“Tarde é o que nunca se faz”, é o título de mais um livro de Alfredo Santos Fonseca, com o qual e como refere na capa, pretende ser “a forma singela, mas afectuosa que escolhi, para atribuir o meu sincero obrigado a quem tanto me tem estimado”.
“O autor apresenta-se a si mesmo no decurso deste saboroso livro que, com uma simplicidade desconcertante, nos dá testemunho de um percurso de vida a todos os títulos notável e merecedor da nossa maior admiração”, como escreve no prefácio o dedicado tabuense de S. João da Boavista, dr. Arlindo Cunha, acrescentando ainda que Alfredo Fonseca é “um homem que nasceu num meio modesto, nestas terras de entre Mondego e Alva, a quem o serviço militar marcou profundamente a existência, ao mesmo tempo que lhe serviu de elevador social; um chefe de família responsável e comprometido; um empresário de sucesso; e um líder nato, como o comprova as três décadas em que exerceu funções autárquicas na sua tão querida freguesia de S. Pedro de Alva”.
Neste seu livro “Tarde é o que nunca se faz” e através dos seus “textos, maioritariamente em verso, Alfredo Fonseca mostra-nos um retrato do Portugal do seu tempo, de jovem. De adolescente e de adulto, do seu percurso pessoal, profissional e cívico. Percurso esse, em que revela os grandes amores da sua vida: desde logo e à cabeça a sua família; e as terras de Mondalva, com destaque para S. Pedro de Alva e, pois claro, o seu inseparável e paradisíaco Vimieiro”… , escreve ainda o dr. Arlindo Cunha, tendo a certeza “de que está não será sua última obra literária”.
Esta é a 11.ª obra concebida por Alfredo Fonseca, na qual e como informa os leitores nas suas páginas, “escrevo e falo como aprendi, desprovido de pormenores académicos, porque não os possuo, utilizando uma linguagem simples e entendível, a linguagem do Povo, sem respeitar o novo acordo ortográfico. (…) Assim, escrevo como aprendi no seio familiar e na escola, nos anos 50 do século passado e faço questão de que o texto deste livro seja um retrato fiel daquilo que sou, sem mais nem menos”.
Além de “satisfazer um desejo há muito acalentado”, Alfredo Fonseca refere ainda que “a razão de escrever este livro”, mais do que recordar a sua vida de autarca, dirigente da Casa do Povo, a sua vida pessoal, foi também para o dedicar “a todas as pessoas moradoras nas povoações desta União de Freguesias”, não esquecendo ainda “os meus companheiros de escola”, da guerra em Moçambique“onde sofremos muito”, a todos deixando o seu obrigado, porque afinal “Tarde é o que nunca se faz”.
Amigo e dedicado assinante do nosso jornal de muitos anos, endereçamos a Alfredo Fonseca os nossos parabéns por mais este seu livro, agradecemos a oferta de um exemplar e, como escreveu o dr. Arlindo Cunha, fazemos votos de que esta não seja “a sua última obra literária”.