MOURONHO (Tábua): Brilhantes as “Melodias Flutuantes”

Uma das bailarinas da Academia Condessa das Canas dançando um dos temas interpretados pela Tuna

No domingo, quase ao final da tarde, na praia fluvial da Ronqueira, aconteceu um espectáculo pouco comum, quase inédito pelo menos pelas nossa terras e que foi as “Melodias Flutuantes” – Um concerto sobre o Alva.

E foram brilhantes as “Melodias Flutuantes”, foi brilhante este concerto sobre o Alva, organizado pela Tuna Mouronhense, em parceria com a Academia Condessa das Canas de Arganil e o Grupo Etnográfico “Terras de Tábua”.

“Juntos, vamos criar um momento inédito na nossa terra”, como disse (e bem) o presidente da direcção da Tuna de Mouronho, Amílcar Martins. E conseguiram com este concerto flutuante de que foi palco “o rio Alva, este magnífico espelho de água da Ronqueira”, com a Tuna organizadora sobre a plataforma aquática a interpretar alguns dos temas do seu reportório e outros que foram ensaiados, como “A minha alegre casinha” para ser magistralmente dançado por algumas das bailarinas da Academia Condessa das Canas, ou “Fado mandado” dançado pelo Grupo Etnográfico “Terras de Tábua” a que se juntaram depois muitas pessoas que entraram na roda para dançar também esta moda tão nossa e tão típica das nossas terras.

“A promoção da nossa terra, do nosso concelho de Tábua, O Encanto das Beiras, da nossa Tuna, das nossas tradições, um pouco daquilo que se faz a nível cultural e, claro, da praia fluvial da Ronqueira e suas atracções, são o nosso objectivo neste evento”, como disse ainda Amílcar Martins. E esse objectivo foi conseguido, com as muitas pessoas que tiveram oportunidade de ver e aplaudir um grande espectáculo, apresentado por Marta Mendes, e que acabaram por disfrutar destes que foram de facto “momentos magníficos que a natureza e o engenho e a arte dos artistas em palco nos proporcionaram”.

Uma bem conseguida mistura

Momentos que começaram com a Tuna a interpretar a “Marcha dos Marinheiros”, depois “Nasce na Estrela o Mondego”, “Ai se os meus olhos falassem”, “A festa da vida”, “Vou levar-te comigo”, até que chegou o momento do bailado pela Academia Condessa das Canas, com as suas bailarinas a dançar além de “A minha alegre casinha”, a “Balada de Outono” e a “Marcha Ribatejana”, para depois ser a vez do Grupo Etnográfico “Terras de Tábua” a dançar e cantar (também ao som da música da Tuna), a “Lenha da macieira”, terminando com o “Fado mandado”.

A encerrar o espectáculo, o “Viva Mouronho”, composição que “a Tuna Mouronhense interpreta desde 1914, exaltando a nssa terra, o nosso concelho e o nosso distrito” e que foi “adoptada como o Hino da Tuna, com letra de Amílcar Martins e arranjo musical do mestre Fernando Silva”, tendo ainda o presidente da Tuna deixado os agradecimentos à Câmara Municipal de Tábua, Junta de Freguesia de Mouronho, Academia Condessa das Canas, Grupo Etnográfico “Terras de Tábua”, Pauta em Movimento, Evolução Vertical, apresentadora, aos responsáveis pelo som e logística, a todos que tornaram possível as “Melodias Flutuantes”- Um concerto sobre o Alva que, embora pensado já há alguns anos, acabou por se tornar realidade e ser mais um importante marco na já longa história, de mais de um século, da Tuna Mouronhense,  e pelo qual está de parabéns.