SECTOR SOCIAL: A Região merece ter Cuidados Paliativos e Arganil reúne condições para os acolher

Na Assembleia Geral que determinou a aprovação, por unanimidade, do relatório de Atividades e Contas do Exercício de 2021, a situação grave que o Setor Social atravessa mereceu a atenção dos responsáveis pelos Órgãos Sociais da Misericórdia de Arganil, nomeadamente do seu Provedor, prof. José Dias Coimbra.

O mesmo responsável considera “estarmos perante uma luta pela viabilidade das nossas Instituições, face ao cenário de crise económica e social, que a guerra na Ucrânia, conjuntamente com a Pandemia, apenas fizeram sobressair”.

Nesse sentido, “o horizonte traz nuvens negras que interessa fazer desaparecer, através do reforço dos apoios a este Setor que tem servido de almofada nos últimos anos aos que mais precisam mas que o Estado tem desvalorizado nas políticas públicas de apoio à economia social que estão aquém das reais necessidades”.

Foi nesse contexto que o alerta e o apelo para que rapidamente a Rede Nacional de Cuidados Paliativos possa expandir-se na Região, foi realizado, e para a qual a Misericórdia tem feito um investimento significativo na recuperação do antigo Hospital Condessa das Canas, onde pretende instalar uma unidade desta natureza.

Para o Provedor da Instituição, “reduzir as Unidades de Cuidados Paliativos às capitais de Distrito, como alguns preconizam, será um erro e uma machadada para o interior do País que, mais uma vez, vê fomentada a sua desertificação e o seu abandono”.

Desta forma, a Misericórdia reafirmou o seu princípio de pugnar pelo alargamento da Rede Nacional de Cuidados Paliativos, afirmando a existência de compromissos que terão que ser cumpridos e respeitados, destacando que Arganil reúne todas as condições para acolher esse alargamento, especialmente agora que foi publicada regulamentação e apoios para esta área.