Começou ontem, dia 11, e prolonga-se até ao próximo dia 22 de Dezembro, o “Natal Serrano” 2024 que decorre do Mercado Municipal e nas grandes tendas instaladas no recinto adjacente e que, como considera o presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, “tenho a certeza que este é um Natal genuíno e diferente dos demais”, onde “o mato que se pisa no chão, os sabores típicos, as vestes tradicionais e a simpatia de quem recebe, ou a decoração rústica e fiel à identidade serrana, criam uma atmosfera única que sabe a casa”.

É “verdadeiramente o Natal da serra, que é o Natal da família, dos afectos, da fogueira, dos abraços e não tanto o Natal comercial ou do Pai Natal que é uma comemoração mais recente”, disse ainda Jorge Custódio, acrescentando que “em Pampilhosa da Serra, o Natal tem a habilidade misteriosa de nos fazer regressar a um tempo que nunca partiu” e, por isso, “entrar no Natal Serrano é entrar numa espécie de máquina do tempo, que convida os visitantes a saborear, a sentir e a recordar a genuína quadra natalícia, que outrora se celebrava nas aldeias do concelho e na vila”.

É um evento que “recupera a verdadeira magia, simplicidade e o aconchego desta época, resistindo ao espírito desmedidamente consumista e comercial” e que, na sua organização e apoio, como reconheceu o presidente da Câmara Municipal, se deve ao envolvimento de toda a comunidade, das autarquias, instituições e associações sem as quais não era possível o “Natal Serrano”, onde “teimosamente, continuamos a valorizar as tradições, os momentos simples – mas tão felizes -, e a receber quem nos visita com orgulho e um abraço caloroso de sempre. Foi assim que os nossos pais e avós nos ensinaram. É assim que somos. E é precisamente como somos, sem filtros, que queremos partilhar com todos/as este espírito que é tão característico da serra”.

Um espírito bem sentido e que, desde ontem, é vivido em Pampilhosa da Serra, em mais uma edição do seu (grande e único) “Natal Serrano”, onde participam cerca de 40 expositores do concelho e fora no concelho, trazendo o que é tradicional e genuíno, “artigos que contam histórias, não queremos feira tradicional”, disse Jorge Custódio, com destaque ainda para a participação das oito Juntas de Freguesia “que se voluntariaram a confeccionar a filhó espichada e que dá lugar ao Festival da Filhó Espinhada, um espectáculo dentro do espectáculo”.

“As oito freguesias do concelho são presença indispensável no certame. (…) O ambiente no Festival da Filhó Espinhada é de festa constante”, salientou o presidente da Câmara Municipal, sem deixar de ter também um (importante) cariz altruísta e solidário uma vez que “a receita proveniente da venda de filhós reverte na íntegra a favor de duas instituições do concelho, sendo de recordar que o ano passado permitiu angariar perto de 13 mil euros que reverteram para Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra e para a Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere. Por isso é obrigatória uma visita à banca do célebre “Aqui Espicho Eu”.

Mas outro dos espaços muito concorrido do “Natal Serrano” é o Largo das Festas, onde durante o “Natal Serrano” as actuações musicais são uma constante, abrangendo vários gostos mas sem deixar de privilegiar a música popular e tradicional e, alguns dos nomes que vão subir ao palco são, no dia 13, Zé Amaro; no dia 14, Quim Barreiros; no dia 20, Quim Roscas & Zeca Estacionâncio e, no dia 21, Sons do Minho, sem esquecer os grupos do concelho que, à boa maneira serrana, trazem os sons das concertinas, as desgarradas, as danças e cantares, para no final e como “diz a história e o coração”, a festa encerrar com chave de ouro com o concerto pelo Grupo Municipal Fraternidade Pampilhosense.

Mas no “Natal Serrano” não faltam também as tasquinhas com “o delicioso e tradicional tempero”, como a sopa confecionada nas panelas de ferro, a tibornada de bacalhau sendo os responsáveis por dar “este tempero especial” a estes tempos natalícios vividos na serra o Grupo Desportivo Pampilhosense, os Bombeiros e a Santa Casa da Misericórdia. E a completar tudo isto, no Cantinho da Merenda não faltarão também os queijos e os enchidos, a doçaria, o mel, salgados, aperitivos, licores, numa palavra, não faltará “comida de conforto preparada com dedicação e muita sabedoria”.

Este ano e “porque o maior presente de Natal é a felicidade das crianças”, a Eira da Brincadeira ganha mais destaque e “salta” para outra área do recinto e onde “é possível aceder a este pequeno mundo em que os sorrisos das crianças se constroem com desafios e experiência criativas, mas sem novas tecnologias”, havendo ainda nesta edição “uma surpresa especial, uma pista de gelo que promete entusiasmar sobretudo os mais pequenos e proporcionar-lhes momentos memoráveis e de plena alegria”.

E outra das novidades do “Natal Serrano”, é o espectáculo multimédia “Pampilhosa da Serra, do Natal e do Mundo”, a realizar ao ar livre nos dias 11, 13, 14, 20 e 21 de Dezembro, e que consiste numa “viagem” de descoberta das celebrações natalícias em vários pontos do mundo, em que a música, a dança e a pirotecnia se entrelaçam para contar uma história de união e de esperança”. É ver para crer.

Na conferência de apresentação, o presidente da Câmara Municipal revelou ainda que “o troço da Nacional 344”, entre a vila e o cruzamento para a aldeia de Maria Gomes, vai ser reaberto a partir do dia 10 de Dezembro, depois de ter estado “em obras durante cerca de um ano e meio”.

Os bilhetes para o “Natal Serrano” estão disponíveis na ticktline ou presencialmente nas bilheteiras do evento. De segunda a quinta-feira têm um custo simbólico de 1 euro e de sexta a domingo o valor de 2 euros, dando acesso a todos os espetáculos e atrações. O bilhete geral custa 12 euros.

“É importante, também nesta altura do ano, termos programas culturais e de animação que incentivem e mobilizem as pessoas a vir ao concelho. Com isso dinamizamos a economia local”, disse o presidente da Câmara Municipal, deixando o convite, “venha, traga a família e os amigos”, fazendo votos que “este seja o Natal mais bonito de todos”, porque “o que vivemos juntos… e com tempo, quando é partilhado é um presente que dura para sempre. (…) O Natal Serrano é a casa de todos nós”.