RALLY DE PORTUGAL COM PASSAGEM PELOS CONCELHOS DE ARGANIL, GÓIS, LOUSÃ E MORTÁGUA

Este ano, o Rally chega mais cedo à Região Centro. Entre 11 e 14 de Maio, o WRC Vodafone Rally de Portugal faz-se à estrada e, no segundo dia da prova, sexta-feira, tem passagem garantida pelos concelhos de Arganil, Góis, Lousã e Mortágua.

A aguardar com expectativa o regresso da competição a alguns dos mais belos troços serranos, estão os autarcas da Região Centro de Portugal, que celebraram recentemente o contrato-programa de desenvolvimento desportivo com o Automóvel Club de Portugal e o Turismo Centro Portugal, materializando a união de esforços que permitiu a realização da prova em 2022.

“O Rally representa a maior e melhor oportunidade para continuarmos a projetar o nosso concelho nacional e internacionalmente, e contamos com uma nova enchente este ano, depois do sucesso do ano passado”, destacou o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, evidenciando ainda a importância que o evento tem na afirmação e desenvolvimento económico não só de Arganil como de toda a região.

A forte projeção turística e o grande peso económico que a prova tem nos concelhos abrangidos é comprovado pelo impacto recorde que a competição gerou na economia nacional em 2022, superior a 153,7 milhões de euros, mais 12,5 milhões de euros (8,9%) face à edição de 2019 (antes da pandemia). A conclusão é do estudo elaborado pelo Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR) – Universidade do Algarve, que avalia anualmente o impacto económico do evento do Automóvel Club de Portugal.

Para o presidente do ACP, Carlos Barbosa, os números expressivos falam por si, salientando que “acima de tudo, é o reconhecimento da qualidade da nossa organização e da paixão dos portugueses pelo desporto automóvel e pelos ralis em Portugal, que este ano se traduziu num impacto de 153 milhões de euros para a economia nacional”.

Enaltecendo a ligação histórica e afetiva que existe entre o Rally e o seu concelho, o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, reconhece a dimensão avultada que tem e sempre teve na Lousã, muito graças a troços desafiantes e muito técnicos e à fantástica envolvente natural da Serra da Lousã, considerando por isso que “as expectativas são, por isso, as melhores para o regresso do melhor Rally do mundo em 2023 e para mais um grande momento desportivo e de promoção da Região”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Góis, Rui Sampaio, os benefícios da passagem do Rally pelo concelho e pela região não se esgotam no dia da classificativa, estendendo-se aos dias que antecedem e procedem à prova, sublinhando que “as pessoas que se deslocam ao nosso território são adeptos de Rally mas são também turistas, que pretendem regressar no futuro com mais tempo para conhecer melhor e desfrutar do concelho e da região”.

Segundo o estudo desenvolvido pelo CiTUR, a despesa direta gerada no Rally, formada pelos gastos conjuntos de adeptos (residentes e visitantes), equipas e organização, ascendeu a 76 milhões de euros, mais 3,6% do que em 2019. Deste valor, mais de 78% (59,9 milhões de euros) foi gerado por adeptos não residentes, o que reflete os fluxos turísticos de espetadores portugueses e estrangeiros originados pelo evento.

O presidente da Câmara Municipal de Mortágua, Ricardo Pardal, salienta o impacto mundial da prova e a visibilidade muito significativa que confere aos concelhos da Região Centro, estando certo de que a imagem de Mortágua “enquanto destino turístico, será fortalecida com a edição deste ano do Rally de Portugal”.

No conjunto dos impactos, o WRC Vodafone Rally de Portugal 2022 fez crescer as dinâmicas económicas existentes nas edições pré-pandemia Covid-19, de acordo com o estudo da Universidade do Algarve. Esta perspetiva agregada do contributo da prova para a economia do turismo nacional é de todo assinalável e acredita-se que é inigualável por nenhum outro evento desportivo e/ou turístico regularmente organizado em território nacional, refere o estudo.

O presidente da Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal. Pedro Machado, considera que o Rally é um “evento-âncora” para a Região Centro de Portugal, atraindo todos os anos milhares de visitantes nacionais e estrangeiros, salientando que “o retorno económico para os territórios que atravessa é muito importante e, desta forma, constitui um poderoso instrumento de combate às assimetrias regionais”, destacando “a grande notoriedade internacional gerada para a região, que se afirma cada vez mais como destino privilegiado para os adeptos de todos os desportos.”