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Na Venezuela existe uma numerosa comunidade Portuguesa, sendo parte dela originária da Região Autónoma da Madeira, razão pela qual as eleições do passado domingo nesse país, foram seguidas com enorme atenção por muitos de nós.
No entanto, o referido ato eleitoral começou mal e, como diz o provérbio popular, “tarde ou nunca se endireitaram”.
Não apenas as delegações de diversos países foram impedidas de entrar, como a do próprio Grupo Parlamentar do Partido Popular Europeu (PPE) foi barrada no aeroporto de Caracas.
Tudo isso foram indícios suficientes para que a comunidade internacional expressasse a sua preocupação com o respeito pela Democracia na Venezuela, mas de nada valeu para que a transparência fosse a tónica dominante desse ato eleitoral.
Na manhã desta segunda-feira a Comissão Eleitoral Venezuelana anunciou a vitória do Partido de Nicolas Maduro com uns expressivos 51% de votos, relegando para segundo lugar o candidato da oposição, e assumindo um terceiro mandato de 6 anos para governar esse País da América latina.
Pelo contrário, a oposição, liderada por Corina Machado, impedida de concorrer pelo Supremo Tribunal da Venezuela, anunciou que Edmundo González, o candidato que apoiou, obteve 73,20% dos votos, isto de acordo com as atas das mesas eleitorais que conseguiram reunir.
Estamos assim, perante a reivindicação de vitória pelas duas principais forças politicas que disputaram as eleições do passado dia 28 de Julho nessa República da América Latina.
Como era esperado, os confrontos tornaram-se evidentes após a reclamação de vitória pelos candidatos, com o uso dos meios do Estado pelo ainda presidente Nicolas Maduro, para evitar que o poder mude de mãos.
O que é sabido é que nem a Venezuela é uma Democracia, e muito menos pode aspirar a ser uma República. Quando muito, será uma ditadura de extrema-esquerda que se enfeita, esporadicamente, com as vestes de um discurso social de defesa dos mais pobres.
Hoje, a Venezuela atravessa uma grave crise económica e social, o que obrigou a inúmeros venezuelanos a fugir desse País, atingindo a sua diáspora mais de 7 milhões de pessoas e no horizonte não se vislumbra qualquer solução.
Por outro lado, o bloco dos países autocráticos que gravitam na órbita marxista, camuflada com o mito de Simón Bolivar, o general libertador da América Hispânica, vão apoiando a manutenção daquela figura caricata que é Nicolas Maduro e que substituiu a outra figura, não menos caricata, que foi Hugo Chavez.
A Venezuela, que durante décadas teve uma importante economia no contexto da América Latina, está hoje entregue a um poder bacoco que idolatra o que de pior tem o comunismo, e assenta no exercício ditatorial da vontade de um político, e seu séquito, que gostam de trajar fatos de treino coloridos com as cores da bandeira desse país.
Na Venezuela, o fruto da árvore, mesmo estando “Maduro”, não há maneira
de cair!