
Tendo como Presidente da Comissão de Honra o eng. Hermínio Martinho, Provedor da Misericórdia de Santarém e figura pública de referência, foi formalizada no dia 21 de Novembro candidatura sob o lema – “Devolver a UNIÃO às Misericórdias”, e cujo principal candidato a Presidente do Secretariado Nacional é António Sérgio Martins, concorrendo assim em oposição a Manuel de Lemos, cuja presença na UMP leva mais de 25 anos.
A Comissão de Honra é composta ainda, por figuras nacionais e regionais, sendo que neste último caso conta com o Prof. José Dias Coimbra, o Coronel Albano José Ribeiro de Almeida e o Capitão Joaquim Ferreira Marques.
A lista encabeçada por António Sérgio Martins, Provedor da Misericórdia da Pampilhosa da Serra, considera que a UMP não tem prosseguido a defesa das Misericórdias, procurando antes servir uma agenda própria que não coincide, na opinião desta candidatura, com a defesa dos interesses das Santas Casas e das comunidades que estas servem, sendo disso exemplo a presença do presidente da UMP em conselho consultivo de grupo privado da área da saúde em clara contradição com a natureza do Setor Social onde operam as Misericórdias e detêm interesses diretos na prestação de cuidados de saúde.
A UMP tem optado por realizar investimentos como a constituição de sociedades e empresas, sem a prévia autorização das associadas, procurando agora legitimar um projeto de constituição de uma Fundação cujos fins e propósitos e modelos de Estatutos se desconhecem, tendo em vista inserir nesta todos os ativos da UMP.
Face à grave situação em que as Misericórdias se encontram e sem que na última década pouco tenha sido feito para antecipar esta situação o Movimento Somos Todos Misericórdia consubstanciou a sua oposição numa lista candidata.
O candidato refere que a candidatura que lidera defende 4 eixos fundamentais de atuação: “maior transparência na gestão da UMP; maior previsibilidade na relação com o Estado; maior igualdade no tratamento entre Misericórdias pela UMP; e maior proximidade desta às associadas”.
Por último, António Sérgio Martins, realçou a importância de gizar políticas de descriminação positiva para as Misericórdias do interior, que são a maioria destas Instituições num universo de 387 Santas Casas.