No domingo, 20 de Março, no restaurante “Mont’Alto”, realizou-se o almoço comemorativo das bodas de ouro do Lions Clube de Arganil.
“São 50 anos de bem servir, no qual a humildade e a autenticidade são a base da nossa grandeza, tendo sempre como objectivo principal servir a nossa comunidade mais carenciada e fomentar a Amizade e a Solidariedade entre todos os membros que fundaram o Clube”, como disse o seu presidente, dr. António Pereira Alves.
E foram esses membros, os sócios fundadores, que foram recordados por António Carvalhais da Costa, ao ler a Carta Constitutiva do Lions Clube de Arganil, com a data de 11 de Dezembro de 1971 e que vincula à Associação Internacional de Lions Clube o Clube arganilense, cuja primeira direcção foi presidida pelo dr. Alberto António da Cunha Ferreira; vice-presidente, dr. Manuel Barreto Almeida Leite; 2.º vice-presidente, professor José Dias Coimbra; 3.º vice-presidente, dr. Virgílio Manuel Guerra Reis Nunes; secretário, Manuel José do Rosário Castanheira; tesoureiro, Ramiro Castanheira Jorge; director social, dr. António José Parente dos Santos; diretor crítico animador, padre José da Costa Saraiva; e vogais, António Lopes Morgado, António Lopes Simões, dr. António Pereira Alves, Carlos Alberto Fernandes Ribeiro, Eduardo Jorge Rodrigues (Filho), Emídio Augusto da Costa Rodrigues, eng. Manuel Dinis Pinheiro e Manuel Rodrigues de Almeida.
Ao recordar os 21 lions que estiveram na tomada de posse oficial como fundadores do Lions Clube de Arganil, o dr. António Pereira Alves na deixou de referir ainda que “restam apenas dois fundadores ainda pertencentes aos quadros do Clube, eu próprio e o meu ilustre companheiro Dias Coimbra” e também o dr. Barreto Leite, “felizmente com saúde, mas que já não pertence ao Lions Clube de Arganil” e que “será uma das pessoas que homenagearemos hoje”.
“Estão de parabéns os vivos”
“Estão de parabéns os vivos, entre nós o professor José Dias Coimbra, o dr. António Pereira Alves, e o dr. Manuel Barreto Leite”, disse António Carvalhais da Costa, que conduziu a sessão, tendo palavras de especial apreço para com os convidados, nomeadamente o reitor de Arganil, padre Lucas Pio, a vereadora da Câmara Municipal, Elisabete Oliveira, a Governadora do Distrito 115 Centro Sul, Sofia Félix (e “ilustre companheira do Lions Clube de Arganil”), o past director internacional, Joaquim Borralho, o past governador, João Campino, o companheiro fundador de Lions Clube de Arganil, professor José Dias Coimbra e esposa Ondina Coimbra e os Clubes convidados de Cantanhede, Cascais-Cidadela, Coimbra, Costa da Caparica-Praia do Sol, Figueira da Foz, Lisboa-Norte, Olivais Tejo, Pombal, Santiago do Cacém e Vila de Rei, também especialmente saudados pelo presidente do Clube aniversariante, que recordou ainda as actividades desenvolvidas, bem como a edição da revista comemorativa dos 50 anos (ali apresentada), tendo “uma palavra final para os companheiros e companheiras do nosso Clube, que ajudaram a construir esta grande instituição, com o mesmo espírito de que nos fala Torga a propósito da construção do Teatro Alves Coelho, erguido por teimosos e cabeçudos beirões da mesma maneira e com o mesmo espírito com que antigamente se construíam as catedrais, cada um trazendo a sua pedra”.
Lido o Código de Ética, seguiu-se o momento alto da comemoração com a admissão dos sócios, Pedro Albuquerque Chistlys Soromenho e Joaquim Fernandes, tendo depois sido homenageada uma antiga lion, Fernanda Maria Dias, com Carvalhais da Costa a deixar mais uma vez o “obrigado a todos pelo prazer deste nosso reencontro” e a referir que “devemos estar sempre na linha da frente a comprir o Código de Ética, que é de toda a gente” e a considerar que “estamos na instituição para servir e isso deve ser a missão mais nobre”.
No momento dedicado à juventude, a entrega do Prémio Manuel do Rosário Castanheira e Fernanda Castanheira à aluna Francisca Costa, e o Prémio da Paz entregue a Rodrigo Almeida e, como foi referido, porque “o nosso Mundo precisa de paz, de amor”, foram deixados os parabéns “pelos exemplos que esta juventude do interior nos dá”.
“Um dia de muita alegria, mas ao ler o boletim, e ainda sei ler, não descobri quem criou o Lions, talvez tenha sido obra do Divino Espírito Santo”
No momento do companheirismo algumas intervenções de representantes de Clubes convidados a felicitarem o Lions Clube de Arganil pelos 50 anos, “é obra” e como votos “para que venham mais 50”, tendo o fundador professor José Dias Coimbra considerado também ser “um dia de muita alegria, recordar os 50 anos” e “pela primeira vez o Lions ter uma Governadora simpática, linda, eficiente. És o meu orgulho”, referindo depois que apesar de ser “um dia de muita alegria, mas ao ler o boletim, e ainda sei ler, não descobri quem criou o Lions, talvez tenha sido obra do Divino Espírito Santo”.
A vereadora Elisabete Oliveira, referindo-se ao Lions Clube de Arganil, “pessoas que se importam, se unem, arregaçam as mangas e actuam para melhorar a comunidade”, destacou as sua actuação “em áreas tão estruturais como a educação e a saúde” num trabalho desenvolvido que se centra “nos mais frágeis e vulneráveis”, considerado que “é a partir deste olhar atento que se concretiza e continuará com a certeza a caracterizar a actuação dos lions” e por isso, “neste dia de celebração não poderia deixar de saudar o Lions pela continuidade da obra que vai fazendo no apoio a quem temos menos, a quem mais precisa e em áreas tão diferentes como aquelas em que intervém e actua, assim como pela nobre missão que desempenham e exercem e de certo continuarão a desempenhar no futuro, com discrição e como eficiência e tanta generosidade”.
Carlos Torres e Joaquim Borralho também exaltaram “os 50 anos de bem-servir, com amor” do Lions Clube de Arganil, “um Clube exemplar do Distrito 115”, deixaram os parabéns e como mensagem “vamos ser felizes e ajudarmos os outros a serem felizes”, enquanto a Governadora do Distrito 115 Centro Sul começou por dizer que “50 anos é já um longo caminho percorrido, um pedaço de história que ficará para sempre escrito numa recordação para que a memória e o tempo não apaguem. 50 anos serão tempos bem-vindos de força, coragem, lealdade e acção enérgica, a mesmo que levou Melvim Jones a escolher um leão como nosso símbolo. 50 anos é a soma de várias partes que fizeram um todo de homens e mulheres que transcenderam a causa dos mortais e que deixaram em Arganil e no lionismo um futuro para as gerações mais novas”.
“Foram 50 anos de luz, alegria, excelência e vontade de missão que suplantam qualquer sombra ou dor”, considerou ainda Sofia Félix, acrescentando que “tínhamos de estar aqui hoje, nestes 50 anos, para sermos abençoados pela Nossa Senhora do Mont’Alto e iluminados por estas estrelas que brilham alto nos céus e que foram os companheiros que já partiram”, terminando por referir que “tal como a canção da fadista Mariza, o melhor para o nosso Clube de Arganil está para chegar”.