No sábado, foi inaugurado o Teatro Municipal da Lousã, numa cerimónia presidida pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, e que contou também com a presença do vogal executivo do Centro 2030, Luís Filipe, do presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Emílio Torrão, presidente da Assembleia Municipal, Ana Ferreira, vereadores, presidente de Junta e demais autarcas, outros convidados e lousanenses.
“Hoje, inauguramos oficialmente um espaço que representa muito mais do que uma simples infraestrutura: assinalamos oficialmente a nova vida do Teatro Municipal da Lousã, um objectivo importante que, depois de muito trabalho, de um grande investimento financiado parcialmente no âmbito do Portugal 2030, de muita perseverança e resiliência, volta a ser casa, volta a ser espaço de inspiração e de sonho”, disse o presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, salientando ainda que “a profunda reabilitação que realizámos deve também ser entendida como uma homenagem aos que lutaram e concretizaram, em 1947, este importante empreendimento e a todos os que, ao longo do tempo, promoveram o seu funcionamento”.
E depois de referir que “esta substantiva intervenção teve como objetivos dotar o nosso Teatro de novas valências e funcionalidades, capazes de responder às exigências das artes de palco, assegurando conforto, segurança e acessibilidade para artistas e público, mantendo a identidade do edifício e melhorando a sua integração com a envolvente”, Luís Antunes considerou que “na concepção desta ampliação e reabilitação, quisemos honrar o passado, preservando a identidade e o valor patrimonial — tanto material como imaterial — deste espaço”, agradecendo ao arquiteto João Mendes Ribeiro pela sensibilidade e experiência dado que o “Teatro foi inscrito na contemporaneidade e está pronto a servir as futuras gerações”, a todos que “tornaram e tornam este sonho possível — desde o executivo municipal à nossa equipa técnica, aos projetistas, às empresas envolvidas (Socertima) e, claro, à equipa actual do Teatro Municipal”.
“Este equipamento permite que o nosso concelho atinja – ao mesmo tempo – vários objectivos, nomeadamente o reforço da identidade, a valorização patrimonial e a dinamização e promoção cultural”, salientou o presidente da Câmara, referindo ainda que “queremos que o Teatro Municipal seja um ponto de encontro, um espaço para a partilha, para a fruição, para a inclusão, contribuindo para o desenvolvimento individual e colectivo e para uma comunidade feliz”, recordando as boas memórias de outrara e agora “o que ambicionamos é que este grande investimento – que a par de outros que concretizámos como por exemplo a Reabilitação e Acessibilização do Castelo, a Remusealização do Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, a Casa da Lagartixa significa o maior investimento de sempre na cultura – reforçe o orgulho de Ser Lousanense e a qualidade de vida do concelho. Que seja lugar para a cultura florescer e onde os Ecos da Cultura apontem os Caminhos do Futuro”.
O presidente da CIM – Região de Coimbra, recordou que foi o pai do actual presidente da Câmara Municipal, o então presidente Horácio Antunes, a adquirir o Teatro, “teve o discernimento de perceber que este espaço tinha de ser municipal”, cabendo agora ao filho “empenhar-se em dar-lhe dignidade. Foram quatro anos de luta” e enaltecendo o empenho de Luís Antunes, disse que “precisamos de autarcas com arrojo e sensibilidade para apostar neste tipo de obras”.
Empenho e arrojo que a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro não deixou de elogiar também “a tenacidade, a resiliência, a luta com engenho, arte e uma enorme elegância com que Luís Antunes se debateu para conseguir concretizar a obra”, elogiando também “a visão de Horácio Antunes por perceber a necessidade de avançar com a aquisição do espaço para o Município, o que permitiu assegurar a sua recuperação e manutenção” (recordando que “na região há um Cine-Teatro que caiu”), elogiando ainda “os cidadãos de visão que em 1947 ergueram o Teatro”, a “obra notável” do arquitecto João Mendes Ribeiro, “lá fora vê-se um edifício muito bonito, muito elegante e cá dentro uma obra de grande qualidade”.
Momentos teatrais e de dança pela Companhia de Teatro “Um do Outro” e das bailarinas da Academia de Dança “My Turn” que realizaram uma visita encenada pelos espaços do Teatro Municipal fizeram ainda parte do programa da inauguração das obras de requalificação do Teatro e, além dos momentos artísticos, foi também inaugurada uma exposição ilustrativa da “vida” do Teatro desde a sua fundação, em 1947, e foram apresentados vídeos de vários momentos e eventos do Teatro Municipal, terminando a noite com um magnífico concerto de Valter Lobo.