São cerca de 19 quilómetros que separam o Poço do Gato (Tábua) do Nó da Folhadosa (Seia), mas, três anos depois de inicialmente ter sido lançado (Fevereiro de 2021), a IP (Infraestruturas de Portugal), anunciou a adjudicação à empresa Ripórtico Engenharia.
A elaboração do Projecto de Execução da Continuação do IC 6 – Tábua / Oliveira do Hospital (IC 7) / Covilhã (A 23 / IP 2) Sublanço Nó de Tábua / Nó da Folhadosa, está orçado em 972.535,51 euros (mais IVA) e tem um prazo de execução de 300 dias. “o início só poderá ocorrer após a concessão de Visto do Tribunal de Contas”, lê-se no contrato a que a Lusa teve acesso.
Para José Francisco Rolo, com a adjudicação do projecto de execução, espera-se que a obra daquele troço do IC6 possa arrancar em 2025, uma (…) «reivindicação assumida de forma firme» pelos autarcas de Oliveira do Hospital, Seia e Tábua.
«Finalmente, faz-se justiça a esta região e tira-se o IC6 do Nó onde está e é prolongado até Seia», disse à agência Lusa o presidente do Município de Oliveira do Hospital, que considera que, este passo permite alimentar as ambições da região a uma futura ligação à A25, (…) «o chamado IC 7, cujo projecto foi abandonado na altura da intervenção da ‘troika’», permitindo uma ligação directa da região a Espanha, acrescenta ainda o autarca.
De acordo com o edil, o troço que irá agora ser objecto de projecto de execução prevê também Nós de ligação a Oliveira do Hospital e à zona industrial da cidade.
Para Ricardo Cruz, presidente do Município de Tábua, a adjudicação da execução do projecto (…) «um pequeno grande passo para toda a região. É um projecto de grande dimensão e ansiado pelo Município de Tábua. se a obra iniciar em 2025, estaremos plenamente satisfeitos».
Sem esquecer os sucessivos entraves que adiaram o (re)início da obra de continuação do traçado até ao Nó da Folhadosa, o presidente do Município de Seia (distrito da Guarda), é claro: «Apesar de atribulado, saúdo esta adjudicação. Agora, espero que os trabalhos possam avançar, sem mais atropelos, de forma a permitir que todos os demais procedimentos, como é o caso do DIA, não atrapalhem o desígnio de ter obra no terreno em 2026», destaca Luciano Ribeiro.
Recorde-se que, de acordo com as peças do procedimento concursal consultadas pela Lusa, é indicada uma velocidade de referência de 80km/h para o troço a ser desenvolvido, que deverá contar com várias obras de arte, como passagens superiores, inferiores, viadutos e pontos.
(*) Com Notícias de Coimbra / As Beiras
