Na passada quarta-feira, 29 de Maio, no auditório da Escola EB 2,3 de Arganil e numa cerimónia organizada pelo Centro de Formação da Associação de Escolas Coimbra Interior (CFAE Coimbra Interior), realizou-se a entrega do “VIII Prémio Jorge Paiva – Escola e Responsabilidade Ambiental” que, este ano, foi atribuído, no 1.º escalão (no valor de 350 euros), a Lucas Oliveira, do Agrupamento de Escolas Tomaz Ribeiro, de Tondela; 2.º escalão (250 euros), aos alunos do 7.º A do Agrupamento de Escolas de Góis; e duas menções honrosas (200 euros cada), aos alunos da Educação Pré-escolar e 1.º CEB do Agrupamento de Escolas de Góis e alunos as turmas 5.º B, 5.º D, 6.º A, 6.º B e 6.º C da Escola Básica N.º 2 de Arganil.

Patrocinado pelo nosso jornal, o Prémio foi criado há oito anos e que “tem vindo a ser anualmente atribuído com intuito de homenagear o Professor Jorge Paiva”, como disse a directora do CFAE Coimbra Interior, Assumpta Coimbra, acrescentando ainda que “cumpre-me esclarecer que foi ideia minha aprovada por unanimidade pelo conselho de directores da comissão pedagógica do nosso Centro de Formação e que, indubitavelmente, corresponde ao sentir de todos os professores que tiveram o privilégio de ter como professor o Professor Jorge Paiva, também a todos os que não foram seus alunos, mas tiveram o contentamento de, por todo o país, o escutar em palestras, visitas, trabalhos de campo”.

A directora do CFAE Coimbra Interior, não deixou de salientar também que “esta homenagem que prestamos ao Professor Jorge Paiva pretende realçar as suas qualidades científicas, como investigador notável e homem dedicado ao conhecimento, mas também destacar a actuação pedagógica que tem assumido e persegue, designadamente junto dos alunos mais novos, com intuito de educar, sensibilizar as gerações actuais e vindouras para a importância da preservação da biodiversidade no planeta Terra”, acrescentando ainda que “a atribuição deste Prémio valoriza a sua postura como pessoa, as suas atitudes cívicas e de denúncia do empobrecimento humano existente em opções destrutivas da diversidade de espécies naturais”.

Prestando também a sua homenagem aos professores que coordenam os projectos premiados “pela vossa actuação educativa, enriquecedora da Escola como lugar de aquisição de conhecimentos e de práticas com base no diálogo entre saberes, na reflexão crítica, no entrelace com o meio natural e sociocultural e meio de assunção de cidadania”, Assumpta Coimbra exortou para que “continuem a incentivar os alunos a participarem no Prémio Jorge Paiva – Escola e Responsabilidade Ambiental, a explicarem-lhes o seu significado e o que simboliza em prol da preservação da biodiversidade e do nosso presente e futuro como humanos”.

Felicitando os alunos premiados “pela vossa participação neste Prémio” com os trabalhos apresentados (e com avaliação minuciosa do júri a que o patrono pertence), a directora do CFAE Coimbra Interior não deixou de os exortar também a seguirem o exemplo do Professor Jorge Paiva, que se intitula a si próprio como “a voz da Natureza” e que “tem andado por imensas escolas com o objectivo de chamar a atenção dos alunos o mais cedo possível para a noção dos problemas ambientais existentes”, salientando ainda que a “sua luta pela prática de uma educação ambiental e a tónica que coloca na preservação do meio ambiente”, terminando por agradecer ao homenageado, “é uma honra e satisfação, uma vez mais, tê-lo presente nesta actividade formativa”, considerando que “as suas mensagens e conselhos em prol da conservação da Natureza são sempre atentamente apreciados e interiorizados por todos nós”.

E foram, de facto, mais uma vez ouvidos e atentamente apreciados particularmente pelos alunos, qual notável lição deixada pelo Professor Jorge Paiva, começando por considerar que “na vida precisamos de raciocinar, há explicação para tudo o que acontece” pelo que é preciso “manter a gaiola limpa, a Terra é a nossa gaiola, que está cada vez mais poluída, é um risco que estamos a correr, (…) e que estamos a descuidar, não estamos a tratar o lixo. Não pudemos continuar a fazer isso, temos de dar o exemplo”.

“Não se esqueçam que estamos metidos dentro de uma gaiola que tem de estar limpa”, foi o apelo deixado aos alunos por Jorge Paiva, porque se assim não for “não vamos conseguir sobreviver, (…) e todas as espécies são importantes nesta gaiola do Universo onde vivemos”.