S. PEDRO DE ALVA (Penacova): “Registos de Memórias” um novo livro de Alfredo Fonseca

Mesa que presidiu ao lançamento e apresentação do livro “Registos de Memórias”

No domingo, no salão nobre da Casa do Povo, foi apresentado e lançado um novo livro de Alfredo Santos Fonseca, “Registos de Memórias”.

O professor David Almeida fez a apresentação do livro, considerando que a paixão do autor “pela escrita e a sua grande capacidade de comunicação e o gosto de transmitir não está só nos livros, mas está também muito na imprensa local e regional” e, referindo-se aos doze livros já publicados “verificarão que são exatamente 2130 páginas. Estão a imaginar o que é um volume com 2130 páginas? É obra, senhor Alfredo. Parabéns por isso, muito obrigado por este valioso legado que nos deixa e que, como é seu desejo, será lido e apreciado por muitos e muitos anos”.

“Foi com todo o interesse, entusiasmo e admiração que fui acompanhando este seu percurso”, disse ainda David Almeida, “25 anos, praticamente, de atividade literária, também não é assim como beber um copo de água, (…) conceber e dar à luz um livro, como em tudo na vida, tem momentos gratificantes, mas acarreta também algumas dores de cabeça, (…) no entanto, tudo se supera, são palavras suas, quando se escreve com devoção e paixão”.

E referindo-se ao livro “Registos de Memórias”, o apresentador agradeceu ao autor “pelo seu testemunho de vida, que é um sentimento que creio que é de todos nós que estamos aqui presentes hoje e que comungamos deste sentimento de agradecimento por uma vida que não se fechou nos legítimos interesses pessoais, mas que se dedicou plenamente e de um modo especial à freguesia de São Pedro de Alva e ao engrandecimento desta terra e também do nosso concelho de Penacova”, terminando enaltecendo o “seu exemplo de dedicação à causa pública, ao progresso social, económico e cultural do concelho, pela obra literária que nos deixa e que não termina aqui, os meus sinceros parabéns e o meu reconhecido obrigado”.

O presidente da União de Freguesias de São Pedro de Alva e S. Paio do Mondego, Vítor Cordeiro, depois de deixar um cumprimento muito especial a Alfredo Fonseca “que é razão da nossa presença aqui”, salientou que “constituiu uma grande honra voltar a assistir a um lançamento mais um livro da sua autoria, a somar aos onze já editados”, considerando que o autor “traz consigo a força, a cultura e a identidade da nossa terra e que a transcreve nesta décima segunda obra literária. Quando um de nós se destaca, seja pela arte, pela literatura, pela ciência ou por qualquer outra área, sentimos que toda a comunidade é engrandecida”.

“Por isso, hoje não celebramos apenas o talento individual do senhor Alfredo Fonseca, mas também a capacidade da nossa região, das nossas gentes e, sobretudo, a capacidade de salientar vozes que ecoam nos usos e costumes da nossa terra. Este livro não é apenas um conjunto de páginas na pessoa do autor, é um pedaço da nossa história, da nossa forma de ver o mundo, das nossas raízes e esperanças”, disse ainda Vítor Cordeiro, fazendo votos “que este lançamento não seja o final de uma caminhada na escrita, mas com um desafio ainda maior. Desfrute da vida”, terminando com votos “que o livro percorra muitos caminhos, muitos destinos, mas que nunca se esqueça do ponto de partida, a nossa terra. Parabéns, senhor Alfredo. Este é o seu dia, mas também é um pouco do nosso dia”.

Em representação do presidente da Câmara Municipal, o vereador Carlos Sousa, deixou também um abraço a Alfredo Fonseca, considerou que “era uma referência nesta freguesia pelo seu trabalho como autarca” e que os seus escritos “seguramente são instrumentos importantes para de futuro haver quem conte às nossas crianças como é que era no passado”, porque com “a massificação da informação corremos o risco de parecer que isto é tudo igual porque vestimos todos mais ou menos da mesma forma, temos todos mais ou menos os mesmos gostos por força daquilo que também nos vão impondo e, de facto, esta escrita, os livros que ficam contribuem para sublinhar as características de um território, contribuem para sublinhar a identidade de um povo que não pode, de forma alguma, ser esquecida e ser apagada”.

E, por isso, Carlos Sousa sublinhou que “temos que estar muito gratos ao senhor  Alfredo por aquilo que tem escrito e pelo contributo que tem dado para preservar essa memória”, fazendo votos “que outros mais novos sigam este exemplo com que o senhor Alfredo nos tem presenteado e que, para o futuro, haja mais quem escreva e que acompanhe este trabalho e, seguramente, a vila de São Pedro de Alva continuará a ficar cada vez mais rica e não perderá a sua identidade”, deixando ao autor o seu “muito, muito obrigado pelo seu trabalho e pelo tempo que vai passando a escrever para que os vindouros o possam continuar a acompanhar. Bem-haja”.

“Não calculam a satisfação que me vai na alma por me ver aqui rodeado por tantas e tão gradas pessoas, não só os que compõem esta mesa de honra, como também os que enchem este salão nobre a alguns vindos de regiões bem distantes”, começou por dizer Alfredo Fonseca, para explicar depois as quatro fases do livro e agradecer “as palavras amáveis” que foram dirigidas, “à minha querida família”, a todos deixando o seu “muito obrigado por me terem acompanhado em mais este modesto acontecimento que é, sem dúvida, o último do género que levo o efeito. Quem muito andou, pouco tem para andar, e assim, com muita pena minha, tenho que me render, especialmente devido à minha falta de visão ao perto. (…) Mais uma vez, muito obrigado a todos por terem vindo”.