No passado dia 29 de Março, na Capela da Misericórdia, reuniu a assembleia geral da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Góis para, de entre outros assuntos, discutir e votar o relatório de actividades e contas de gerência do ano de 2022.
E perante o que foi dado a conhecer aos irmãos no que se refere às contas, “a gestão criteriosa que tem sido levada a cabo pela mesa administrativa tem tido os seus frutos”, e as actividades desenvolvidas pela Misericórdia e apesar das muitas preocupações e dificuldades referidas pelo provedor, José Serra, “é inacreditável com estes aumentos de todos os bens, (…) e se assim continuar vai ser muito difícil conseguir manter a Santa Casa”, onde “não podemos deixar faltar nada aos nossos utentes, (…) não há os apoios que havia, (…) ninguém se preocupa com as IPSS”, mesmo assim a presidente da assembleia geral, Maria de Lurdes Castanheira, não deixou de responder, “pense nos aspectos positivos. Houve muitos sucessos e penso que mais do que estar a evocar dificuldades, o resultado é excelente. É impossível fazer mais”.
Não só no apoio aos utentes que são servidos pela instituição, mas também nos mais de 50 postos de trabalho que mantem “num concelho como o de Góis”, como disse ainda Maria de Lurdes Castanheira, “e o enfoque é este, ou se valoriza ou não se valoriza”, acrescentando que “o ano de 2023 não vai ser fácil, mas um ano de cada vez. Devemos aplaudir o exercício de 2022 e manifestar o apreço à mesa administrativa, podem estar de cabeça erguida”, deixando palavras de reconhecimento pelo seu desempenho na gestão da Santa Casa da Misericórdia de Góis.
Neste aplauso a unanimidade por parte dos irmãos presentes na assembleia, no voto de louvor ao provedor e à mesa administrativa da instituição, que nas suas respostas sociais, ERPI, Serviço de Apoio Domiciliário e Centro Dia servem cerca de 100 utentes, dinamizando e mantendo, no dia-a-dia, acções que além de visarem a sua ocupação saudável dos tempos livres, visam também o seu conforto e bem-estar.
Para isso e segundo informou o provedor, foram contratadas e integradas duas enfermeiras “que actualmente compõem a equipa multidisciplinar desta Santa Casa” e pela morte médico desta instituição, dr. Manuel Gama, “a quem prestamos uma sentida homenagem”, foi “promovida a integração de outro profissional – médico – em prestação de serviços”, sem esquecer de enaltecer (e agradecer) o empenho e a dedicação da directora técnica, Ana Paula Gonçalves, dos funcionários, da contabilista, deixando ainda agradecimentos ao Município, União das Misericórdias Portuguesas e Secretariado Regional de Coimbra, Juntas de Freguesia de Góis e Vila Nova do Ceira, Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra. Diocese de Coimbra e outros organismos e entidades “que directa ou indirectamante, contribuíram para que possamos atingir os objectivos a que nos propomos”.
Na mensagem deixada no relatório (e como também deu a conhecer aos irmãos), o provedor não deixou ainda de afirmar “que 2022 e fruto de tudo o que se veio a manifestar em termos de custo médio de vida, apenas não se tornou devastador porquanto a mesa administrativa foi proactiva na obtenção de fontes de receita alternativas com a alienação de património, nomeadamente com a conclusão da venda do antigo Hospital Monteiro Bastos, bem como a realização do investimento a médio longo prazo, com a contratação de empréstimo bancário”.
Mesmo assim e apesar de todos os constrangimentos, “foram mantidos todos os postos de trabalho e reforçadas as equipas de trabalho, através de contratação, mediante as necessidades da instituição” onde, e segundo foi salientado, “mantivemos a preocupação nas questões de gestão rigorosa para a sustentabilidade financeira da Santa Casa da Misericórdia de Góis”.
A presidente da assembleia geral não deixou ainda se congratular pela distinção à directora técnica, Ana Paula Gonçalves, “hoje vice-provedora”, pelos 25 anos ao serviço da instituição, “sabe estar no seu lugar e isso já é difícil encontrar, é uma excelente trabalhadora”, considerando por isso que “o sucesso do provedor tem a ver com o que tem na rectaguarda” ao serviço da Misericórdia de Góis.