No decorrer da última Assembleia Geral da instituição, – depois dos Irmãos terem aprovado por unanimidade o Relatório e Contas de 2016, e por maioria o ponto relativo a “Apreciar e deliberar sobre proposta de pedido de autorização da Mesa Administrativa para negociar o reforço de financiamento junto da Caixa Geral de Depósitos, na modalidade de conta caucionada” – no último ponto da OT “assuntos de interesse relevante para a Instituição”, Joaquim Ferreira Marques aproveitou para, mais do que enviar recados, dizer de sua justiça quando aos rumores relacionados com a vida da Santa Casa da Misericórdia de Tábua.
O Provedor voltou a salientar os atrasos no pagamento das verbas do Estado à Santa Casa, e os encargos fixos da instituição com funcionários e fornecedores, discrepância que é sentida para o normal funcionamento da Misericórdia. «Como não houve actualização desde 2009 até agora – não houve qualquer aumento das verbas do Estado – é evidente que a situação chegou a uma altura intratável», explicou.
Magoado com algumas críticas a que foi sujeito na “praça pública”, Ferreira Marques admite que (…) «quem peca nisto, quem tem problemas com isto é quem dá a cara diariamente, é quem está à frente destas situações», e reconhece que (…) «quem está fora nem sabe o que é que se passa… “mas a Misericórdia está a saque? A Misericórdia deve a toda a gente?”. Esta é a realidade do que se ouve, mas quem está cá dentro encontra-se sozinho perante tudo isto».
«Mas quero aqui dizer que temos as nossas contas legalmente correctas, mas não há dúvida que não entrou o dinheiro na tesouraria para compensar a despesa que foi feita com os salários», que nunca estiveram em atraso, mas cujo Subsídio de Natal só foi pago em Março.
A concluir, Ferreira Marques deixou um alerta à tutela (…) «se não nos derem aquilo que nós precisamos, aquilo que legalmente é devido à Santa Casa, então é muito difícil continuamos a manter esta casa ao serviço daqueles que mais precisam», e uma directa àqueles que criticam: «Agradeço que Tábua feche a boca, e não venha falar para a rua em situações que não interessam, senão para criticar quem está a dar a cara», sublinhou o Provedor.
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