Foto: Notícias de Viseu
Passageiros queixam-se que uma estação de comboios como a de Santa Comba Dão-Gare (no Vimieiro) recentemente requalificada e onde foi gasto cerca de meio milhão de euros, continue fechada. Isto porque os utentes têm de ficar no exterior, à mercê do calor, quando a sala de espera está equipada com ar condicionado, mas de portas fechadas. Queixam-se ainda dos constantes atrasos dos comboios, que chegam muitas vezes numa média entre os 45 minutos e uma hora e meia. A situação não é nova e já no ano passado, por altura do inverno, as queixas eram as mesmas.
Uma utente que não se quis identificar acusa as Infraestruturas de Portugal de “falta de vergonha e de respeito” pelos passageiros que chegam a esperar quase duas horas. “É absolutamente inacreditável, quando falamos de famílias com crianças, idosos com mobilidade reduzida, turistas, estudantes e outros com responsabilidades profissionais e que necessitam de uma resposta mais capaz e de qualidade em termos dos transportes ferroviários que estão cada vez pior e mais degradados em termos de qualidade”, queixou-se.
A denúncia foi também feita na última reunião de Câmara do Município de Santa Comba Dão pelos vereadores do PSD que exigem respostas e soluções para a situação. João Onofre pediu mesmo ao presidente da Câmara Municipal, Leonel Gouveia, que nos diversos fóruns onde se desloca em missões oficiais “defenda de forma acérrima os interesses das pessoas que o elegeram”.
O autarca, por seu lado, anunciou que está a ser ultimado um protocolo com as Infraestruturas de Portugal que se comprometeu em ceder à autarquia “o espaço onde funcionava o bar para que no futuro possa ser concessionado, através de um valor simbólico, ficando com o compromisso de manter aberta a sala de espera e as casas de banho para uso dos passageiros”.
Leonel Gouveia admite que o atraso dos comboios tem sido uma preocupação constante do executivo, tendo ficado decidido enviar “um voto de protesto à CP, às Infraestruturas de Portugal, dando ainda conhecimento deste problema à Comunidade Intermunicipal (CIM), Viseu Dão-Lafões”.