No passado fim-de-semana, S. Martinho da Cortiça esteve em festa com a realização da XXXIV edição da Feira de Artesanato, Comercial, Industrial, Gastronomia e Cultural.

Uma grande festa que regressou, dois nos depois, e que para além da animação, cultura, espectáculos proporcionados pelos grupos que, nos três dias, preencheram o programa, não deixou de ter ainda a parte religiosa em honra do padroeiro, S. Martinho, com a missa solene e procissão abrilhantadas pela Filarmónica de Arganil, a gastronomia trazida pelas Casa do Povo, comissão de festas do Saíl e colectividade da Sobreira, ao mesmo tempo que se constituiu como mais um momento alto de afirmação das potencialidades da freguesia com a presença de cerca de setenta expositores não só locais mas oriundos de todo o país com os mais diversos produtos, desde o artesanato às roupas, desde os queijos aos enchidos, empresas, comércio e indústria e outras instituições e ainda representações institucionais como o Centro Escolar, a paróquia, a Cáritas que encheram o Pavilhão Gimnodesportivo.

No sábado, na sede da Junta de Freguesia, realizou-se a sessão solene de abertura oficial da Feira Franca, durante a qual a presidente da Assembleia de Freguesia, Fernanda Pacheco, deu as boas-vindas aos convidados e salientou que “é com muito gosto que vejo, após dois anos de interregno, a freguesia voltar a realizar um evento que move muitas pessoas e dá vida a esta povoação”, louvando por isso “o esforço e empenho dos diferentes executivos da Junta de Freguesia que, ao longo destes anos, fizeram com que fosse possível a realização da Feira, não esquecendo o precioso contributo da Câmara Municipal e do Grupo Desportivo de S. Martinho da Cortiça”.

O presidente da Junta de Freguesia, António José Ventura Dias, começou por referir que, “pensando no futuro desta Feira, o executivo quer dinamizar ainda mais este evento, projcetando-o a nível regional, introduzindo comercialmente a castanha e a jeropiga que actualmente não tem”, mas mantendo naturalmente, “a gastronomia, a tradição do artesanato, do comércio, da indústria e destacando a nossa cultura”.

E apesar do “dia de festa” que se vivia, o presidente da Junta aproveitou para destacar o trabalho efectuado ao longo deste mandato “por este executivo, em parceria com o Município de Arganil”, agradecendo ao presidente da Câmara e à sua equipa, “pelo apoio que tem dado a esta freguesia”, sem contudo deixar de referir que “precisamos mais do seu executivo para as necessidades prementes”, nomeadamente e de entre outras, a pavimentação da rua da fábrica da resina, o acesso à piscina, a construção de um espaço ajardinado e anfiteatro para espectáculos no aterro junto ao cemitério, requalificação da zona envolvente do campo de futebol e pavilhão para a prática de exercícios com aparelhos para ginástica, uma pista pedonal para caminhadas, assim como a criação de uma zona de descanso com bancos e sombra, a construção de um passeio e muros de suporte ao talude do espaço da piscina desde a EN 17 ao Centro Escolar.

“Temos um sonho, precisamos de um acesso novo à zona de Extensão de Saúde, cemitério e igreja matriz, esta zona utilizada pela maioria dos sãomartinhenses, uma vez que a rua do Casal tem limitações na acessibilidade de viaturas a estes locais”, salientou António José Dias, considerando que “com todas estas obras solicitadas, a freguesia ficará enriquecida com mais infraestruturas de apoio ao cidadão” e onde “além da Extensão de Saúde, temos farmácia, Posto de Correios, Espaço do Cidadão, Centro Escolar, dependência bancária, parque desportivo, piscina pública e comércio diversificado e dispondo ainda de uma boa rede viária de acesso a todas as aldeias e ao IC6”.

O presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, começou por referir que “tentaremos dar resposta a algumas das intervenções, mas também sabemos que há outras que são estratégicas, que carecem de mais tempo, de mais trabalho, (…) e nem estou a falar só de dinheiro”, deixando como exemplo “essa situação que eu sei que é a vossa pretensão de há muitos anos, ter uma ligação à zona do Centro Cultural e do cemitério, mas é algo que carece de estudos significativos, é um processo mais difícil, mas estamos a dedicar-lhe atenção, porque queremos perceber se é ou não possível”.

E sem deixar de destacar que “nos últimos cinco anos fizemos o maior ciclo de investimento nesta freguesia, mas também em todo o concelho de Arganil”, o presidente da Câmara salientou que “foi possível neste último mandato fazer um volume de investimentos sem paralelo no nosso concelho e isso para nós é muito significativo, porque este investimento permite dar resposta às necessidades de cada um dos nossos concidadãos”, referindo que “foram muitas as pavimentações que se fizeram nos últimos cinco anos, em 2018, com os presidentes de Junta fizemos um levantamento global em todo concelho e fizemos um levantamento de cerca de oitenta intervenções que eram necessárias e estamos muito satisfeitos porque, ao fim deste período, conseguimos perceber que boa parte do que era o nosso planeamento esta concretizado”, pelo que “as principais necessidades quer da freguesia, quer do concelho estão resolvidas”, nomeadamente “o abastecimento de água com integração do Sistema do Feijoal no Sistema da Alagoa, conseguimos com esse grande investimento garantir água com qualidade e quantidade, intervenção de saneamento concretizadas, num investimento sem paralelo nesta área”.

Referindo-se à Feira Franca, o presidente da Câmara considerou tratar-se de “um evento de relevância não só concelhia, mas de relevância regional e quando é possível dar esse acrescento ficamos muito satisfeitos”, sem deixar de reconhecer “que estas iniciativas envolvem um esforço financeiro significativo, mas também um esforço de logística ainda mais relevante”, terminando por dizer que “tenho a certeza que esta edição, que é muito importante para o nosso concelho, será pautada pelo sucesso”.

E foi, de facto, e que culminou com a realização de um magusto, e que foi oferecido também pela Junta de Freguesia a todos os que se quiseram associar e ainda presentes nesta Feira de Artesanato, Comercial, Industrial, Gastronomia e Cultural de S. Martinho da Cortiça.