PAMPILHOSA DA SERRA: Ministra da Justiça inaugurou Festas do Concelho

No dia 12 de Agosto, a Ministra da Justiça. Rita Júdice, presidiu à inauguração das Festas do Concelho/XXV Feira de Artesanato e Gastronomia que, durante cinco dias, “escancarou” as portas para a reunião, tradição e amizade, para a celebração da identidade concelhia.

“Esta não é só mais uma festa, é o ponto de encontro de famílias e amigos, de abraços e sentimentos”, disse o presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, na recepção à Ministra da Justiça que, como considerou, tem uma “compreensão” e “carinho” inegável por “este território”, aproveitando depois para reivindicar (e ser também porta-voz dessa mensagem), “é preciso colocar na agenda pública os desafios e as ambições do interior”.

 “Não somos de ficar a lamentar ou de baixar os braços, é preciso agir. Somos serranos com muito gosto e isso não nos ofusca a visão ou o pensamento”, salientou Jorge Custódio, depois de referir que as Festas do Concelho além de deixarem as portas “escancaradas” para Pampilhosa da Serra onde “amigos e descendentes continuam a ter aqui o seu porto de abrigo”, acaba por mostrar também a vitalidade, energia e o saber-receber de sempre, aguardando em cada ano a visita dos filhos da terra, amigos e visitantes.

“Nesta época do ano e neste mês em particular, há em todas as aldeias um espírito muito forte de união e alegria marcado por reencontros, conversas, sorrisos e abraços guardados há demasiado tempo”, referiu o presidente da Câmara Municipal, acrescentando que “a população do concelho quintuplica, dado que esta é uma altura privilegiada para o regresso dos filhos da terra – que aqui têm a sua segunda habitação ou as casas de pais e avós -, e nunca perdem a forte ligação que os une a Pampilhosa da Serra, onde o seu coração mora todo o ano. Toda a vida”, terminando por salientar que  “é precisamente este espírito de união e entusiasmo que, a partir de hoje, 12 de Agosto, queremos prolongar e intensificar na Praça do Regionalismo”.

“Eu vim e vou voltar”, foi a promessa deixada pela Ministra da Justiça, que depois de aproveitar o momento para dizer que pretende “reformar a justiça” e que a “justiça não é insensível às questões económicas e às questões do território”, anunciando “com enorme satisfação, a contratação de 570 oficiais de Justiça”, um procedimento recém-autorizado pelo Ministro de Estado e das Finanças e ainda que com financiamento assegurado via PRR, a instalação em todos os Tribunais do país de “novos equipamento de vídeo conferência, novos equipamentos de vídeo conferência, novos sistemas de áudio e novos telefones”, reconheceu e louvou “o esforço de manter a autenticidade desta festa”, tecendo elogios a um concelho “onde não há nada. Nada como estas pessoas hospitaleiras e trabalhadoras. Nada com este céu. Nada como esta região portuguesa e tão genuína”.

E foi essa genuinidade que, depois do corte, simbólico, da fita da inauguração da XXV Feita de Artesanato e Gastronomia, a Ministra da Justiça teve oportunidade de provar, ver e sentir em cada uma das barracas das freguesias do concelho, onde os licores, o mel, o queijo, mas também de conhecer os Contos de Fajão, do saudoso padre Nunes Pereira, porque de facto e como disse Jorge Custódio, “a genuinidade continua a ser o que distingue as nossas gentes e é também a principal característica da Feira de Artesanato e Gastronomia”, porque foi lá que, mais uma vez, as freguesias deram “a conhecer toda a sua singularidade”, e onde se sentiu “o pulsar e dedicação das nossas associações, sendo que também não passou despercebido o valioso trabalho de artesãos locais e regionais”.

Mas também a gastronomia local e da região se pode provar nas tasquinhas, onde ganhou “um sabor especial neste contexto festivo e, como habitual, “também não faltaram os tradicionais bailaricos com artistas do nosso concelho, as actuações dos nossos Ranchos e música noite dentro para os mais resistentes”, como disse o presidente da Câmara, considerando mesmo que “os argumentos são muitos, mas ganham uma expressão incomparavelmente maior quando experimentados e destacados por vós”, deixando como convite, “a Pampilhosa da Serra e as Festas do Concelho estão de portas abertas para vos receber e estou seguro de que o território e as gentes serranas conquistarão um lugar especial no vosso coração”.

Espírito festivo contagiante e genuíno, em que se valorizaram os costumes e a alma serrana

E conquistaram com certeza, porque foram muitos milhares de pessoas que, nos cinco dias, passaram particularmente pela Praça do Regionalismo, “envolta de um espírito festivo contagiante e genuíno, em que se valorizaram os costumes e a alma serrana”, ao ritmo de concertos com renomados artistas nacionais como David Carreira, que “regressou a uma casa que também é sua e conquistou o público presente num concerto cheio de ritmo e emoção”, como Mónica Sintra, Tiago Silva, Os Quatro Meia, Quinta do Bill com o Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense, Quim da Remisturas e DJ Hugo Rafael. Antes houve bailarico à boa moda serrana, ao som do artista local Luís António, os DJ’s, mas também das indispensáveis actuações de conjuntos locais e grupos etnográficos.

Mas além dos espectáculos musicais, a XXV Feira do Artesanato e Gastronomia contou com 89 expositores de áreas como a confeitaria, bijuteria, pintura, costura, entre outras, a que se juntaram instituições, associações e Freguesias concelhias, sendo de destacar ainda que, na Praça da Restauração, estavam localizadas as tradicionais tasquinhas, responsáveis por confeccionar refeições e petiscos tradicionais, “que neste contexto festivo ganharam um sabor ainda mais especial”. Maranho, chanfana, tigelada, entre outros, foram apenas algumas das propostas que puderam ser degustadas e apreciadas pelos visitantes, nestes espaços maioritariamente dinamizados por associações do concelho.

“Pampilhosa é orgulhosamente da Serra”, como salientou Jorge Custódio, e esse orgulho sentiu-se a cada instante nas Festas do Concelho, onde se celebrou a identidade, a cultura, o espírito comunitário e a vitalidade do território, assumindo-se também como o “tocar da campainha” para dias de reunião, amizade e alegria, em que se juntaram os filhos da terra e visitantes em número crescente. A Praça do Regionalismo “foi o grande ponto de encontro de gerações inteiras e, entre tradição e modernidade, valorizam-se os costumes e a alma serrana, com os olhos postos num futuro de oportunidades, inovação e evolução”. Foi a celebração do orgulho serrano numa festa que é de todos e para todos, mas mais que uma festa, foi de facto o ponto de encontro de famílias e amigos, de abraços e sentimentos que, mais uma vez, foram vividos em Pampilhosa da Serra onde “eu vim e vou voltar!”, como prometeu a Ministra da Justiça.