SARZEDO (Arganil): “O Posto Médico é uma mais-valia para esta casa”

A assembleia geral da União Recreativa Sarzedense reuniu para a prestação de contas e tratar de assuntos de interesse para esta que é, estatutariamente e desde há anos, uma “Associação de Utilidade Pública”.

E assim quer continuar, uma “Associação de Utilidade Pública” e ao serviço dos sarzedenses e da comunidade, no cumprimento dos objectivos para que foi criada, no desenvolvimento das actividades de recreio, de cultura, “o Zé P´reira tem tantos anos como tem esta casa”, como recordou o presidente da assembleia geral, António Carvalhais Costa, o desporto e ainda o seu Posto Médico, também “uma mais-valia para esta casa”, como considerou Fernando Simões, mas para isso precisa do apoio dos sarzedenses, dos sócios, dos amigos “e também das autarquias, que não nos ajudaram em nada”, referiu (e deixou críticas) a presidente da direcção, Lisa Simões.

Em mais este ano particularmente difícil causado pela pandemia, sem a realização das habituais actividades desenvolvidas pela União, esta falta de apoio particularmente por parte das autarquias, não deixou de ser lamentada por alguns dos sócios presentes na assembleia, mas mesmo assim e no que se refere às contas, “a direcção está de parabéns, porque apesar da crise e de não ter havido actividades, tem um saldo muito positivo”, disse o presidente da assembleia geral.

Na esperança de tudo voltar ao normal, “não queremos de todo perder esta casa”, como disse Lisa Simões, porque a direcção que lidera composta por mulheres dedicadas e trabalhadoras, tudo continuará a fazer para honrar a memória de todos aqueles que, no já longínquo ano de 1933, fundaram a União Recreativa Sarzendense para que continue a ser uma das maiores referências dos sarzedenses, do Sarzedo e mesmo do concelho. E por isso também o assunto em destaque na assembleia geral, o seu Posto Médico, “que está a dar muita despesa”, mas que “não podemos perder, não podemos perder os direitos adquiridos”.

Para isso e como foi sugerido por Fernando Simões, a necessidade urgente da marcação de uma reunião de trabalho entre a comissão consultiva e executiva do Posto Médico e a direcção da União para “preparar um estudo sobre a forma de voltarmos a ter este serviço” a funcionar, em horário pós-laboral, servindo todos aqueles que dele necessitem porque, e como foi interrogado, “há falta de médicos, então porque não vamos usar o nosso Posto Médico?”.

“Não vamos perder as valências que esta casa tem. Temos que nos sacrificar todos, passámos por várias crises – e qual é a instituição que não está em crise? – mas tudo há-de passar”, disse Antonino Carvalho Bicho, o primeiro a manifestar o seu apoio e a sua colaboração à União, “ainda vá estou para ajudar naquilo que puder”, deixando também o apelo “vamos todos dar as mãos” para que “o Sarzedo nunca perca as regalias que tem hoje” e para as quais, reconheceu, “tanto trabalharam e se sacrificaram tantos e tão bons sarzedenses”.

“A nossa presidente só tem que andar para a frente”, disse o presidente da assembleia geral, sendo reconhecido (e enaltecido) que tem sido essa a sua postura, a postura da equipa que lidera e que nunca baixaram os braços perante as dificuldades e os problemas, agora como este do Posto Médico que, como considerou a dr.ª Isabel Carvalho, “deverá ser mais publicitado”, dizendo mesmo que “se perguntarem aos mais novos eles não têm conhecimento que existe, se funciona, qual é o horário. E mostrar que existe é importante”.

“Obrigado pela sugestão, vou fazê-lo”, disse Lisa Simões, sem contudo deixar de ser reconhecido que “vai ser um trabalho duro para a direcção”, como foi dura a conquista do Posto Médico, “deu algumas lutas acesas em Lisboa”, recordou António Carvalhais da Costa, recordando também “o saudoso amigo, o médico Jorge Dias”, salientando ainda que a presidente da direcção da União “está com a energia suficiente para resolver este assunto”, nomeadamente desenvolver actividades para captar  sócios mais novos e convencer o médico dr. Francisco Costa  a dar consultas em horário pós-laboral.

E perante todas estas considerações, perante todas as sugestões deixadas durante a assembleia geral para que no Posto Médico voltem a ser prestados os cuidados de saúde de outrora à população, ficou a certeza por parte da presidente da direcção da União Recreativa Sarzedense, “o Posto Médico não acaba, não vai abaixo enquanto eu estiver aqui”.