
No passado dia 4 de Março, a DUECEIRA cumpriu 31 anos sobre a sua constituição, considerando o seu presidente, Luís Antunes, que “31 anos são, para qualquer entidade, um marco relevante e de importância porquanto garante da sua longevidade e resiliência perante períodos, algumas vezes críticos do ponto de vista social e económico e, enquanto pressuposto de competências de organização e gestão. Desde a sua fundação, em 1994, como qualquer organização a DUECEIRA foi confrontada com sucessos e fracassos, ultrapassando várias conjunturas umas mais favoráveis que outras, sempre com uma grande capacidade de adaptação para ultrapassar constrangimentos, incrementando o desenvolvimento das comunidades e consolidando a sua posição no território, enfim, assumindo-se como um agente preponderante para o seu desenvolvimento integrado e harmonioso”.
Luís Antunes considera também que “na qualidade de Associação de Desenvolvimento Local, as atribuições da DUECEIRA passam, essencialmente, por assumir um papel de mediador e dinamizador das parcerias locais, valorizando os denominadores comuns e estimulando convergências. Também tem funções de animação, sendo esta observada como um conceito mais transversal, ao nível da concepção e realização de acções e iniciativas diversas para sensibilização e formação dos agentes locais e população em geral; também, da valorização, promoção e marketing tanto dos activos locais per si quanto do território. O seu papel é também predominante na qualidade de GAL – Grupo de Acção Local, organismo intermediário na gestão de fundos públicos, sendo que os mais expressivos são os provenientes FEADER através do PDR2020 e PEPAC2027 no âmbito da Agricultura e Desenvolvimento Rural em sectores relevantes para o território como é o caso, entre outros, da pequena agricultura; dos circuitos curtos agro-alimentare; da transformação e comercialização de produtos agrícolas; do emprego e empreendedorismo; da renovação de aldeias; dos mercados locais, etc., sempre numa perspectiva integrada e consolidada na nossa Estratégia de Desenvolvimento Local”.
“As suas grandes áreas prioritárias de actuação têm como enfoque os recursos agrícolas, florestais e paisagísticos; os segmentos do turismo verde, de natureza, de montanha, desportivo; o sector emergente do ambiente e energias renováveis com incidência para a biomassa; e, ainda, em termos sociais com a implementação transversal do conceito de Região Solidária e Inclusiva. De um ponto de vista mais prático, a DUECEIRA investe sobretudo em intervenções a uma escala supra e intermunicipal numa agregação de interesses e potenciação de recursos. Dentro deste tipo de intervenções, sublinhamos projectos já icónicos como o Parque de Máquinas Florestal, a criação da Marca Territorial Terras da Chanfana, num trabalho de muito envolvimento e proximidade com as comunidades – em especial com os seus agentes turísticos – e que conferiu e confere prestígio local, estimulando a economia e contribuindo para o aumento da auto-estima e atractividade territorial”, como salientou o presidente da direcção.
Sob a sua égide e ainda segundo Luís Antunes, “esta marca já evoluiu e desenvolveu outros produtos como a Agenda Cultural das Terras da Chanfana (da responsabilidade dos Municípios associados) e o Circuito Inter Trail Terras da Chanfana, mas também está a evoluir para a consolidação do Roteiro Sentido das Terras da Chanfana que visa consolidar a oferta turística a partir de uma Carta de Experiências Únicas do território”, acrescentando que “outra intervenção de relevância, constituiu a criação da Estrutura 6 em Rede (Rede Inter Municipal de Apoio À Vítima de Violência Doméstica) com uma área de abrangência de seis concelhos (para além dos 4 concelhos estatutários, também Pampilhosa da Serra e Penacova) e que integra as valências de GAV e RAP (Gabinete de Apoio à Vítima e Respostas de Apoio Psicológico a Crianças e Jovens Vítimas de Violência Doméstica)”.
“Estes são apenas três exemplos da nossa intervenção supra e intermunicipal e que não esgotam todos os projectos e iniciativas que desenvolvemos nas áreas mais diversificadas”, disse o presidente da direcção, acrescentando que “os planos de actividades anuais da DUECEIRA são sempre amplos, elaborados no sentido do crescimento e consolidação da organização, a favor do crescimento e sustentabilidade do território. Apesar de termos uma equipa técnica e operacional de muito pequena dimensão, esta apresenta-se competente e dedicada, constituindo-se a maior aliada da direcção na prossecução dos objectivos definidos”.
E depois de referir que “nos últimos anos temos, ao nível da direcção, investido principalmente no incremento do nosso quadro institucional de parcerias e de enriquecimento da Assembleia de Parceiros, convidando e integrando organizações locais e regionais, de natureza pública e privada, de maior relevância para o desenvolvimento do território”, Luís Antunes deu a conhecer que “neste momento são já 64 as entidades que integram a Associação e ano para ano surgem mais pedidos de adesão. A governança local é, pois, um aspecto relevante na e para a orgânica da DUECEIRA. O envolvimento das organizações da sociedade civil na própria construção de um racional de suporte da Estratégia de Desenvolvimento Local e da sua implementação é fulcral porquanto, em conjunto, promovem um diálogo e participação – que se desejam transversais e sustentáveis – na definição de objectivos com suporte nas suas expectativas e preocupações. Diria que só é possível a DUECEIRA ter consolidado a sua posição na comunidade com o apoio do seu quadro associativo, pois é este que confere estabilidade e reconhece o trabalho desenvolvido. Também o facto da Dueceira ter integrado desde 2002 a Minha Terra – Federação das Associações de Desenvolvimento Local e a partir de 2017 a sua direcção, primeiro na qualidade de vice-presidente e mais recentemente, até 2022, de presidente desta organização, contribuiu para uma valorização substantiva do seu espaço de diálogo, negociação e intervenção a uma escala regional e nacional”.
E sendo este o último mandato como presidente da DUECEIRA, Luís Antunes considera “um balanço excelente. Não posso estar mais satisfeito. A Associação cresceu em todos os aspectos: em número de associados; na qualidade da parceria; no aumento do trabalho em rede e em cooperação; na tipologia de intervenções, abarcando mais áreas de actuação; na captação de fundos comunitários para o incremento e alavancagem da economia local. Construímos uma marca territorial que começa a dar frutos e permite que a região ganhe escala e atractividade. Consolidámos o prestígio da entidade com a atribuição e manutenção do seu Estatuto de Utilidade Pública. Actuamos em áreas cruciais para o desenvolvimento do território, mas também para o combate a flagelos sociais como é o caso da violência doméstica e no namoro”, terminado por referir que “o futuro da DUECEIRA passa essencialmente por um trabalho de continuidade em termos da sua vocação e missão” e deixando como mensagem que “venham mais outros tantos anos, naturalmente com outros actores, mas sempre focados na missão na qual nos reconhecemos: o desenvolvimento e bem-estar das nossas comunidades. É para isso que trabalhamos, para as pessoas”.
DUECEIRA consolida a marca territorial “Terra da Chanfana®” na BTL
Tendo por base uma estratégia de união dos agentes e comunidades dos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares, a DUECEIRA deu mais um passo significativo para a consolidação da marca territorial, divulgando no stand da CIM RC – Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra na BTL 2025 – Better Tourism Lisbon Travel Market /Bolsa de Turismo de Lisboa, o Roteiro Sentido das “Terras da Chanfana”.
Contrastando com a adrenalina das demais ofertas, a apresentação tentou demonstrar que, nas “Terras da Chanfana”, as propostas se pautam na sua maioria pela paz e serenidade ao encontro das suas gentes e natureza, numa clara fuga ao ritmo alucinante dos centros urbanos e do mundo em geral.
Luís Antunes, presidente da direcção da DUECEIRA – entidade proprietária e gestora da Marca Terras da Chanfana – evidenciou o trabalho desenvolvido no território, com suporte numa Estratégia de Desenvolvimento coerente e vocacionada para o seu crescimento harmonioso e, naturalmente, das suas comunidades, através de uma vivência de uma proposta de Turismo Autêntico, enquanto a coordenadora Ana Souto, realçou o processo em torno dos agentes económicos locais e da dinâmica implementada através do Roteiro Sentido e Marisa Gomes / MAGO, empresa que apoiou na concepção da imagem da marca e o produto em si. As intervenções foram complementadas com a apreciação de dois vídeos que resumiram através da imagem e do som este novo produto turístico e com a oferta de um “saco de degustação” com produtos locais.
O Roteiro perspectiva – com suporte no Manual de Identidade e Carta de Experiências Únicas e Sensoriais das Terras da Chanfana – a definição de percurso(s) com recurso à georreferenciação de locais emblemáticos para a compreensão do território nas suas componentes ambientais, histórico-culturais, sociais e económicas e, ainda, a oferta de propostas de actividades complementares que estimulem e potenciem o seu usufruto.
O Roteiro sinaliza 70 ‘lugares mágicos’ do território com selo distintivo e disponibiliza uma web app para telemóveis com proposta de ‘experiências únicas’ e ‘roteiros irresistíveis’ para uma fruição de 1, 2 e 3 dias do território.
Todo o Roteiro tem como fundamento conceptual a palavra/ideia “Sentido” a qual é assumida nas suas diversas compreensões, através de uma narrativa simples, bonita, intuitiva e bem conseguida em termos do que se deseja transmitir: 1. SENTIDO de representação de algo com significado, com sentimento e – por que não? -, com emoção! 2. SENTIDO de direcção, orientação, rumo… aquele que nos leva ao encontro do Território e das Pessoas! 3. SENTIDO de conhecimento e compreensão através dos órgãos sensoriais do corpo humano (os 5 sentidos: visão, tacto, paladar, audição e olfacto).
Muito mais que um traçado gastronómico, o Roteiro Sentido define um percurso de descoberta das gentes, dos locais, das tradições, propondo iniciativas diferentes, gratificantes e sentidas numa dimensão holística. Para ir ao encontro do Roteiro Sentido foi também criada uma Web App para utilização preferencial através de telemóveis e que integra. para além de propostas de fruição do território, um mapa turístico com georeferenciação dos pontos selecionados. Os agentes aderentes estão sinalizados com um selo distintivo, em acrílico, elaborado a partir da Marca das Terras da Chanfana em fusão com o símbolo universal de localização/marca/lugar, o qual confere um sentido de pertença destes agentes locais ao Roteiro e ao Território. Por todas estas razões e outras mais, é que Terras da Chanfana é “uma marca que nos une!”.