PROGRAMA PARES 3.0: 18 milhões de euros para apoiar instituições sociais no distrito

Na passada sexta-feira, no auditório do Centro de Emprego e Formação Profissional de Coimbra e acompanhada pela Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e pela directora distrital da Segurança Social, Manuela Veloso, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, presidiu à sessão de contratualização no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais 3.ª Geração – PARES 3.0, que representam um investimento de 29.3 milhões de euros e uma comparticipação de 18 milhões de euros para apoiar 60 respostas sociais do distrito de Coimbra, de entre as quais e como se destaca em caixa, algumas instituições da nossa região.

“Foi uma sessão de emoção, o sonho de muitos de há muitos anos”, como considerou a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, referindo depois que “o PARES 3.0 é uma resposta que a pandemia nos levou a acelerar” e que “tem como finalidade apoiar o desenvolvimento e consolidar a rede de equipamentos sociais, designadamente na criação de novos lugares em várias vertentes nas Creches, no reforço dos Serviços de Apoio Domiciliário e dos Centros de Dia, no aumento do número de lugares em Estruturas Residenciais para Idosos para situações de maior dependência e na integração de pessoas com deficiência através do incremento da rede de Respostas Residenciais e de Centros de Actividades Ocupacionais”.

Por esse facto e segundo Ana Mendes Godinho, “estamos aqui pela legitimidade que conseguimos, fruto da grande necessidade de colocar em primeiro lugar o equipamento social”, recordando ainda que o Programa “foi lançado em plena pandemia, quando foi identificada a necessidade de investimento público que permitisse dar resposta às fragilidades evidenciadas pela Covid-19”, reconhecendo que “o sector social tem uma grande capacidade de articulação e trabalho com as autarquias, com a Administração Central, grande proximidade no terreno em permanência, contribuindo também para o desenvolvimento e coesão territorial”.

E depois de expressar “a gratidão profunda por quem tem estado na linha da frente permanentemente, colocando a vida dos outros em primeiro lugar”, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, dirigindo-se aos responsáveis das instituições presentes, referiu que foi “uma brutalidade de desafios em que vocês estiveram na linha da frente”, reconhecendo por isso que, na resposta dada nos últimos dois anos, “estas instituições foram determinantes no trabalho conjunto com a Segurança Social e com as autarquias”, bem como “este “exército constituído por um conjunto de pessoas, mulheres e homens, sempre ao serviço dos outros, em permanentes batalhas, reinventando-se”, considerando ainda que, em termos de operacionalização de apoios e aceleração de investimento, “a pandemia mostrou que podemos fazer muito melhor do que fazíamos antes. E porque ninguém se salva sozinho, com certeza de que quanto mais se trabalhar em conjunto, melhores são os resultados”.

Ao todo, a nível nacional, foram gastos mais de 900 milhões de euros em apoio extraordinário ao sector social para o combate à pandemia, um valor que se junta a este que foi consignado em Coimbra e que, como referiu Ana Mendes Godinho, “é para manter nos próximos anos”, dando também a conhecer que “os avisos abertos no âmbito do Plano de Recuperação de Resiliência (PRR), onde está a dotação de 220 milhões de euros, permitem continuar este trabalho de modernização do sector social”, também “o aviso das viaturas eléctricas já está concluído e serão entregues, no âmbito deste projeto, cerca de 1.400 veículos e relativamente ao aviso para a construção de mais equipamentos sociais, já foram entregues mais de um milhar de candidaturas, devendo a decisão ser conhecida no próximo mês de Junho”, recordando também que “foi publicado um decreto-lei que permitirá às instituições candidatas a revisão dos processos e dos preços das empreitadas. São mecanismos para ajudar a que os processos não fiquem desertos”.

Projectos aprovados para instituições da região

ARGANIL – APPACDM (Lar Residencial), investimento de 762 mil euros e financiamento de 569 mil euros.
LOUSÃ – Associação de Defesa do Idoso e de Criança de Vilarinho (ERPI, SAD e Centro de Dia), investimento de 1 milhão de euros e financiamento de 432 mil euros; ARCIL (Lar Residencial), investimento de 1,4 milhões de euros e financiamento de 1,1 milhões de euros; Santa Casa da Misericórdia – Hospital de S. João (ERPI), investimento de 314 mil euros e financiamento de 235 mil euros.
PENACOVA – Centro de Bem Estar Social da Figueira de Lorvão (ERPI e Centro de Dia), investimento de 72 mil euros e financiamento de 54 mil euros; Fundação Beatriz Santos (ERPI, Centro Dia e SAD), investimento de 4,8 milhões de euros e financiamento de 2,4 milhões de euros.
OLIVEIRA DO HOSPITAL – ARCIAL (Lar Residencial), investimento de 1,6 milhões de euros e financiamento de 1 milhão de euros; Associação Virgílio Hall (ERPI), investimento de 179 mil euros e financiamento de 95 mil euros; Santo António do Alva (Centro de Dia e SAD), investimento de 38 mil euros e financiamento de 28 mil euros; Centro Paroquial da Bobadela (ERPI, Centro de Dia e SAD), investimento de 2 milhões de euros, financiamento de 1,2 milhões de euros; Centro Social de Ervedal da Beira (ERPI), investimento de 154 mil euros, financiamento de 115 mil euros; Fundação Aurélio Amaro Dinis (ERPI, Centro de Dia e SAD), investimento de 170 mil euros, financiamento de 119 mil euros; Vale Cobral (ERPI, Centro Dia e SAD), investimento de 1,9 milhões de euros, financiamento de 1,4 milhões de euros.
TÁBUA – Fundação Sarah Beirão/António Costa Carvalho (ERPI, Centro de Dia e SAD), investimento de 508 mil euros, investimento de 270 mil euros; Santa Casa da Misericórdia (ERPI e Centro de Dia), investimento de 798 mil euros, financiamento de 557 mil euros; Casa do Povo de Espariz (Centro de Dia e SAD), investimento de 111 mil euros, financiamento de 55 mil euros.
VILA NOVA DE POIARES – Irmandade de Nossa Senhora das Necessidades (ERPI), investimento de 1,5 milhões de euros, financiamento de 727 mil euros.