
O balcão de Lorvão do banco Santander vai encerrar em Dezembro. A decisão foi anunciada pelos responsáveis do banco às duas autarquias na terça-feira, dia 18 de Novembro.
Tanto a Câmara Municipal de Penacova, quanto a Junta de Freguesia de Lorvão repudiam esta decisão de encerrar o único balcão de uma instituição bancária que existia na vila de Lorvão. Para estas autarquias é uma decisão que contraria os princípios da coesão social e do desenvolvimento sustentável do território.
De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Lorvão (…) «é uma perda muito grande para a freguesia, sobretudo para a população mais idosa, que ainda recorre ao balcão». «Na reunião em que nos chamaram para comunicar a decisão, foi-nos dito que a actividade do balcão até estava a crescer. Isto foi-nos transmitido como um acto consumado, sem margem para negociar e sem pensar nas populações. É lamentável», acrescenta Mário João Escada.
Também o presidente da Câmara Municipal repudia este anúncio que assenta na lógica dos números e esquece as pessoas. «Em territórios como o nosso, com uma franja muito alargada de população sénior, o balcão físico continua a fazer sentido. As pessoas em geral, mas sobretudo as mais idosas, continuam a dar grande valor aos serviços de proximidade. Ao invés de encerrarem serviços, estas instituições bancárias deveriam dar um sinal a estas populações de que estão ao seu lado, tal como elas foram fiéis ao seu banco durante anos e anos», vinca Álvaro Coimbra.
O autarca critica a decisão do Santander em fechar as portas do balcão de Lorvão, no próximo mês e relembra uma missiva do banco recebida recentemente na Câmara Municipal que, na sua génese, apelava, precisamente ao contrário. «Nas habituais cartas de felicitações que se enviam após os actos eleitorais, recebi uma carta da Comissão Executiva do Santander que dizia o seguinte: “Acreditamos no poder da colaboração e da proximidade”. ”Desejamos um mandato (…) com mais oportunidades, maior coesão social e um desenvolvimento sustentável que valorize tanto as pessoas como o território. O Santander está empenhado em ser parte activa desta caminhada”.
«Com o encerramento do balcão de Lorvão, o banco Santander está a fazer, precisamente, o oposto do que defendeu naquela carta. Lamento profundamente que assim seja», rematou Álvaro Coimbra.

