Maria da Graça Carvalho presidiu à sessão de apresentação pública do “Investimento de 32 Milhões de Euros no Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos da AMRPB – Prestação de Contas”, que decorreu a 18 de Julho, no auditório da Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB).
Carla Borges, na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Tondela e membro do Conselho Executivo da AMRPB, realçou a importância das sinergias intermunicipais, que permitiram que um projecto como o do Planalto Beirão atingisse (…) «a dimensão e sucesso agora consolidado».
A autarca, referindo-se em particular ao Município de Tondela, deu nota do (…) «compromisso com o ambiente», anunciando a criação da terceira unidade de acolhimento empresarial destinada a empresas ligadas ao sector do Ambiente. «Queremos Tondela como Município de “pegada verde”», apelando, por isso, ao esforço conjunto dos autarcas da AMRPB.
Já Leonel Gouveia, presidente do Conselho Executivo da AMRPB e presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, reforçou a importância que o Planalto Beirão tem na gestão dos resíduos produzidos na região e a ambição de continuar a reciclar mais e melhor, tendo anunciado a intenção de assegurar a curto/médio prazo (…) «a recolha de bioresíduos, quer a nível doméstico, quer ao nível dos grandes produtores».
Aquele responsável destacou a capacidade empreendedora da AMRPB e a sua visão estratégica (…) «que através da boa gestão dos financiamentos comunitários, conseguiu dotar a região de meios e serviços, capazes de garantir a sustentabilidade ambiental e económica do território e o bem-estar das populações».
Ricardo Cruz, presidente da Câmara Municipal de Tábua e na qualidade de presidente do Conselho de Administração da ECOBEIRÃO, depois de explanar a finalidade da “ecobeirão”, evidenciou a importância dos projectos agora finalizados (…) «que permitiram desviar de aterro quantidades muito expressivas de resíduos» e assegurar a sua valorização.
O presidente do Conselho de Administração da ECOBEIRÃO, realçou ainda a importância das acções de sensibilização levadas a cabo ao longo dos últimos anos, que em conjunto com as soluções tecnológicas implementadas (…) «contribuíram para o desenvolvimento sustentável da região e também para os objectivos globais com que Portugal se encontra comprometido, na qualidade de Estado-Membro».
A terminar a sessão, usou da palavra a Ministra do Ambiente e energia, que na presença dos diversos representantes dos municípios associados, realçou o importante contributo que a Associação de Municípios deu para a melhoria dos indicadores nacionais em matéria de gestão de resíduos. Referindo-se ao Planalto Beirão como exemplo a seguir, a governante enalteceu ainda a importância dos municípios e juntas de freguesia como parceiros de proximidade (…) «indispensáveis para a prossecução dos objectivos nacionais» no âmbito da gestão de resíduos e restantes questões ambientais.
A governante destacou o trabalho que está a ser desenvolvido no que respeita à Protecção da Natureza, nomeadamente a Lei Europeia do (…) «restauro da Natureza» que, em conjunto com o ICNF (…) «estamos já a desenvolver o nosso Plano Nacional de Restauro» e que irá impor a plantação de árvores (5 milhões a nível europeu); o aumento dos Espaços Verdes nas cidades; o restauro dos rios (…) «em que teremos que restaurar cerca de 500 quilómetros »dos nossos rios», entre outras medidas.
Maria da Graça Carvalho reforçou ainda a questão da Água em que (…) «precisamos de uma estratégia nacional/multi-sectorial, não só em relação aos pontos de água, mas também no que toca à utilização da água na agricultura, no turismo e no consumo».
Mas também os resíduos são uma das prioridades do seu ministério, disse, já que (…) «há vontade de levar Portugal para a linha da frente da reciclagem ao nível europeu», concluiu.
Após a apresentação de resultados e indicadores de desempenho, a Ministra do Ambiente e Energia, presidiu ainda às inaugurações de duas novas unidades industriais: a Central de produção de combustíveis derivados de resíduos (CDR), e a Central de compostagem e afinação de biorresíduos.
A primeira unidade, com capacidade instalada para processar até 50.000 toneladas/ano de CDR, permite a valorização energética destes resíduos a partir da trituração e secagem da fração resto de tratamento de resíduos, reduzindo as quantidades confinadas em aterro. Este processo permite ainda reduzir a emissão gases com efeito de estufa e contribui para a diminuição do valor da taxa de gestão de resíduos a pagar pelo SGRU (Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos).
A segunda unidade, permite aumentar a capacidade de tratamento de biorresíduos através da compostagem e afinação de resíduos urbanos biodegradáveis, em prol de uma economia tendencialmente mais circular.