Na segunda-feira, o Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, esteve em Pombeiro da Beira, onde presidiu à cerimónia de assinatura do contrato (que homologou) no âmbito da candidatura “Reabilitação da Igreja Matriz de Pombeiro da Beira” e que, ao abrigo do Programa Equipamentos da CCDRC, permite apoiar com uma dotação financeira no valor de 25.634 euros, num investimento total de 51.268 euros (mais IVA).

Além do Secretário de Estado, estiveram presentes na cerimónia, além de outras pessoas, a directora geral da Direção Geral das Autarquias Locais, Paula Costa, o chefe de divisão de cooperação técnica e financeira com a pasta da Administração Local da CCDRC, Eugénio Santiago, o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, e vereadores, o presidente da Junta de Freguesia de Pombeiro da Beira, Vítor Pedroso, o presidente do conselho económico da Fábrica da Igreja de Pombeiro da Beira, padre Lucas Pio, que se congratulou pelo facto de “assinarmos este contrato de financiamento do programa de equipamentos urbanos de utilização colectiva, para uma melhoria da nossa igreja”.

Agradecendo esta “contribuição que recebemos para a melhoria da nossa igreja”, que “é um património que temos não só em Pombeiro da Beira, mas no concelho e em Portugal”, o padre Lucas Pio não deixou de reconhecer ainda que “a situação financeira das pessoas já não é como antigamente”, quando “contribuíam e ajudavam muito mais”, dando ainda a conhecer que “já fizemos a melhoria da parte de fora da igreja para protegermos o património que tem cá dentro, que é um património riquíssimo, que nem todas as igrejas têm e que é preciso agora salvar” e, para isso, deixou o pedido ao Secretário de Estado “para que possam continuar a ajudar”, porque “temos um património belíssimo, dentro da igreja que precisa de intervenção urgentemente, principalmente o altar-mor que é do século XVI”.

A secretariada Junta de Freguesia, Mónica Soares, em presentação do presidente Vítor Pedroso, depois de se congratular com o facto do Secretário de Estado “estar com as comunidades mais pequenas e mais distantes do Poder Central”, falou sobre a igreja, “um dos monumentos mais antigos da nossa freguesia”, que conta com “400 anos de história”, reiterando o pedido para que “nos continuem a ajudar a honrar o nosso passado”, apoiando também as obras a realizar no interior da igreja matriz de Pombeiro da Beira.

O presidente da Câmara Municipal, agradecendo também ao Secretário de Estado Hernâni Dias “pelo interesse que demonstrou com este processo, viabilizando esta candidatura que reconhecemos todos que é muito importante”, não deixou de reconhecer também o apoio dado por Eugénio Santiago e a colaboração da própria “comunidade pombeirense” que “conseguiu juntar esforços” para concretizar esta intervenção, “também sabemos que há sempre o cimento que ajuda a colar os grãos de areia e, por isso, quero sinalizar o empenho da professora Graça Lopes e do dr. Avelino Pedroso neste processo e pelo empenho que vão continuar a dedicar à reabilitação do muito que falta. Há uma fase concluída do ponto de vista da intervenção, há outra que se seguirá, é isto que faz parte da preservação do património”, terminando por considerar que “esta terra é berço de muita história do nosso país”.

O Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, começou por felicitar “o padre Lucas Pio e a comunidade porque têm aqui a oportunidade de concretizar quase tudo aquilo que desejam”, para considerar depois que “este é, de facto, um momento importante como todos aqueles em que concretizamos alguma coisa, independentemente da dimensão dessa realização”, salientando que “a qualidade e a importância dessas concretizações não se medem, necessariamente, pelo valor financeiro, há coisas que fazemos que têm um valor incalculável para as comunidades onde são realizadas”.

Hernâni Dias, “surpreendido” com “a qualidade e importância histórica” da igreja, mostrou-se “satisfeito por estar a apoiar uma intervenção num espaço como este”, confessando mesmo que “até me deixa com vontade de responder já afirmativamente ao que estava a pedir o senhor padre (a intervenção urgentemente, principalmente o altar-mor), mas não o posso fazer porque, este ano, já não temos mais capacidade, mais dotação financeira para poder apoiar”, no entanto, “quem sabe, brevemente isso não possa vir a acontecer”, terminando por afirmar que “há muita gente que entende que não deveríamos estar a apoiar o património religioso, mas faz parte da nossa história, a história dos nossos antepassados é património que valoriza o nosso país como um todo”.