
Em noite de comemoração – intimista – do 50.º aniversário da criação do mais antigo rancho folclórico do concelho de Tábua, foram diversas as mensagens de apoio e incentivo para que continue a ser “o grande embaixador da nossa terra”.
O aniversário foi assinalado na última quinta-feira, e para além das palavras de dirigentes e autarcas, ficou marcado pela inauguração da exposição “RRFC – 50 anos, 50 fotografias” e da apresentação da primeira de três partes do documentário “RRFC – 50 anos em prol do folclore e da etnografia”, e que também envolveu a actuação da Tuna Mouronhense, numa clara demonstração da interactividade das colectividades culturais do concelho.
Antes das inaugurações e do descerramento da lápide que perpectuará o meio século de vida do Rancho Regional e Folclórico de Candosa (ver destaque), António Rodrigues Silva, presidente da assembleia geral do Rancho recordou que (…) «50 anos é uma vida», e a prova está no exemplo de José Rosa, professor primário, oriundo de Castanheira de Pera, que em Candosa casou, e que há mais de 48 anos faz parte do Rancho de Candosa.
Com ele – acordeonista do grupo – está a esposa Fátima, a filha Joana (também ela acordeonista) a quem agora se junta a pequena Maria Francisca, que no passado sábado fez a sua “estreia” como componente do carismático Rancho que representa a “Beira Alta Serrana” enquanto “embaixador” do concelho de Tábua.
O Rancho de Candosa continua a contrariar o paradigma da crise no voluntariado e no associativismo, graças à resiliência dos seus componentes, que o consideram – e consideram-se – (…) «uma grande família». «Tínhamos que fazer dele [do Rancho] um grupo de amigos, onde estão filhos, pais e netos», que é o “remédio” para a longevidade do grupo. «Este Rancho não é para acabar», sublinhou José Rosa no decorrer da sessão de aniversário, e para quem o grupo (…) «tem sido uma escola de vida».
Pelo mesmo diapasão afina José Cardoso, vice-presidente da Direcção do Rancho e presidente da Junta de Freguesia de Candosa, qua após agradecer a todos que já passaram e aos que estão no Rancho, considerou que (…) «são eles os grandes embaixadores da nossa terra», e por isso pediu a todos – directores e componentes para que (…) «não deixem acabar o Rancho
da nossa terra».
Começando por lembrar que a data (16 de Março) assiná-la o dia em que o Rancho realizou o primeiro ensaio, o presidente do Centro Cultural e Recreativo de Candosa (instituição a que o Rancho pertence), sublinhou que os laços que unem o Rancho e a Autarquia de Tábua, já vêm desde 1979, ano em que foi criado o Centro Cultural, e que o antigo presidente da Câmara Municipal, Barata Portugal (…) «foi o seu primeiro presidente da assembleia geral».
José António Monteiro, agradeceu o “arrojo” que a direcção e componentes fundadores, com especial enfoque para o primeiro presidente, José Marques, mas sem esquecer os actuais directores e componentes (…) «pois sem eles não estaríamos a celebrar esta data».
Sem esquecer a história o dirigente sublinhou que uma colectividade sem actividade pouco representa, sublinhou (…) «a vitalidade do nosso grupo que, ao longo destes 50 anos, nunca parou por mais que fossem as adversidades».
Destacando o papel do Rancho quer no que toca à etnografia e defesa das tradições, quer no papel que desenvolve a nível do recreio e cultura junto da comunidade, José António Monteiro afirmou que é, pois (…) «um importante agente na investigação, estudo, salvaguarda e promoção do património cultural, tradicional e popular, não só da Freguesia mas também do concelho e da Beira Alta Serrana».
Para o dirigente, o Rancho tem um papel fundamental para minimizar os impactos da interioridade. «É fácil porque somos mais que um Rancho Folclórico… somos amigos, somos uma família».
José António Monteiro aproveitou a presença de David Pinto (vereador da Cultura da Câmara Municipal de Tábua) para pedir apoios para (…) «continuar as obras de requalificação da sede» e para a criação do Núcleo Museológico e o Centro de Estudos Etno-folclóricos. «Peço às autarquias uma especial atenção à nossa causa: a preservação da nossa cultura». «Nada pedimos para nós, pedimos para Candosa, pedimos para Tábua», concluiu.
Reconhecendo o papel de “embaixadores” de todos os elementos do Rancho, o vereador do Associativismo do Município de Tábua, deu nota que o Centro Cultural/Rancho (…) «podem sempre contar com o apoio da Câmara», fazendo votos para eu o Rancho (…) «nunca acabe e que daqui a muitos anos possamos estar aqui a festejar mais um aniversário».