REGIÃO: DEPRESSÃO “MARTINHO” FEZ ESTRAGOS NA REGIÃO – Arganil e Góis com oito desalojados e Nogueirense com prejuízo de 400 mil euros

Na madrugada desta quinta-feira, 20 de Março, por volta das 2:00, fortes rajadas de vento arrancaram parte do telhado de um anexo de uma habitação em Teixogueira, São Martinho da Cortiça, no concelho de Arganil.

Apesar dos estragos, não houve feridos, mas a habitação foi considerada insegura, levando as autoridades a alertarem para a necessidade de realojamento. No entanto, após os conselhos dos operacionais, a família recusou abandonar a casa, de acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Arganil.

No local estiveram os bombeiros, assistentes sociais, serviços municipais e a GNR para avaliar a situação e prestar apoio.

Em comunicado divulgado através das redes socias, a Associação Desportiva Nogueirense (ADN) destaca que (…) «Após a tragédia que nos assolou nos últimos dias, queremos agradecer com enorme gratidão pelas palavras de incentivo e coragem para que nos possamos reerguer.

A todas as pessoas, empresas, entidades oficiais, associações e colectividades que manifestaram a sua solidariedade e apoio o nosso profundo agradecimento

Iniciámos o nosso renascer com a remoção de todos os escombros, aguardando nos próximos dia a visita técnica às nossas instalações para emissão de parecer oficial e possível regresso à actividade, de forma muito condicionada.

Estamos em contacto com as entidades competentes, Governo, Município de Oliveira do Hospital, Freguesia de Nogueira do Cravo, Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e Associação de Futebol de Coimbra (AFC) para juntos fazer face aos enormes prejuízos causados, que estimamos sejam na ordem dos 400 mil euros.

Somos gente resiliente que nunca irá desistir. Mais do que nunca, precisamos de estar unidos», escreve a direcção do Nogueirense.

O Comandante sub-regional de Emergência e Protecção Civil da Região de Coimbra explicou que (…) «cinco pessoas ficaram desalojadas em Arganil (adultos e crianças) e três em Góis», uma vez que os telhados das casas voaram com o vento.

Carlos Luís Tavares agradeceu aos bombeiros envolvidos nas operações. «Incansáveis a resolver as ocorrências e a retomar a normalidade” e à E-Redes (…) «que tem trabalhado para repor a energia as populações», acrescentou. O responsável destacou ainda os serviços municipais de protecção civil (…) «que se empenharam em repor também a normalidade e em fazer o levantamento dos prejuízos».

Recorde-se que o distrito de Coimbra foi um dos mais afectados pela passagem da depressão Martinho, depois da área da Grande Lisboa, Setúbal e Porto.