdia tem feito (…) para manter viva esta instituição secular”, como reconheceu também a vice-presidente da assembleia geral, acrescentando ainda que “não foi fácil o ano que está a chegar ao fim, o que se avizinha também não será. Obrigado pelo vosso trabalho diário. Votos de louvor a todos os trabalhadores. Feliz Natal”.
Na mensagem deixada no plano de actividades, o provedor não deixou de considerar que “sempre preocupada com o bem-estar da população”. a Misericórdia de Góis “cumpriu e pretende manter e cumprir com a sua filosofia de trabalho numa óptica de parceria e de estreita colaboração com outras instituições locais e regionais, através de uma participação activa nas diversas acções que têm vindo a ser implementadas no concelho”, terminando por referir que além da preocupação na sustentabilidade e equilíbrio económico e financeiro da instituição, as actividades propostas para o próximo ano “se centram sobretudo na manutenção dos nossos equipamentos, das respostas sociais que dinamiza e, sobretudo, ao garantir os postos de trabalho que esta Santa Casa tem à sua responsabilidade”.
E “no âmbito daquele que tem sido o nosso trabalho junto aos utentes”, a vice-provedora e directora técnica, Ana Paula Gonçalves, não deixou de se dirigir “a todas e a todos os trabalhadores e/ou colaboradores desta nobre instituição que, neste tempo de incertezas, se pretende, para o ano de 2022, manter em pleno funcionamento as nossas diversas áreas de actuação, procurando ‘desbravar’ diariamente novos caminhos perante os desafios desconhecidos de forma a evitar e/ou minimizar o impacto desta pandemia e promover o bom funcionamento desta instituição”.
Bom funcionamento às vezes “emperrado” por pequenos detalhes de instituições que tinham a obrigação de menos “burocracias”, que “não percebemos”, como disse José Serra, e acabam por dificultar o trabalho, a acção, daqueles que, no dia-a-dia, se entregam à Misericórdia sem outra preocupação ou interesse que não seja servir nos princípios assentes na “solidariedade e da fraternidade” e consequentemente no cumprimento das Obras de Misericórdia.