OLIVEIRA DO HOSPITAL: Nuno Ribeiro é o novo presidente da CPCJ

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oliveira do Hospital reuniu na modalidade Alargada, tendo procedido à apresentação do Relatório de Atividades de 2021 e à eleição de novo presidente, que a Câmara Municipal indicou como sendo o vereador Nuno Ribeiro, e eleito pelos comissários, que assim sucede a José Francisco Rolo, presidente da Câmara Municipal, que termina assim o seu dedicado trabalho nos últimos 12 anos em defesa do superior interesse das crianças e jovens do nosso concelho.

O Presidente cessante agradeceu o trabalho desenvolvido pelos seus antecessores e pelas várias equipas das Comissões Restrita e Alargada ao longo destes anos de “trabalho discreto” realizado diariamente com as nossas crianças e as suas famílias, não esquecendo José Francisco Rolo de “louvar publicamente o trabalho desenvolvido pelas sucessivas equipas, a cooperação entre as várias entidades e a CPCJ, a abertura da CPCJ à comunidade, e reconheceu publicamente o trabalho de 19 anos da Secretária da Comissão, Dr.ª Carla Camacho, pela dedicação, profissionalismo e eficiência que colocou ao serviço da Comissão” e ao novo Presidente e nova Comissão “estou certo que saberão estar à altura dos desafios”, sublinhou José Francisco Rolo.

Ao abraçar este desafio, o novo presidente da CPCJ de Oliveira do Hospital agradeceu “a confiança” e ciente da realidade complexa do sistema protetivo, deixou o seu “apelo à consciência cívica, à cidadania ativa e ao empenho de todos para o reforço de uma cultura de promoção dos direitos das crianças e jovens e da minha parte podem contar com o meu empenho, dedicação, atenção, responsabilidade e humildade para dar o melhor de mim em prol desta importante missão”.

Nuno Ribeiro enalteceu ainda “o trabalho excecional realizado pelo presidente cessante, José Francisco Rolo, o trabalho da secretária, Dr.ª Carla Camacho, assim como de todos os comissários, mas, acima de tudo, quero enaltecer o empenho, a determinação, o cuidado e o carinho que sempre demonstraram para com aqueles que precisaram da sua ajuda contribuindo para a consolidação da harmonia social no concelho”.

O novo responsável defendeu uma comunicação e colaboração ativa entre todos – membros da Comissão, técnicos e instituições – para “que exista um forte sentimento de equipa e de união no trabalho a desenvolver em benefício das nossas crianças e jovens”.

Foi também nomeada a nova secretária da Comissão de Proteção, a Prof.ª Manuela Pinto, representante da Educação, que substitui nas funções a assistente social Carla Camacho, após 19 anos de intensa atividade e dedicação à causa da proteção de crianças e jovens no concelho de Oliveira do Hospital, tendo afirmado que “Foram anos de crescimento técnico, profissional e pessoal porque é um desafio trabalhar nesta área”, desejando aos novos membros “um bom trabalho com grande espírito de missão”.

Nesta mesma reunião foi apresentado e aprovado o relatório de avaliação da atividade em 2021, um instrumento fundamental para dar a conhecer o trabalho desenvolvido pela CPCJ de Oliveira do Hospital, pois ao longo do ano foram instaurados 59 novos processos, 83 transitaram e foram reabertos 22, e foram arquivados 88 processos, observando-se que a faixa etária com maior número de sinalizações é entre os 11 e os 17 anos.

De acordo com os dados avançados, as problemáticas com maior número de casos de sinalização são a violência doméstica, a negligência grave, em que se considera a ausência de cuidados básicos e os comportamentos desviantes como absentismo escolar e outros.

A G.N.R., a escola e o tribunal são as entidades sinalizadoras que têm vindo a ser responsáveis por grande parte das comunicações de situações de perigo.

Importa referir que a intervenção da Comissão tem lugar quando existe uma situação de perigo para a segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento da criança ou jovem e nesse sentido a CPCJ tem sempre em linha de conta o interesse superior da criança e da prevalência da família, sendo a principal preocupação de que as crianças e jovens se mantenham em meio natural de vida, ou seja, junto da sua família.