No passado dia 5, o Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, visitou o concelho e presidiu à inauguração da POIARTES, agora na sua 34.ª edição, e que até domingo, dia 8, voltou a trazer milhares de pessoas a Vila Nova de Poiares.
E ao marcar presença “num dos momentos mais importantes para o concelho”, como considerou o presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques, o Secretário de Estado das Florestas não deixou de salientar que “Poiares é um exemplo (para o país) na criação de riqueza a partir da floresta, (…) “é um sinal e um reconhecimento de que está em causa uma boa região para o país na criação de riqueza a partir da floresta e da agricultura em prol da economia”, como o projecto “OIGP do Alva”, nesse dia apresentado (e que visitou) a ser desenvolvido no Barreiro de Mucela, na freguesia das Lavegadas.
Com um plano de investimento em 464 hectares e para acabar com a monocultura do eucalipto presente e onde, como referiu Rui Ladeira, ”os proprietários têm oportunidade de ser apoiados em cem por cento com apoio à manutenção e à gestão durante 20 anos”, a OIGP de Poiares “foi uma das primeiras a ter aprovação e uma das primeiras a ter execução, (…) neste momento mais de sessenta por cento da área já está cadastrada”, como salientou o presidente da Câmara, acrescentando ainda que “estamos contentes por envergar a camisola amarela”.
“A OIGP vai ter um investimento na ordem dos 700 mil euros financiado pelo PRR”, como disse João Miguel Henriques, acrescentado que “o que se pretende é intervir na paisagem de forma a garantir a sua sustentabilidade do ponto de vista ambiental, nomeadamente defendendo também a política de solos, a gestão da água com espécies autóctones adequadas ao território”, sendo uma das prioridades “tornar o território sustentável sob o ponto de vista económicos e mais resiliente aos fogos florestais”.
“Uma das nossas preocupações é promover o que é feito em Vila Nova de Poiares”, disse o presidente da Câmara Municipal, na abertura das POIARTES, ao referir-se à presença e participação ali dos sectores agrícola, florestal, comercial e industrial, mas também o artesanato e a gastronomia (com destaque para a chanfana preparada a servidas pelas colectividades do concelho), destacando ainda a importância de “trabalhar para que os factores diferenciadores”, bem como para a grande aposta nos artistas de diferentes estilos e para todos os gostos que passaram no palco do certame.
Foi “casa cheia em Vila Nova de Poiares”. Foi “mais uma fantástica edição!” a 24.ª edição da POIARTES tendo, sua abertura, sido reconhecido e realçado pelo Secretário de Estado das Florestas que “a união de esforços para criar economia é uma marca de Poiares”.
“Poyares Scientiae”
União de esforços que pode ser sentida depois na visita que o Secretário de Estado, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal, autarcas e convidados, fizeram aos expositores presentes nesta edição da POIARTES, durante a qual a Academia Cultural “Terras de Poyares” lançou, simbolicamente, a sua revista “Poyares Scientiae”.
A directora da revista, Deolinda Gonçalves, escreveu que “a edição número um é dos expoentes máximos do que se entende por comunicação de múltiplos momentos vivenciais de outrora e de agora”, através dos vários temas que, através de relatos e documentos, “nos remetem para os primórdios e para as particularidades que nunca foram reveladas”, em “momentos curiosos, à descoberta de histórias, acontecimentos que, inegavelmente, fizeram, fazem e farão parte da História de Poyares”.