TÁBUA: “Não retiro uma vírgula” assegura Mário Loureiro

A contra-resposta do presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tábua (AHBVT), após as declarações de Fernando Tavares Pereira (FTP) proferidas no decorrer da conferência de imprensa (ver página anterior) não se fizeram tardar e, no sábado (dia 18), Mário Loureiro mostrou os documentos que, segundo o próprio, provam que o candidato do PSD/CDS à Câmara Municipal (…) «está a mentir».

A conferência de imprensa (CI) serviu para clarificar a posição dos Bombeiros Voluntários de Tábua, que através do seu presidente, que anunciou que (…) «para responder e para terminar desta vez, dizer ao senhor Fernando Tavares Pereira que não lhe vou dar mais qualquer resposta em relação ao assunto que ele levantou relativo aos Centros de Exames dos Bombeiros, propriedade da AHBVT».

Começando por refutar as declarações de Fernando Tavares Pereira que acusa Mário Loureiro de “irresponsabilidade” e de “faltar a verdade”, o presidente dos Bombeiros contrapõe sublinhando (…) «sempre me pautei pelo rigor, pela responsabilidade e pela verdade», vincando que não retira uma vírgula àquilo que disse na intervenção do dia 10 de Setembro – ver edição de A COMARCA de 16 de Setembro – (…) «repito, não retiro uma vírgula».

Mário Loureiro assegura ainda que a origem deste caso (..) «foi tentar, de alguma forma, lavar a sua imagem… e eu não me presto a esse tipo de papéis… portanto senhor Fernando Tavares Pereira, digo-lhe que mantenho rigorosamente tudo o que disse, e hoje (sábado), tenho aqui os documentos para mostrar à Comunicação Social», retirados dos arquivos da Associação e não (…) «“apanhados do chão”», como Tavares Pereira insinuou. «O senhor está muito enganado… porque nós temos os nossos arquivos, temos rigor e temos muita responsabilidade naquilo que fazemos, e é inadmissível que uma pessoa que se diz responsável, faça afirmações dessa natureza», contrapôs.

“Desmontando” ponto por ponto a CI do candidato à Câmara, o presidente dos Bombeiros Voluntários de Tábua, referiu-se à afirmação que dá nota do tempo de mandato à frente dos destinos dos Bombeiros”: (…) «nas suas afirmações – não largo a Associação (de Bombeiros) há muitos anos… isso é uma falta de respeito, é uma afirmação grosseira e é uma falta de respeito para com os Bombeiros e para com os sócios desta Associação… porque eu sou eleito juntamente com os demais elementos da Direcção segundo os estatutos – assim como os outros órgãos sociais (assembleia geral e conselho fiscal) – e com todo o respeito pela nossa Instituição. Portanto, dessa afirmação nem se quer me vou pronunciar… dizer apenas que é grosseira e que denota falta de respeito pela nossa Instituição e pelos órgãos sociais que a representam».

Em relação aos atrasos na realização dos exames, situação que recorde-se, está na origem do Comunicado do candidato à Câmara Municipal de Tábua, Mário Loureiro, ironiz o facto de, na CI de sexta-feira, Fernando Tavares Pereira ter afirmado que já “não há atrasos”: (…) «é inacreditável que o senhor, dia 9 e 10 de Setembro afirmasse que era um caos o que se passava no Centro (de Exames de Tábua), que estávamos a pôr tudo em risco, que estávamos a por as Escolas (de Condução) na falência, que estávamos a pôr a restauração e o comércio de Tábua na falência, que o Centro ia encerrar, que éramos irresponsáveis, que as pessoas iam deixar de vir para Tábua e que as Escolas deixavam de vir para Tábua.

Eu contrariei esse tipo de afirmações e mantenho tudo aquilo que disse… e ontem (sexta-feira) apenas sete dias depois, o senhor diz que os atrasos já estão resolvidos porque o senhor se envolveu e fez uma intervenção ou proferir tais afirmações (ver Comunicado – edição de A COMARCA de 16 de Setembro)… É que o senhor Fernando Tavares Pereira não conhece a orgânica do Centro: os exames que foram realizados ontem (dia 17) foram precisamente marcados no dia 10, ou seja, há sete dias atrás. É impossível em cinco dias úteis, a Associação ter reposto todas as centenas de exames (teóricos e práticos) – ou a quantidade enorme de exames – que ele dizia, estavam por fazer e/ou marcar», explicando que a AHBVT admitiu já este ano uma nova funcionária (examinadora) para o Centro, que começou a trabalhar no dia 1 (…) «mas há uns anos atrás já tínhamos admitido dois novos examinadores para que pudéssemos repor tudo isso».

Em relação ao convite para um debate, Mário Loureiro, peremptório, afirma que Fernando Tavares Pereira “está completamente enganado” (…) «a Associação não está em campanha eleitoral, e por isso deve ser alguma confusão mental que o senhor faz para me desafiar para um debate. Eu não me presto a esse tipo de papéis, e como representante da Associação sou o responsável, e manterei a minha postura digna e responsável até ao fim… e não vou, não embarco nesse tipo de desafios».

«Deixo aqui uma mensagem bem clara: senhor Fernando Tavares Pereira, agradeço que de uma vez por todas deixe de se meter com a Associação e deixe de levar a Associação dos Bombeiros para uma campanha eleitoral. É inacreditável, é inadmissível, é intolerável o seu comportamento», sublinhou.

Colocando um “ponto final” em toda a situação, Mário Loureiro apresentou vários documentos que, segundo o mesmo, provam as inverdades de que os Bombeiros e a Direcção estão a ser alvo: «o senhor fez afirmações que diziam que os papéis poderiam ter sido apanhados do lixo, eu tenho aqui os originais dos documentos para apresentar: o “termo da aposição de selos” quando o Centro foi encerrado pela Polícia Judiciária; o ofício da Direcção-Geral de Viação, que determinou o contrato ilegal – diga-se na verdade, que quando afirma que eu era vice-presidente da Direcção na altura em que tudo isto aconteceu, em que o contrato foi feito, é completamente falso. Eu não fazia parte de qualquer órgão social nesse mandato. Mais uma vez o senhor Fernando falta à verdade. Eu quando entrei na Associação, sempre achei que esse contrato seria ilegal, e por isso não descansei (depois de haver problemas) enquanto não consegui declarar a nulidade do mesmo, como veio a acontecer -; a escritura que prova que o senhor Fernando era sócio da FERCONTROL; o contrato de gestão que foi assinado pelo senhor Fernando, pela dona Maria Isabel Pascoal Pereira – como gerentes da FERCONTROL, em 8 de Outubro de 1993 -; o processo da Inspecção Geral de Finanças; e o original do ofício da decisão do Supremo Tribunal Administrativo.

Portanto senhor Fernando Tavares Pereira, eu não brinco em serviço – como presidente da Associação tenho que a defender até ao limite – e por isso o senhor devia um pedido de desculpas urgente a esta Associação, porque o senhor faz aquilo que não deve, não tem o comportamento decente e nós não podemos tolerar isso.

Estão aqui os documentos que provam que o senhor está a mentir… quem mente, sim, é o senhor e eu não ando a apanhar papéis do lixo. Não me presto a isso e não vou descer ao seu nível», disse.