A Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha cumpriu a tradição – apenas interrompida pela pandemia – e celebrou, no passado dia 17, o seu 88º aniversário com o habitual almoço de Natal.
Uma tradição que se cumpriu também com as homenagens e distinções aos bombeiros e bombeiras com 5, 10, 15 e 20 anos de bons e efetivos serviços prestados a esta corporação. Ponto alto da cerimónia foi a tomada de posse do novo comandante, Nuno Santos, em quem a direção deposita agora uma grande esperança.
O presidente, Vítor Melo, garante que Nuno Santos é “o homem certo, no lugar certo”, possuindo uma larga experiência e um vasto currículo ao nível de formação. “É uma pessoa jovem, dinâmica, conhece melhor que ninguém o funcionamento desta casa e tem uma grande capacidade de liderança”, refere o presidente, acreditando que os Bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha têm todas as condições para se destacarem na região.
“Podemos estar descansados que ele a nível operacional consegue dar conta do recado”, diz Vítor Melo, lembrando que as exigências aos corpos de Bombeiros são cada vez maiores, havendo cada vez mais necessidade de coordenação e de programação do trabalho.
“A ação dos Bombeiros tem que ser a mais profissional possível e nesse aspecto temos funcionado bem, a ponto de sermos solicitados para prestar serviço noutros concelhos vizinhos, ao nível dos transportes programados”, diz lamentando que os apoios da Administração Central não acompanhem o aumento exponencial das despesas.
“Só o custo com combustíveis mais que duplicou, de 5/6 mil euros por mês passámos para cerca de 14 mil euros, e só nos deram mais 1500 euros”, reclama, queixando-se ainda de atrasos no pagamento das despesas dos fogos florestais. “Estamos em Dezembro e ainda não recebemos, isto é inadmissível” afirma.
A sair de um “ano horribilis” na vida da Associação em que são de lamentar várias ocorrências, nomeadamente o acidente com o bombeiro Gonçalo que se encontra já em franca recuperação, Vítor Melo espera agora algum “alivio” em 2023. “Em 2022 Deus pôs-nos à prova de uma forma impressionante, foi um ano muito difícil para nós”, notou, esperando que o próximo ano seja mais calmo, pelo menos do ponto de vista emocional, já que financeiro, diz não ter grandes expectativas.
“Os apoios do Estado não aumentaram e da Câmara, até 2019, não recebemos nada, temos agora apoio para a segunda EIP”, referiu, em tom de lamento.
Cortesia: “Notícias de Tábua”