O pároco de Tábua foi apanhado em flagrante a cortar uma oliveira na rotunda de Fundo de Vila, Tábua. Em sua defesa, alega que lhe foi dado o “usufruto” das ditas, mas depois de consumado o corte, pede agora ajuda em sua defesa.
A roçar o cúmulo do ridículo, o padre de Tábua fez valer uma premissa verbal do ex-presidente da Câmara Municipal de Tábua (Ivo Portela) e decidiu cortar, esta segunda-feira, uma oliveira que faz parte da rotunda que dá acesso a Ázere e a São João de Areias, alegando que tem direitos sobre as mesmas.
Manuel Paiva – sabe a A COMARCA – diz que o “acordo verbal” aconteceu por ocasião da construção do edifício onde se situa a casa mortuária da Igreja Paroquial de Tábua, altura que as oliveiras foram transplantadas para aquela rotunda.
Alegando que a oliveira estava a secar, o padre decidiu mandar cortar a oliveira, acto que foi testemunhado por transeuntes e, inclusivamente, fiscais da Câmara Municipal.
Acontece que, de imediato, o assunto caiu nas redes sociais, e no “facebook” Manuel Paiva é acusado de “prepotência” e “abuso de confiança”, havendo epítetos para todos os gostos, alguns deles, diga-se, hilariantes e a denunciarem algumas práticas menos “ortodoxas” do sacerdote.
O assunto – era certo – chegou aos ouvidos do presidente da Câmara, que chamou o padre para tenta saber o por quê da atitude. Mário Loureiro, que para já não quer pronunciar-se sobre o assunto, confirmou no entanto os factos, e ao que a A COMARCA conseguiu apurar, aconselhou o padre a pedir desculpas publicamente.
Manuel Paiva deverá aproveitar a homilia da Missa do próximo domingo para esclarecer o assunto, uma semana antes do “Domingo de Ramos” que, recorde-se, é conhecido pela distribuição de ramos de diversas árvores, oliveiras incluídas.