“Se a Cultura é cara, façam as contas ao quanto custa a falta de cultura”
Vincando o aspecto cultural das cerimónias, Sérgio Cunha Velho aproveitou a ocasião para revelar alguns “segredos” e dar a conhecer o que o Conselho de Administração tem vindo a fazer, desde 2011, no que toca à divulgação da obra de Sarah Beirão.
«O país que assente o seu desenvolvimento – pseudodesenvolvimento – apenas no materialismo económico, como se pode ver em Portugal e na maior parte dos países do mundo, é um desastre. Porque, mais cedo ou mais tarde, as pessoas que dominam o dinheiro, destroem completamente, arrasam completamente qualquer sociedade.
Por isso, é que eu acredito, e o Conselho de Administração da Fundação acredita, que a D. Sarah tinha razão. Sarah Beirão era uma mulher de cultura, e é uma figura que me surpreende, porque, como sabem, ela era uma escritora, uma filantropa, jornalista, e fez parte de uma “coisa” que na altura era conotada com os comunistas – aqueles tipos que comiam criancinhas ao pequeno-almoço -, o Movimento de Emancipação Feminino. Ela fez parte do seu Conselho Geral durante muitos anos, e, apesar disso, a Fundação foi inaugurada – há 50 anos – pelo presidente da República de então, Almirante Américo Tomaz.
Nunca percebi muito bem como é que o presidente veio inaugurar uma instituição que foi fundada por alguém que – supostamente – andava nos meandros do Partido Comunista».
Com vídeo em: http://youtu.be/yybIU5CmRhM
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