Na passada terça-feira, dia 4, o Politécnico de Coimbra (IPC) inaugurou as novas instalações da Lousã Green School, o Pólo do IPC que funciona como hub de formação na área das operações florestais e do desenvolvimento sustentável.

Centro de conhecimento das florestas e do fogo que, na sua apresentação, contou com as intervenções do presidente do IPC, Jorge Conde, e do presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, e durante a cerimónia foram também assinados os termos de aceitação da primeira tranche da bolsa atribuída no âmbito do Projeto Impulsionar as Pessoas e o Território aos primeiros estudantes da “Lousã Green School” e ainda assinado um protocolo de cooperação que tem por finalidade a implementação do projeto “Lousã Green School – Centro de Competências de Negócios Sustentáveis”, uma parceria entre o Município da Lousã e o Politécnico de Coimbra.

“Hoje é um dia importante que nos confere satisfação e alegria”, começou por dizer o presidente da Câmara Municipal, porque e como salientou, “damos expressão ao objetivo permanente de valorização do concelho, e fazemo-lo através de um projeto de valorização do capital humano. Ampliando a oferta formativa no concelho e dessa forma reforçando o nosso posicionamento e atratividade no contexto regional”, considerando que a Lousã Green School “evidencia e enaltece o trabalho em rede / as parcerias sendo pertinente reconhecer e agradecer o papel do IPC que – entre outras coisas – dá expressão ao seu objetivo de ligação efetiva do território e de agente promotor de desenvolvimento e coesão territorial”, deixando o seu “obrigado Professor Jorge Conde (…) e também a todos os que na equipa IPC têm contribuído para a concretização do projeto”.

“A Lousã Green School, tem como ponto de partida formativo a floresta e a capacitação de agentes que operam nesta área tão identitária e expressiva no concelho e na região, mas pretende ir mais além”, disse ainda Luís Antunes, acrescentando que ”proporcionará também formação em outras áreas, designadamente em desenvolvimento sustentável e por isso se assumiu esta designação e será continuado o trabalho de envolvimento de pessoas e entidades públicas e privadas”, salientando que “a implementação desta Escola vai também permitir um novo uso socialmente relevante a este edifício que teve um papel importante na história do nosso concelho”, sem deixar de recordar que “alguns de nós ainda se lembrarão de aqui vir tratar de algum assunto relativo à EDP, nomeadamente um simples pagamento de uma fatura mensal de fornecimento de energia. Pois bem, hoje este edifício inicia uma nova vida. Como poderão verificar, a Escola pode crescer e as instalações têm espaço e características adequadas para acolher outros projetos e é essa a perspetiva da Câmara Municipal”.

E depois de se referir “a proximidade deste local à Estação do Sistema de Mobilidade do Mondego – MetroBus”, o presidente da Câmara terminou por salientar que “este é um momento de celebração, do trabalho, da resiliência e da persistência. das parcerias, de um projeto que se pretende crescentemente impactante e que faz jus à nossa assinatura institucional: Ecos da Serra, Caminhos de Futuro”.

O presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Jorge Conde, depois de referir que “fizemos uma aposta há muito tempo atrás de que o Politécnico de Coimbra iria ser a instituição do território e temos feito esse caminho e essa aposta de queremos ser mais próximos possíveis das realidades que o território precisa”, recordou que “em 2018 pensamos em criar na Lousã uma Escola da Floresta , tendo em mente que a Lousã tem um conjunto de sinergias e agentes no território que tem tudo a ver com a floresta, (…) a ideia foi evoluindo e daí que hoje estejamos aqui a inaugurar um espaço que não é uma Escola da Floresta mas um espaço que se chama Lousã Green School”, acrescentando-lhe não só “o que está volta da floresta e da fogo, mas empresas do território e a curto prazo trazer formações que vem de outras Escolas, acredito ainda na formação na área do turismo, na área do desporto, apostar em formações que têm a ver com o local, com o território , formar mais jovens, o objectivo é que daqui a dois anos possamos ter aqui uma oferta que chegue muito próximo dos 200 alunos. Esse é verdadeiro objectivo de descentralizarmos, a formação”.

E depois de agradecer à Câmara Municipal “pelo empenho neste processo” e pelo espaço magnífico onde vai ficar a Lousã Green School”, Jorge Conde deixou ainda a esperança que “o projecto de médio prazo com certeza vingará e a Lousã passará a ter Ensino Superior”.

Nesta fase, a “Lousã Green School” envolve recursos de quatro unidades orgânicas do IPC: a ESAC (Escola Superior Agrária de Coimbra), a ESTGOH (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital), o ISCAC (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra) e o ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra) e actualmente a oferta formativa é a seguinte: Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) – Operacões Florestais; Redes e Sistemas lnformáticos; Proteção Civil; Pós-Graduações: Cadastro Predial Tipologia B e E; Sustentabilidade Ambiental e Economia Verde; Branding Territorial; Gestão de PMEs; Sistemas lntegrados de Gestão – Qualidade, Ambiente e Segurança; Práticas de Contratação Publica – 3; Microcredenciação: Regime Jurídico do Cadastro Predial.