LORVÃO (Penacova): Exposição do “Livro do Apocalipse”

Luís Filipe Santos (director-geral da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas) e Álvaro Coimbra no decorrer da visita à exposição

O Centro Interpretativo do Mosteiro de Lorvão tem patente até ao próximo dia 18 de Maio (domingo) uma exposição temporária cuja grande atracção é o “Livro do Apocalipse”, manuscrito medieval que regressa ao Mosteiro do Lorvão – local onde foi produzido – 172 anos depois.

A inauguração da exposição teve lugar no dia 1 de Maio e contou com a presença de Luís Filipe Santos, director-geral da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Luís Filipe Santos felicitou o município de Penacova pela iniciativa, já que se trata de (…) «um dos maiores tesouros do nosso património cultural e espiritual. O manuscrito do Apocalipse está de regresso à casa que o viu nascer, o Mosteiro de Lorvão», acrescentando que (…) «172 anos depois, este documento volta a dormir no seu berço já que Alexandre Herculano o depositou na Casa da Memória de Portugal em meados do Século XIX. Um documento cujas páginas foram iluminadas com cores vibrantes. É um documento de valor inestimável para a compreensão da história, da arte e da religião em Portugal e na Europa», considerou.

Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal depois de sublinhar que a exposição (…) «é um evento à escala nacional e por isso importante para atractividade de visitantes», alertou, por isso que (…) «é fulcral preservar o Mosteiro de Lorvão, um monumento de carácter nacional, que o Estado tem que ter um papel preponderante e mais activo», destacando (…) «a preservação das escadarias, o tratamento das infiltrações, a requalificação dos telhados e o restauro de peças são acções que deviam ser realizadas. Gostávamos que o Estado fosse mais interventivo nesta área», observou.

Recorde-se que por questões de preservação estará aberta apenas num fólio (olha de papiro, pergaminho), que segundo a organização (…) «é a área mais emblemática e iluminada do documento». Luís Santos explicou que (…) «esta forma de preservação garante que as futuras gerações possam também maravilhar-se com a sua beleza e aprender com a sua história».

(*) com Diário AS BEIRAS