MORTÁGUA / PENACOVA: Trabalhadores da Escola Beira Aguieira em greve

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Os trabalhadores da Escola Profissional Beira Aguieira (EBA) – com sede em Mortágua e um pólo em Penacova, iniciaram ontem, dia 9 de Fevereiro uma greve que se prolonga até à próxima sexta-feira, dia 13, como forma de protesto devido ao atraso no pagamento de salários de correspondentes aos meses de Novembro e Dezembro de 2014, e Janeiro de 2015, e subsídio de férias aos trabalhadores como docentes, formadores e pessoal não docente.

Citado pelo jornal “Jornal do Centro”, Francisco Almeida, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, refere que (…) «de cerca de 40 trabalhadores, foram trabalhar dois ou três. Não há aulas nem em Mortágua, nem em Penacova», informando também que  já estão agendadas para a sexta-feira (último dia de greve) reuniões na Assembleia da República com os grupos parlamentares do PCP, CDS e BE, devendo até lá ser também marcadas com os restantes partidos.

O sindicalista considerou que a situação é muito preocupante, porque (…) «agora são três salários em atraso, mas há 15 dias eram cinco. Em Março, vão ser outra vez cinco. A Escola diz que só volta a pagar em Março. E não diz se paga um mês ou dois», lamentou, contando que os trabalhadores vivem (…) «situações dramáticas».

Já a Gerência e Direcção da EBA confirmou que dos 29 funcionários, 14 aderiram à greve. Afirmam ainda que a escola está a atravessar um período de grave estrangulamento financeiro, motivado essencialmente pelo atraso no financiamento devido a problemas com os reembolsos feitos pelo Estado, com verbas que vêm da comunidade europeia. Esta situação, recorrente há pelo menos três anos, provoca uma incapacidade de tesouraria, da qual todos os funcionários foram previamente informados.

A greve foi convocada há cerca de duas semanas, ainda antes de terem sido pagos os dois vencimentos em atraso referentes aos meses de Setembro e Outubro de 2014. Em causa estão cerca de 40 salários de professores, auxiliares não docentes e administrativos da Escola sede de Mortágua e do pólo de Penacova.

Já Clara Lima, directora pedagógica da EBA, considera que (…) «a greve não vai trazer qualquer benefício», antes pelo contrário, (…) «só vai prejudicar, porque vai mexer com o volume de formação, o que fará com que o reembolso seja menor. Quanto menos formação tivermos, menos valor de reembolso recebemos», justificou.

Ainda segundo declarações ao “Jornal do Centro”, a Direcção da EBA conclui também que a greve irá prejudicar os alunos que estão na escola para terem a sua formação, da qual se verão assim privados. «Não acelera em nada a solução do problema e prejudica os funcionários que deixarão de receber uma semana do seu salário».