No passado dia 19 de Novembro, na Casa do Povo, foi apresentado e lançado mais um livro de Alfredo Santos Fonseca, “A minha história do Vimieiro e região periférica”.
“Avô Alfredo, és o maior. Onze livros já escreveste, venha lá o 12.º”, disse um dos seus netos, enquanto outro lhe dedicou uma bonita e ternurenta quadra. Foram o Vicente e o Bruno, que representavam a sua terceira geração na apresentação deste seu novo livro, “A minha história do Vimieiro e região periférica”, apresentada por António Santos Veloso (também autor do prefácio) e que considerou “muito importante” mais esta obra de Alfredo Fonseca, “para os jovens saberem as dificuldades” de um “Portugal rural que já desapareceu” e de “um povo na sua maioria analfabeto (…) e tão pobre”.
“Mas Alfredo Fonseca apanhou uma boa professora, há coisas interessantíssimas nos livros dele, a sua obra merecia ter aqui uma extensão da Biblioteca”, disse ainda António Santos Veloso, e referindo-se “A minha história do Vimieiro e região periférica”, deu a conhecer que se trata “de uma narrativa polimorfa, isso é, que se apresenta sob diversas formas de prosa e poesia, e focando diferentes temas: história, geografia e geologia, o Mondego, o Alva e a Mãe Serra”, a história do Vimieiro, o processo do seu desenvolvimento, para enaltecer e destacar depois o profissional, ex-autarca e autor, “um beirão de gema”, a sua nobreza e “honradez no cumprimento dos deveres, no amor à família e na solidariedade com os conterrâneos. (…) Bendito o apego à escrita de Alfredo Fonseca para que todo este passado chegue ao futuro através das suas memórias”.
“Tens aqui o livro”, disse o filho Carlos Fonseca, que fez a revisão do livro de seu pai e que, como explicou, “surge de um desafio para escrever sobre o Vimieiro”, dizendo ainda que “tem uma forma de escrever muito particular e isso faz a diferença nos seus livros”, enalteceu o Vimieiro “é um espaço muito singular que hoje em dia se salienta, local muito especial e o meu pai teve a visão do que aquele espaço teria para o futuro”. E não deixou de se referir ainda à” mãe, o pilar da família”, bem como “aos valores que nos foram transmitidos, há aqui uma base muito forte para continuar para o futuro”, deixando “uma palavra de esperança e gratidão que vai para os meus pais e para a minha família”.
O presidente da União de Freguesias de S. Pedro de Alva e S. Paio, Vítor Cordeiro, depois de parabenizar e enaltecer a “capacidade de escrita” de Alfredo Fonseca, referiu-se ao livro “A minha história do Vimieiro e região periférica”, onde o autor expressa a forma como “sente a Natureza e a terra onde nasceu e destaca o lugar encantado do Vimieiro”, recordando que o autor também vestiu a camisola de autarca, a sua dedicação, terminando por deixar “um desafio ao senhor Alfredo Fonseca para não deixar de escrever, pois é de extrema importância deixar aos nossos descendentes a nossa história, as nossas vivências e sobretudo as nossas histórias, pois estas terão de se perpetuar”.
“Está aqui mais um livro, desta vez dedicado ao Vimieiro”, começou por dizer o presidente da Câmara Municipal, Álvaro Coimbra, para destacar depois as duas vertentes de Alfredo Fonseca, “a de autarca e a de escritor”, recordando que como autarca “fez um trabalho importante que deixou a sua marca no alto concelho de Penacova” durante os vários mandatos à frente da Junta de Freguesia (bem como os que lhe sucederam) e “a quem quero deixar uma palavra de homenagem pelos anos que dedicaram à causa pública, (…) o senhor Alfredo fez isso e fez muito bem e olhou também por um pequeno pontinho que hoje em dia é um dos cinco lugares, uma das marcas distintivas do concelho de Penacova e que é o Vimieiro”.
“Depois há o lado do senhor Alfredo Fonseca como escritor”, disse ainda Álvaro Coimbra, considerando “muito importante e para memória futura, que as novas gerações, os seus netos, saibam de facto que houve alguém que dedicou parte da sua vida a escrever e a verter para o papel todas as experiências, todas as memórias e todas a vivência das nossas terras, das nossas tradições. E este é um contributo muito grande que o senhor Alfredo Fonseca tem dado, sobretudo para esta região do alto concelho e para S. Pedro de Alva. Muito obrigado, não perca a inspiração e aguardamos pelo seu próximo livro”.
Emocionado, Alfredo Fonseca depois de deixar o seu “muito obrigado” a todos os presentes, “a presença de tantos amigos transformam este dia num dos mais felizes da minha vida, (…) a vossa preciosa presença dá-me a certeza que vale a pena viver e fazer algo pelos outros”, referiu-se ao livro, “a este que me faltava”, agradeceu ao apresentador, também ao seu filho Carlos “que me pediu para escrever este livro” e “as palavras elogiosas atribuídas à obra e à minha humilde pessoa, porque quase tudo o que sei aprendi-o nas duras experiências da Universidade da minha vida. (…) Muito obrigado a todos”.