PAMPILHOSA DA SERRA: Dornelas do Zêzere acolheu reunião de Câmara descentralizada

Reunião de Câmara descentralizada em Dornelas do Zêzere

No passado dia 24 de Fevereiro, a reunião de Câmara voltou a sair dos Paços do Concelho, num “dia dedicado a Dornelas do Zêzere e às várias aldeias da freguesia”, tal como expressou o presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio. 

Como tem sido regra em dias de reunião de Câmara descentralizada, o executivo municipal, acompanhado pelo presidente da Junta de Freguesia, Joaquim Isidoro, aproveitou para analisar os problemas relativos ao quotidiano local que “são precisos resolver e visitar obras que foram sendo realizadas”, assim como para “falar com os munícipes e ouvir as suas preocupações e ambições”, disse Jorge Custódio.

No culminar de um dia que mostrou “a democracia a funcionar em pleno”, a população dornelense esteve amplamente representada na sessão ordinária da reunião de Câmara, “tivemos sala cheia e quero dar os parabéns à freguesia de Dornelas de Zêzere porque se mobilizou e quis inteirar-se dos assuntos do seu concelho e da freguesia. Só assim é que faz sentido estas reuniões acontecerem”, disse o presidente da Câmara Municipal.

Concluído o projeto para construção de habitações a custos acessíveis
em Dornelas do Zêzere

Na reunião de Câmara descentralizada, o presidente Jorge Custódio, anunciou que está concluído o projeto de execução para a construção de um edifício multifamiliar com 8 apartamentos, destinados ao arrendamento a custos acessíveis.  

A construção destes apartamentos de tipologia T1 e T2, junto ao Centro Educativo, está enquadrada no protocolo celebrado entre a Câmara Municipal, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P. (IHRU) e visa garantir “melhores condições de acesso à habitação também em Dornelas do Zêzere e que esse não seja um problema para fixar pessoas no território”, registou Jorge Custódio.

Com o projeto aprovado, a intenção é que “a construção seja iniciada o mais rapidamente possível. Vamos lançar brevemente ao mercado e espero que haja empresas a concorrer para que esta solução seja uma realidade a breve prazo”, expressou o presidente da Câmara Municipal.

A aquisição e construção de imóveis para arrendamento a custos acessíveis em vários locais do concelho, ou a implementação da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporária, são medidas que reforçam o empenho da autarquia em promover projetos que atendam às necessidades habitacionais da população e ao potencial de revitalização do território.

Exploração de lítio no concelho não avança

“Recebemos um ofício da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) a dar conta que, por desinteresse da empresa que estava a liderar o processo, foi arquivado o pedido de pesquisa e prospeção de lítio e outros materiais, numa área que abrangia uma parte significativa do concelho”. A novidade foi partilhada pelo presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, no decorrer a reunião de Câmara descentralizada, uma das localidades do concelho potencialmente afetada pela exploração de depósitos minerais que foi projetada ao longo da bacia do Rio Zêzere.

“A Câmara Municipal e a Assembleia, ambas por unanimidade, já se tinham manifestado contra a possibilidade de prospeção, mas tínhamos consciência de que havia um risco que não era controlado por nós”, disse Jorge Custódio, acrescentando que “é uma grande alegria não ter de enfrentar este problema nos próximos anos e garantir que vamos continuar a manter a nossa serra a as nossas freguesias no seu estado mais puro”.

Este arquivamento, surge na sequência de um pedido de parecer efetuado pela DGEG em Junho de 2022, após requerimento da empresa Fortescue Metal Group, acerca da atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais, numa área situada nos concelhos de Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Oleiros e Pampilhosa da Serra. No concelho de Pampilhosa da Serra, Dornelas do Zêzere, Portela de Unhais, Barragem de Santa Luzia e Janeiro de Baixo, seriam alguns dos pontos “tocados” por esta exploração a céu aberto, que iria arruinar o património natural envolvente e causaria graves danos ambientais.