Após um ano de interregno por causa da pandemia, a Tuna Mouronhense voltou a reunir os seus amigos, autarcas, para comemorar mais este significativo aniversário, ao mesmo temo que viu reconhecido pelo presidente da Câmara Municipal, Ricardo Cruz, o “excelente trabalho” que tem vindo a desenvolver, deixando “palavras de incentivo à direcção e executantes, já que “efetivamente, foram tempos difíceis para a cultura” e a esperança que “os tempos próximos serão mais risonhos” e deixou ainda “um grande bem-haja” a todos aqueles que, actualmente, pertencem à Tuna e “a todos aqueles que já passaram pela Tuna Mouronhense”.
E foram os fundadores, “os antepassados e as pessoas que contribuíram para que a Tuna tivesse um papel fundamental no nosso concelho”, que mais uma vez foram lembrados e homenageados, com um minuto de silêncio, na sessão comemorativa dos 107 anos, com o presidente da direcção, Amílcar Martins a deixar também “o nosso reconhecimento, agradecimento a todas as instituições amigas e a todas as entidades, particularmente à Junta de Freguesia e Câmara Municipal que, com o seu apoio, permitem que continuemos a sobreviver num mundo maravilhoso”, ao mesmo tempo que manifestou o seu “maior apreço” a todos os elementos da Tuna, “eles são o melhor capital desta casa”.
“Felizmente, temos entre nós jovens que cada vez mais se revelam capazes de agarrar esta obra e dar-lhe continuidade com muito valor acrescentado”, considerou o presidente da direcção e sem deixar de se referir à “nossa Escola de Música que faz-nos manter a esperança da continuidade” e de deixar o obrigado ao professor Tiago Mateus, aos alunos e aos pais “dos mais pequeninos que vão fazendo o esforço de lhes manter vivo o interesse pela música”, considerando que “a juventude tem de ser estimulada” e que “o principal estímulo será o apoio que possam sentir da nossa comunidade” porque, e como referiu, “queremos que a nossa comunidade sinta que sobrevivemos e que avalie se vale a pena lutar assim pela sobrevivência da nossa Tuna”.
E vale, com certeza, porque como mais uma vez foi reconhecido e demonstrado em palco, mais do que “a alegria de podermos estar aqui todos juntos”, como disse o presidente da assembleia geral, Manuel Gamboa, “estas instituições são fundamentais em terras como a nossa, onde há pouca gente”, porque só assim será possível manter bem viva a chama da cultura e continuar a honrar a levar longe o nome de Mouronho e do concelho de Tábua.
“Colaborem com a Tuna. Este é mais um momento de alegria e confraternização”, disse ainda Manuel Gamboa, tendo também palavras de particular apreço para com Maria dos Anjos Martins que, com os seus quase 101 anos, é “um exemplo vivo e presente” e que, com a sua presença, quis honrar a memória de seu saudoso marido, Luís Francisco Martins, ao mesmo tempo que não deixa de ser um grande incentivo a seu filho, Amílcar Martins, que seguindo o exemplo do pai há muitos anos dedicadamente serve a centenária instituição mouronhense.
Uma instituição que orgulha também o presidente da Junta de Freguesia, António Gouveia, não deixando de ter palavras de particular apreço e agradecimento à direcção pelo “esforço que tem feito para manter a colectividade”, bem como “ao maestro que mantem a nossa Escola de
Música em forma”, aos tunos, deixando votos para que “o ano que vem e os seguintes sejam melhores que este, para que a nossa Tuna centenária continue com a pujança que tem demonstrado” e a orgulhar Mouronho e os mouronhenses.
Acompanhado pelos vereadores e pela primeira vez nestas funções, presidente da Câmara Municipal, Ricardo Cruz, começou por reconhecer também o “excelente trabalho” que a Tuna tem vindo a desenvolver, deixando “palavras de incentivo à direção e executantes, já que “efectivamente, foram tempos difíceis para a cultura”, mas estava convicto de que “os tempos próximos serão mais risonhos”, para depois deixar também “um grande bem-haja” a todos aqueles que, actualmente, pertencem à Tuna e “a todos aqueles que já passaram pela Tuna Mouronhense, sobretudo, os fundadores, os antepassados e as pessoas que contribuíram para que a Tuna tivesse um papel fundamental no nosso concelho”, deixando a promessa que “o Município também estará sempre disponível, dentro das possibilidades, para ajudar as associações que elevam o nome de Tábua”.
No jantar comemorativo, realizado no salão da Comissão de Melhoramentos, a Tuna aniversariante realizou um magnífico concerto, com o presidente da direcção a dizer que “chegámos ao topo da qualidade. É um orgulho para os mouronhenses manter esta chama viva de 107 anos”, manifestou o seu orgulho pela presença de sua mãe, com os seus quase 101 anos e não deixou de pedir uma salva de palmas para Fernando Silva que durante mais de 30 anos dirigiu a Tuna, sendo depois partido o bolo de aniversário e cantados os parabéns.
Segundo CD a apresentar em breve
Como foi dado a conhecer por Amílcar Martins, para registar o seu trabalho porque, apesar da pandemia, “a Tuna Mouronhense continuou o seu trabalho e fez-se sempre a aprendizagem da música, mesmo através das redes sociais, (…) os músicos mantiveram-se activos” e estão a gravar mais um trabalho discográfico, “este segundo CD que era para ser apresentado este mês mas vamos fazer a sua apresentação lá para Dezembro ou Janeiro, no Centro Cultural em Tábua, durante um concerto com alguns convidados”, sem deixar de recordar ainda que, em Setembro, “não foi possível organizar a Feira das Sopas, em Mouronho” mas “houve um concerto, denominado de “DesEncontro” que substituiu esta iniciativa no âmbito de uma candidatura efectuada ao Garantir Cultura”, deu a conhecer que a Tuna integra “quatro novos executantes que foram apresentados nesse concerto, no dia 18 de Setembro” e “já tem algumas actuações agendadas”, de entre as quais “em 2022, no dia 2 de Janeiro, a convite da Câmara Municipal, teremos o Cantar das Janeiras, no Mercado Municipal de Tábua”.