O romance “Fredo”, de Ricardo Daniel Fonseca Mota, de 28 anos, venceu, “por unanimidade”, o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, este ano com o valor pecuniário de 10.000 euros, anunciou no sábado a Estoril-Sol, patrocinadora do galardão.
Na acta, o júri, ao qual presidiu Guilherme d’Oliveira Martins, afirma que “Fredo” é “um romance de aprendizagem da experiência da relação com os outros”.
No documento, ao qual a Lusa teve acesso, o júri afirma que teve em conta a natureza intrínseca de um romance “narrado na primeira pessoa, numa linguagem sóbria, assente num registo quase confessional”, que “acompanha a descoberta que um jovem (Adolfo Maria) vai fazendo dos silêncios e da solidão que sempre acabou por marcar os horizontes de vida e, sobretudo, as suas mágoas e tristezas”. A obra deverá ser publicada 2016 pela Gradiva Editora, parceira da Estoril-Sol neste prémio.
Ricardo Daniel Fonseca Mota, actualmente a trabalhar em Londres, nasceu em Sintra, nos arredores de Lisboa, e viveu a adolescência em Tábua e Coimbra.
À Lusa, o autor, em comunicado, refere-se ao romance como “um exercício criativo, que surge após uma viagem pela solidão, um elogio às histórias acumuladas por detrás de cada rosto, uma interrogação acerca do destino”.
Ricardo Mota, com o pseudónimo Ricardo Agnes, publicou o livro de poesia “In Descontinuidades” (2008), assim como textos nas revistas Oficina de Poesia (2009), Via Latina (2009 e 2011), Rua Larga (2009).