VILA NOVA DE POIARES: Bombeiros homenageados no Dia do Município

No passado dia 13 de Janeiro, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, presidiu às comemorações do Feriado Municipal de Vila Nova de Poiares e dos 125 anos da Restauração Definitiva do Concelho, que ficaram marcadas pela homenagem e reconhecimento a figuras e entidades que se destacaram na vida do concelho, funcionários municipais e ainda com as inaugurações do Monumento de Homenagem aos Bombeiros, requalificação do Mercado Municipal, requalificação do Centro de Saúde (1.ª fase), execução as Infraestruturas da Zona Industrial (Pólo II) e requalificação do “Lavad’Ouro da Venda Nova”.

Na sessão solene comemorativa, realizada no Centro Cultural de Poiares, o presidente da Assembleia Municipal, Nuno Lima Fernandes, depois de saudar a Ministra Ana Abrunhosa, mais entidades convidados, homenageados e poiarenses e de recordar as dificuldades que levaram à restauração definitiva do concelho, fez o seu habitual “passeio” pela história e memórias das freguesias do concelho, desta vez por S. Miguel de Poiares, pelo seu património, potencialidades e suas gentes que, ao longo dos tempos, fizeram “a história desta grande terra de Vila Nova de Poiares”.

O presidente da CIM – Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Emílio Torrão, depois de deixar o apelo à Ministra da Coesão Territorial para que “continue o trabalho que faz em prol dos Municípios”, teve palavras de particular apreço para com a Câmara Municipal “pela vontade férrea com que tem trabalhado por Vila Nova de Poiares”, salientando ainda que “é um dia para fazer memória e história desta grande terra”, deixando também os parabéns aos funcionários distinguidos, às personalidades e à Associação Humanitária dos Bombeiros “que estão na linha da frente no socorro às populações e que temos obrigação de enaltecer”, como enalteceu a acção do executivo pela ambição em tornar cada vez mais dinâmico e progressivo o Município, bem como a acção do presidente da Câmara, João Miguel Henriques, “que marca de forma indelével este concelho”.

O presidente da Câmara Municipal, depois de manifestar a “imensa alegria que sinto por poder partilhar com todos vocês este momento de celebração do dia mais importante do nosso concelho”, salientou que “ao longo destes 125 anos de história, as várias gerações de poiarenses foram capazes de construir um concelho forte e coeso, assente numa perspectiva permanente de desenvolvimento económico e social sustentado, alicerçado na resiliência e capacidade de trabalho que sempre nos caracterizou, sendo este legado que nos orgulha a todos”.

Por isso e “num dia de festa como o de hoje”, a homenagem e o agradecimento pelo trabalho e dedicação “de um conjunto de pessoas e entidades a quem todos reconhecemos, de forma unânime, todo o contributo de excepcional relevância para a afirmação e valorização do nosso concelho”, como disse o presidente da Câmara, para se referir depois à difícil situação financeira em que o Município se encontrava em 2013 “quando assumimos pela primeira vez a sua gestão” , sendo “também, reconhecido por todos o esforço financeiro que temos vindo a fazer no sentido de, tão breve quanto possível, recuperar desta situação e sair do processo de assistência financeira a que tivemos de recorrer”.

“Vila Nova de Poiares era mesmo, por essa altura, um dos cinco Municípios do país com pior desempenho financeira”, disse João Miguel Henriques, mas “o cumprimento rigoroso das metas do plano de ajustamento em vigor permitiu-nos até ao momento reduzir a dívida total de 20,5 milhões de euros para 12.9 milhões de euros”, pelo que e “mantendo-se neste ritmo, (… acreditamos que no final de 2024, eventualmente princípio de 2025, o Município de Vila Nova de Poiares possa sair finalmente da situação de excesso de endividamento em que ainda se encontra e recuperar finalmente a sua autonomia de gestão sob o ponto de vista legal e financeiro”.

Mesmo assim e perante esta situação, “durante os últimos 9 anos, o Município investiu e ainda está a investir no concelho, directamente ou através da empresa intermunicipal APIN, o correspondente a mais de 13 milhões de euros resultantes de projectos comparticipados dos quais cerca de 10 milhões de euros correspondem ao total da comparticipação a fundo perdido que esperamos receber”, como deu a conhecer o presidente da Câmara, reconhecendo também que “sem este conforto financeiro, não seria possível, por exemplo, os investimentos que hoje iremos inaugurar”, dando ainda outros exemplos e perspectivando “já um novo ciclo marcado por um novo Quadro Comunitário”, mas também pelo PRR, “estamos já a preparar o nosso posicionamento para este novo ciclo de oportunidade, identificando para já as nossas necessidades, elaborando projectos”, partilhando alguns deles como a expansão do Pólo II, a requalificação e construção de novas infraestruturas no Pólo I, reabilitação do Centro Histórico da vila, requalificação da Escola-sede do Agrupamento de Escolas, segunda fase da requalificação do Centro de Saúde, construção do Parque Verde, reabilitação do edifício das Piscinas Municipais, aumento da oferta ao nível do parque público de habitação do Município.

E sem deixar de recordar os tempos difíceis que se atravessam, a crise económica que o país e o mudo atravessam “neste momento”, João Miguel Henriques, deu a conhecer as estratégias a adoptar para minimizar ou poder dar resposta aos problemas que afectam os seus munícipe e o seu concelho, dando mesmo a conhecer também que se encontra em estudo, em curso, “da tão almejada ligação entre a A13 e o IP3, (…) aliás, contamos que a empresa vencedora do respectivo concurso nos possa entregar dentro de dois a três meses as primeiras peças dos projectos para a primeira fase da obra que irá ligar a EN 17 a partir de um nó na Ponte Velha ao IP 3 junto ao nó de Miro, com a construção de uma variante à nossa vila e a ligação directa ao nosso Pólo Industrial”.

E depois de referir que “dentro de pouco mais de dois anos e meio, com o final deste mandato, termino um ciclo de dedicação à política e à vida pública”, João Miguel Henriques considerou que “olhando para trás e para o trajecto percorrido, temos um orgulho enorme no trabalho realizado e nos resultados alcançados”, pelo que “Poiares não voltará a ser o mesmo. Não vamos deixar que isso aconteça” e porque “somos orgulhosamente poiarenses”.

A Ministra da Coesão Territorial, depois de reconhecer e enaltecer a acção de João Miguel Henriques, a sua persistência e tenacidade, a dedicação, o empenho em resolver os problemas do seu concelho e o trabalho desenvolvido para o bem-estar das suas gentes, deu depois a conhecer a acção do Governo no que se refere às verbas do novo Quadro Comunitário, mas também do PRR, salientando que as verbas a contratualizar com as CIM no próximo ciclo de apoio vão “mais do que duplicar”, sendo por isso necessário “responsabilidade e justificar os projectos com uma estratégia.

Temos de ser criteriosos, fazer escolhas”, deixando a garantia que todos os projectos elencados pelo presidente da Câmara “tem enquadramento no próximo Quadro de apoio, mas não vai poder fazer todos ao mesmo tempo”, terminando por manifestar a sua satisfação por presidir ao Feriado Municipal e partilhar com os poiarenses a festa do dia mais importante do seu concelho.