XVII FEIRA DAS FREGUESIAS DE ARGANIL – “Uma das grandes festas do nosso território”

O presidente da CIM-Região de Coimbra, Emílio Torrão e o presidente do Município de Arganil, Luís Paulo Costa, no decorrer da visita à 17.ª Feira das Freguesias. Na foto, a comitiva na tasquinha da freguesia de Secarias

Durante quatro dias, de 7 a 10 de Junho, Arganil voltou a viver em festa a Feira das Freguesias. “Uma das grandes festas do nosso território”, como considerou o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, na sessão de abertura desta que foi a VIII edição do “evento 100% Arganil”, realizado no Paço Grande, para onde mudou e que pelo espaço, pelas condições que oferece, acabaria por se revelar um êxito ainda maior.

Essa é a opinião da ma­ior parte das pessoas que por ali passaram e daqu­eles que vieram represen­tar cada Junta e União de Freguesias do concelho nas suas 14 tasquinhas, onde colectividades e in­stituições serviram pratos típicos como o cabrito, o bucho, a chanfana, os do­ces, a tigelada e o cosco­rel, enquanto no palco actuaram, todos os dias, os grupos culturais entre Tunas, Ranchos, Escolas de Dança, tocatas, Fi­larmónicas e Grupos de Bombos, houve mesmo baile com o “Cherry on Top” e ainda “Há festa no mercado”, numa palavra foi o que melhor se faz no concelho em termos gas­tronómicos e culturais.

A Feira das Fregue­sias “projecta e sublinha aquilo que são as carac­terísticas endógenas do nosso concelho ao nível da gastronomia e cultura nas suas mais diversas componentes”, disse ain­da Luís Paulo Costa, na sessão de abertura, con­siderando que “as nossas colectividades, não dei­xarão de apresentar o me­lhor que temos no concel­ho, para servir, nesta que é uma das grandes festas do nosso território”.

E não deixaram, como não deixou de ser, mais uma vez, “uma iniciati­va incontestável naquilo que é nossa programação anual”, uma vez que ao longo destes quatro dias, “temos oportunidade de mostrar o melhor que temos e fazemos no con­celho, na gastronomia e na cultura”, referiu mais uma vez o presidente da Câmara Municipal, que não deixou de agrade­cer o apoio da Casa da Comarca de Arganil, que “tão bem representa o nosso Regionalismo, par­ticularmente na grande Lisboa e que o faz com grande mestria e de uma forma muito dignificante para o nosso território”, deixando também uma palavra de agradecimento e reconhecimento a todas as colectividades e in­stituições representadas nesta edição da Feira das Freguesias.

E também e mais uma vez, a Feira não deixou de cumprir a tradição com a ameaça de chuva, que não passou disso mesmo, cumprindo-se assim o de­sejo de Luís Paulo Costa, “espero que seja uma fes­ta vivida, participada e que São Pedro colabore, pois é uma ajuda relevan­te para que o evento seja um sucesso”. E colaborou. E também foi uma festa vivida. E um sucesso.

“Este é um evento que merece ser visitado e que representa o que de mais genuíno há nas nossas comunidades, a ideia é de excelência pôr as fre­guesias todas a mostrar aquilo que de mais bonito têm, só por isso vale uma visita, independentemen­te do brilhantismo que cada uma vai atingir”, disse o presidente da Co­munidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Emílio Torrão, conside­rando ainda ser “muito importante preservar as tradições, (…) se querem provar os pratos como eram feitos antigamen­te, têm que cá vir porque se fazem à moda antiga e têm produtos que marcam a diferença como é o caso do bucho” e que “há aqui um trabalho feito pela Câmara de Arganil na re­cuperação do património histórico, do Museu, mas este é também um even­to de igual importância, porquanto o património imaterial é sobretudo aquele que tem que ser mais protegido”.

E como é tradição tam­bém, depois das palavras da abertura, a visita às tasquinhas, onde o presi­dente da Câmara Muni­cipal, acompanhado dos convidados, com o pre­sidente da CIM Região de Coimbra, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, vereador da Câmara Municipal de Tábua, David Pinto, pre­sidente da Assembleia Municipal, António Car­doso, mais autarcas e dirigentes associativos do concelho, que puderam degustar um pouco do que melhor trouxeram da gas­tronomia que, no quatro dias, trouxe também mil­hares de pessoas ao Paço Grande.

Este ano, os vence­dores do Concurso Gas­tronómico da Feira das Freguesias 2024, que in­tegra o programa, foram as Freguesias de Sarze­do, Secarias e Pomares, com o júri (composto por representantes da Confra­ria Gastronómica do Buc­ho de Arganil, do Turismo do Centro, do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Arganil e da AHRESP) a conside­rar a chanfana, confecci­onada pela Comissão de Festas do Sarzedo 2024, foi o melhor prato princi­pal apresentado ao Con­curso, distinguindo ainda como melhor sobremesa a tigelada servida por elementos da Fábrica da Igreja de Secarias, enqu­anto o prémio de melhor apresentação geral no que respeita à decoração, coube à tasquinha da fre­guesia de Pomares, re­presentada pelo Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva.

Na entrega dos pré­mios aos vencedores e acompanhado pelos ve­readores, o presidente da Câmara Municipal, enal­teceu que o melhor prato principal, a chanfana, “é característico da nossa terra, da nossa região”, referindo depois que a sobremesa distinguida, a tigelada, é também “uma das marcas característi­cas da nossa gastrono­mia”, não deixando de salientar que os prémios entregues foram elabo­rados pelos utentes da APPACDM, para “provar e demonstrar que, sendo cidadãos diferentes, são especiais e capazes de nos surpreender com coisas como, todos os anos, nos têm aqui apresentado”.

“As nossas instituições que trazem a compo­nente gastronómica es­forçam-se, de uma forma significativa, para trazer o que de melhor existe em cada uma das nossas freguesias, os melhores produtos, os pratos mais tradicionais, aquilo que representa o nosso con­celho”, reconheceu Luís Paulo Costa, explicando ainda que “a atribuição destes prémios serve como uma forma de esti­mular para que, todos os anos, as coisas melhorem. Sabemos que todas as in­stituições, freguesias, me­receriam ter um prémio, mas é também com esta diferenciação que quere­mos catapultar e melho­rar, em cada ano, aquilo que trazemos à Feira das Freguesias. (…) Este é um evento que só se faz com as freguesias”, pedindo uma salva de palmas para todos, sem deixar de rea­lçar também “o papel das nossas coletividades do concelho que trabalham na área da cultura, desde a música, à dança e ao tea­tro” e que “fazem por es­tar presentes e participar, sendo esta uma forma de mostrarem a todo o con­celho o trabalho que fa­zem durante todo o ano”, agradecendo também “a todas as pessoas que “dão de si para que esta Feira corra bem”, sem deixar de reconhecer que “há muito trabalho de volun­tariado nesta Feira que deve merecer o nosso re­conhecimento colectivo”.

Em representação do júri, a mordomo-mor da Confraria da Chanfana, Fernanda Maria Dias, deu a conhecer que “foram degustados uma panóplia de sabores que sabem to­dos à Beira Serra, sendo todos excelentes e de di­fícil escolha”, enquanto o presidente da Casa da Comarca de Arganil Car­los Luís, como o fez na abertura, aproveitou o momento para agradecer a participação das Juntas e Uniões de Freguesias, congratulando-se porque “passou por aqui muita gente, nestes dias”, con­siderando que “esta Fei­ra é um sucesso”, porque para além da gastrono­mia, “a parte da cultura que passou neste palco, os usos e os costumes, o que de mais genuíno há no nosso país que são o folclore, as Tunas, as Ban­das e que tiveram aqui uma participação muito importante”.