PAMPILHOSA DA SERRA: Residência Artística de Ânia Pais envolveu alunos no processo criativo

No passado dia 17, a Escola Sede de Pampilhosa da Serra foi palco de uma experiência artística imersiva, promovida pela artista Ânia Pais no âmbito do Projeto Manif, culminando a residência artística com uma oficina participativa, em que os alunos foram desafiados a integrar o processo de criação de uma obra de base têxtil.

Ao longo de duas semanas, Ânia Pais transformou o ambiente escolar no seu atelier, explorando plasticamente o tecido como meio de expressão. Mais do que uma simples criação artística, esta iniciativa procurou estimular a curiosidade e espontaneidade criativa dos alunos, incentivando-os a interagir com a obra em desenvolvimento e proporcionando momentos de diálogo sobre o universo das artes plásticas.

No último dia da residência, os alunos desenharam a obra no papel e experimentaram uma abordagem inovadora ao tingir o tecido com uma pasta de terra – uma metáfora visual que remete para as vivências e a identidade do meio rural.

Esta foi a primeira de três residências artísticas programadas para o Agrupamento, que desenvolverão os temas fulcrais da estratégia do Município no contexto da aprendizagem: Natureza, Brincar, Identidade. De 10 a 21 de Março, o artista residente será Gil Ferrão, enquanto que, entre 28 de Abril e 9 de Maio, os alunos terão a oportunidade de trabalhar com os artistas Dori Nigro e Paulo Pinto.

O projeto MANIF, recorde-se procura contribuir para a democratização do acesso às artes num território alargado, propondo a criação artística e fruição da cultura dentro de edifícios públicos da Justiça, nomeadamente tribunais, palácios da justiça ou juízos de proximidade do nosso país.

O ponto de partida do projeto realizou-se no dia 13 de Fevereiro, com a inauguração da exposição coletiva “Um quotidiano aqui destituído”, com curadoria do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, no Juízo de Proximidade da Pampilhosa da Serra. A sala de audiências recebe, até ao dia 9 de Maio, uma exposição com obras que fazem parte do acervo de arte contemporânea do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, de artistas como Catarina Baleiras, Jorge das Neves e Novo Grupo de Escultura.