Na terça-feira, no salão nobre dos Paços do Concelho, foi assinado o primeiro acordo de colaboração do Município da Lousã, representado pela vice-presidente da Câmara, Henriqueta Oliveira, com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), representado por Fernando Almeida, e a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC), representado por Luís Paulo Costa.
Este acordo permitirá a disponibilização de seis habitações na Rua Dr. Pedro Lemos para colocar no mercado de arrendamento com rendas acessíveis, num investimento de 690.883 euros, que se destinam a oferta habitacional com rendas acessíveis para famílias que não encontram respostas no mercado tradicional por incompatibilidade entre os seus rendimentos e os valores de renda praticados.
Esta cerimónia marcou o início do projeto para concretização do Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis no concelho da Lousã, com um investimento total previsto de cerca de 14 milhões de euros, em 155 fogos, para este concelho, sendo ainda de referir que a formalização deste acordo de colaboração sucede à celebração do protocolo de cooperação para Projetos de Habitação a Custos Acessíveis da Região de Coimbra entre o IHRU, a Comunidade Intermunicipal e os seus dezanove Municípios que estipula a colocação no mercado de 1618 habitações em arrendamento acessível, num investimento superior a 250 milhões de euros.
O vereador da Câmara Municipal (com o pelouro da Habitação), Ricardo Fernandes, começou por referir que “face à dificuldade de acesso à habitação no mercado em todo o território nacional, assume especial acuidade nos Municípios do interior do país e, nessa medida, a cooperação entre a Administração Central e a Administração Local que é fundamental para assegurar a promoção das soluções habitacionais necessárias a dar resposta à gravidade da situação existente”, para salientar depois que “para contrariar esta tendência, o Município da Lousã está empenhado nos vários programas desta nova geração de políticas habitacionais”, recordando ainda e nesse âmbito, a aprovação, em Fevereiro passado, da Estratégia Local de Habitação da Lousã e que consiste num diagnóstico actualizado (que deu a conhecer) das carência habitacionais do concelho.
Ricardo Fernandes depois de salientar que o acordo agora assinado, “esta cerimónia, marca o início para a concretização do parque público de habitação a custos acessíveis no concelho”, terminou por dar a conhecer que “a autarquia encontra-se a trabalhar activamente em várias projectos de investimento” e, nesse sentido, “esperamos apresentar mais novidades já nas próximas semanas”.
O vice-presidente da CIM – Região de Coimbra, Luís Paulo Costa, começou por dizer que “acreditamos muito neste processo ou neste conjunto de processos mas, neste caso em concreto, o da habitação a custos acessíveis” e que “pode na nossa região e também no país permitir cumprir dois objectivos, (…) termos no mercado do arrendamento imóveis disponíveis para a classe média, (…) mas também naquilo que tem a ver com a reabilitação de algum edificado, que não está em boas condições e que, com estas intervenções, com este processo, pode de facto cumprir a sua missão.
É este o caminho” e que “pode, de facto, contribuir para resolvermos estes problemas e cumprindo assim uma dupla função, de assegurar habitação e ao mesmo tempo de conseguir fazer a reabilitação do espaço edificado”, deixando a certeza que “estamos todos a trabalhar intensamente para que ele seja também um sucesso na região. E acredito que o IHRU estará também connosco neste mesmo objectivo “.
“O IHRU só consegue estar aqui presente porque tem estes parceiros, as CIM’s e as autarquias, sem eles o IHRU não conseguia fazer nada, o que iria fazer ficaria muito aquém da realidade,”, reconheceu o vogal do conselho directivo do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), Fernando Almeida, para referir depois “são os Municípios que conhecem a realidade do país, são os Municípios que estão perto das pessoas, são os Municípios que sabem quem mais precisa. O IHRU é apenas o veículo para conseguirmos concretizar este objectivo que é disponibilizarmos casas para quem precisa, arrendamento acessível. É para isso que estamos cá, foi nesse intuito que fizemos o protocolo com as CIM’s. É o primeiro passo, hoje assinamos este acordo, muito rapidamente vamos começar a ver obra, ter casas para entregar às pessoas”.
“Este é o objectivo de todos nós, aqui”, disse também a vice-presidente da Câmara Municipal, Henriqueta Oliveira, “resta-me agradecer e reforçar este sentimento que todos partilhamos de que estamos na verdade a responder a um desígnio nacional, estamos no fundo a comprometer-nos com esse desígnio de ternos mais casas para as famílias e também neste processo que é a reabilitação que é, para nós, também essencial. Este é o primeiro passo, estamos a dar um enorme passo para o nosso concelho”.
