Nos dias 16 e 17, voltou a realizar-se a festa em honra de Nossa Senhora do Carmo, que além da Eucaristia e da animação com a noite de fados com o “En’Cantus”, no sábado, e no domingo, com o cortejo de fogaças acompanhado pela fanfarra do Vale Cordeiro e a tarde cultural com o “Sons e Suadelas e Amigos, ficou marcada pelo almoço de convívio e com a inauguração da calçada à volta do recinto da capela.
Uma obra ansiada há alguns anos e que se ficou a dever à Junta de Freguesia através de um contrato-programa celebrado com a Câmara Municipal, depois da insistência da Liga de Melhoramentos e do seu presidente Alfredo Mateus Baptista que, como referiu, no momento do descerramento da placa de agradecimento e que fica a assinalar a inauguração da pavimentação do recinto da capela de Nossa Senhora do Carmo e da Liga de Melhoramentos do Vale Cordeiro, que “agora se pode chamar a nossa sala de visitas, é uma obra de que todos nós nos orgulhamos”, tendo por isso palavras de particular apreço para com o anterior presidente da Junta, João Travassos, e para com o presidente da Câmara, Luís Paulo Costa, pelo empenho na concretização desse sonho de há anos e agora tornado realidade.
“O sentimento e gratidão é importante”, considerou João Travassos, “mas a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal fizeram o que tinham de fazer, estiveram mais de quatro anos à espera, mas valeu a pena ter esperado, ficando um recinto agradável, maravilhoso, agora falta pedir uns banquinhos”, recordando ainda o saudoso Manuel Maria, que ofereceu o terreno para a capela e a luta para a sua construção, a oferta da imagem pelo Tiago Mateus, terminando com um abraço amigo para Alfredo Mateus e para todos os valecordeirenses.
“Parabéns valecordeirenses na pessoa de Alfredo Mateus”, começou por dizer o presidente da Junta de Freguesia, Pedro Alves, considerando depois que “estamos a pisar um chão digno para uma festa” e, sem deixar de reconhecer também aqueles que “contribuíram para esta obra”, referiu “o que importa é que esteja feita e que teve como resultado a insistência de Alfredo Mateus Baptista, a pedir e exigir sempre mais para as benfeitorias da sua terra” e, além do mobiliário urbano que agora falta para o reconto, aproveitou ainda a presença do presidente da Câmara Municipal “para que não fique esquecido o saneamento e o alcatroamento da única rua, que ainda está em terra batida no Vale Cordeiro”.
O presidente da Câmara Municipal, depois de “cumprimentar a todos na pessoa de Alfredo Mateus” e de dizer que “é um gosto estar aqui no Vale Cordeiro”, deixou o testemunho daquilo “que foi o processo para estarmos aqui hoje”, dando a conhecer que “João Travassos, enquanto foi presidente de Junta, em qualquer reunião que acontecesse na Câmara lembrava que o Alfredo voltou a falar novamente na questão do largo e do pavimento”, acrescentando que, “como disse, e muito bem, o actual presidente da Assembleia de Freguesia, o agradecimento não é necessário, mas a gratidão é provavelmente um dos sentimentos mais bonitos e aquilo que nos diferencia de outros seres e por isso, acho muito bem, senhor presidente da Liga, em ter aqui este gesto de reconhecimento em relação ao anterior presidente a Junta”.
Mas Luís Paulo Costa não deixou também de se referir e de testemunhar “aquilo que é o papel interventivo e reivindicativo do actual presidente da Junta, Pedro Alves, que também não perdeu a oportunidade para deixar aqui mais algumas solicitações e, em primeiro lugar, àquilo que tem a ver com o aqui estamos aqui a assinalar e agradecer à Liga por ter aqui uma boa utilização dos dinheiros públicos, nem sempre as coisas resultam como todos gostaríamos mas aqui, felizmente, e com esta parceria alargada entre a Câmara, a Junta de Freguesia e Liga foi possível ter um trabalho que dignifica a aldeia do Vale Cordeiro e que é algo que me apraz registar”, adiantando que “em relação aquilo que são as nossas pretensões, as nossas ambições, naturalmente que continuaremos a trabalhar e a atender às principais prioridades do concelho e também aqui desta freguesia. E queria reconhecer muito esse apontamento que o Pedro Alves fez acerca do saneamento, é verdade que estamos aqui no meio de dois sistemas, o do Rochel e o do Casal de S. José, e temos mesmo que, neste aspecto em particular, conseguir fazer esta interligação que é uma necessidade elementar e que, certamente, contribuirá também pata o ambiente colectivo de todos nós”.
O presidente da Câmara terminou por se regozijar “pela circunstância e pelo facto de podermos estar agora com alguma da normalidade que perdemos nos últimos dois anos e que a pandemia nos tirou”, salientando por isso ser “sempre bonito podermos perceber que este momento de confraternização marca e identifica o nosso povo” e, no caso concreto, o povo da aldeia do Vale Cordeiro que, apesar de pequena, não deixa de ser grande no querer dos seus naturais, capazes de tornar possíveis obras como e de entre outras, a capela que os orgulha, o recinto inaugurado e o novo palco, sem esquecer o grupo de valentes que, mais uma vez, se empenharam e trabalharam muito para o êxito que foi a festa de Nossa Senhora do Carmo.