Na passada sexta-feira, o Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, presidiu à inauguração daquela que é considerada a “melhor Feira do Mel e da Castanha do país”.
“Uma Feira do século passado e que se mantém jovem”, como referiu Carlos Miguel, porque celebrou agora a sua 31.ª edição e que, depois de dois anos de interrgno devido à pandemia, manteve a dinâmica de crescimento e apostou na qualidade, no mel, castanha, produtos endógenos, petiscos, gastronomia e animação durante os três dias do evento.
Um evento que, como salientou ainda o Secretário de Estado, “continua a ser um activo, com muitos produtores a trazerem o que melhor têm e de grande importância, os produtos endógenos, particularmente o mel e a castanha, uma mais-valia também para a economia e para o turismo da natuteza e de aventura”, que no passado fim-de-semana estiveram em destaque durante a Feira, que trouxe milhares de pessoas à Lousã.
Organizada pelo Município, a Feira do Mel e da Castanha este ano contou com a participação de cerca de 100 expositores entre apicultores, produtores, comerciantes de castanha e de outros produtos endógenos, instituições, cinco tasquinhas gastronómicas dinamizadas por Associações locais e uma mostra de gastronomia diversificada com produtos de todo o País e, a juntar a todas as iguarias – que fizeram as delícias dos visitantes – a autarquia preparou um programa de diversão e animação diversificado, com actividades promovidas e dinamizadas por instituições e artistas locais e, também, com artistas de dimensão nacional.
A aposta no Mel DOP Serra da Lousã, nos produtos endógenos e desta época, em gastronomia local e nacional e num programa de animação atractivo, reforçou assim o posicionamento do evento como marcante no calendário local e regional, com dimensão nacional, como consideraram o vice-presidente da CIM – Região de Coimbra, Raul Almeida, e o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, enquanto o presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, agradeceu aos convidados presentes, aos patrocinadores e particularmente aos produtores “que são a alma e a razão de ser deste evento”, salientando ainda que “trabalhamos sempre com o objectivo desta Feira ser um sucesso para todos, que seja um momento de renovação e esperança para os apicultores para que, com a sua acção, valorizar cada vez mais o Mel DOP Serra da Lousã”, considerando mesmo que “mais do que uma Feira, que seja uma verdadeira festa”.
“O saber fazer, as tradições, evidenciam a resiliência dos agentes de desenvolvimento, essa qualidade, essa dinâmica” referiu ainda Luís Antunes, e que estavam bem presentes nesta Feira do Mel e da Castanha, considerando assim que “estavam reunidas as condições para renovar a confiança para um futuro cada vez melhor”.
E depois de agradecer a presença do Secretário de Estado, para quem teve palavras de particular apreço pelo trabalho que está a desenvolver “nas áreas que tutela e em particular nas autarquias locais que, neste neste momento, vivem um momento particuarlamente desafiante”, o presidente da Câmara deixou alguns recados nomeadamente, e de entre outros, no que se refere à necessidade da discriminação positiva dos territórios do interior por parte do Governo, terminando por dar a conhecer o trabalho que tem sido desenvolvido e a desenvolver por parte do executivo municipal que, “com determinação e ambição, continua a trabalhar para que o concelho da Lousã seja cada vez melhor, inspirados nos Ecos da Serra e a procurar os caminhos para o futuro”.
É esse caminho que o Governo está a procurar fazer também, como considerou o Secretário de Estado, que embora reconhecendo algumas lacunas, nomeadamante no que se refere à Lei das Finanças Locais “que está desadequada ao território, (…) tem de ser compensada, precisamos de uma lei nova”, deixou o apelo para a necessidade de projectos “sem os quais não há obra”, terminando por salientar que “a Feira é um sítio de encontro, desejo que todos vós tenham bons encontros”.